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Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2
 
TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS E SUA RELAÇÃO COM A NECESSIDADE 
ESPECIAL
Patricia Sidorenko de Oliveira Capote- UFSCar-MESTRADO
Orientador- Maria da Piedade Resende da Costa- UFSCar
RESUMO
Este estudo constitui-se de um ensaio teórico à respeito das pesquisas científicas elaboradas na área 
da Terapia Assistida por Animais e tem como objetivo principal investigar e refletir à respeito de 
como essas pesquisas estão sendo executadas e como elas podem estar contribuindo para as 
necessidades especiais. Foi realizado um levantamento das referências em bases de dados de 
Janeiro a Junho de 2007. Para levantamento e análise dos dados foi utilizado o Método de leitura 
científica. Obedecendo aos critérios estabelecidos pelos objetivos foram selecionadas 24 
referências. Destas, 6 pesquisas eram realizadas com crianças, 13 com adultos, 3 com idosos , 1 
ensaio teórico e 1 revisão bibliográfica. As pesquisas abordaram diferentes temas como: atitude 
frente aos animais, dor no pós-operatório, stress, ansiedade, depressão e contribuições para 
algumas deficiências como deficiência mental, física e visual. Todas as pesquisas demonstraram 
contribuições positivas devido ao contato com os animais. Há poucas pesquisas que investigaram os 
efeitos dos animais em pessoas com deficiências. Contudo, elas mostram que a Terapia Assistida 
por Animais contribui para a socialização, melhora da auto-estima, reconhecimento social e 
independência. Dessa forma, esta intervenção pode contribuir para a inclusão destas pessoas na 
sociedade.
Palavras–chave: terapia assistida por animais, necessidades especiais, ensaio teórico, vínculo 
homem-animal de estimação
                                                                                                                                  
Introdução
Estudos indicam que os animais foram inseridos nos procedimentos de cura desde o século IX a.C 
(MARCHESE E MARTIN, 1995). Mas foi em 1944, nos Estados Unidos, que iniciou o primeiro 
programa com animais. Os pacientes eram encorajados a interagirem com os diferentes animais 
(DOTTI, 2005).  Na década de 75, surgiu o primeiro estudo científico (BECK, 1999). Desde esta 
época diferentes terminologias para designar o trabalho com animais foram utilizadas, como: pet 
terapia, terapia com animais, zooterapia entre outros mas atualmente o termo mais reconhecido é 
Atividade e Terapia Assistida por Animais (TAA), que foi estipulado pela Delta Society, um órgão 
que regulamenta programas com animais nos Estados Unidos (DOTTI, 2005). Os estudos são 
direcionados a diferentes populações e objetivos, mas pesquisas indicam que há a necessidade de 
se investigar a magnitude deste vínculo para a saúde e comparar esses efeitos da TAA a outras 
formas de intervenção, como pescar, ver pássaros e jardinagem e incluir outros animais de outras 
espécies, pois a maioria é executada com cães. A maioria das atividades é executada com os 
proprietários de animais, porém há a necessidade de se identificar a extensão da influência do 
contato com os animais e qual é a melhor forma de se avaliar esses efeitos (BECK e KATCHER, 
2003). Poucos estudos investigam a TAA relacionada às necessidades especiais, porém 
demonstram que este contato pode ajudar na socialização, pois muitas vezes pessoas com animais 
são consideradas mais atrativas. O estudo feito com adolescentes, no qual tinham que verbalizar 
entre as cenas com pessoas e animais presentes ou ausentes, quais julgavam ser mais felizes, 
amigáveis, mais relaxadas, menos vulneráveis e menos perigosas. As cenas mais escolhidas eram as 
que tinham o animal (LOCKWOOD, 1983).
Eddy et al (1988) investigaram se o serviço de cães contribuiu aos adultos com cadeira de rodas a 
receber um maior reconhecimento social de estranhos comparados com pessoas com cadeiras de 
rodas sem o serviço de cães. As sessões foram observadas e os comportamentos dos pedestres em 
área pública (shopping, supermercados, lojas e campus universitário) registrados como: sorriso, 
indícios de conversa, toque, olhar de aversão, não olhar e sem resposta. Os resultados 
demonstraram que os pedestres sorriam e conversavam significantemente mais no grupo com os 
cães. As conversas eram centradas a respeito do cão. Relataram que precisavam ter mais tempo, 
pois as pessoas que paravam queriam conversar. Não houve comportamento de toque nos 
participantes de ambos os grupos. Houve o toque no cão em alguns casos. Caso de não olhar e 
olhar de aversão ocorreu com mais participantes do grupo sem cães do que com o grupo com cães. 
Em entrevista após a observação, os participantes do grupo sem cães relataram que se sentiram 
invisíveis em público. Os autores concluíram que o serviço de cães pode facilitar a interação social 
de pessoas em cadeiras de rodas e diminuir a rejeição social e diminuir a solidão dessas pessoas 
que, muitas vezes, são vulneráveis e isoladas.
Allen e Blascovich (1996) tiveram como objetivo verificar o valor do serviço de cães a pessoas com 
cadeira de rodas. Participaram 48 pessoas com deficiência severa e crônica e que necessitavam de 
cadeira de rodas. O estudo variou de 6 meses até 2 anos. Foi feita uma linha de base para início do 
programa, verificando auto-estima, bem-estar psicológico, integração social, estado civil, 
participação profissional e educacional e número de horas de assistência paga e não paga durante a 
pesquisa. Todos os participantes demonstraram melhora significativa quanto à auto-estima, bem-estar, integração social (começaram a usar meio de transporte público, conversavam mais com as 
pessoas) e em participações na escola e no serviço. Houve uma diminuição muito relevante no 
número de horas de assistência. Os autores não tiveram dados significativos somente quanto ao 
estado civil. Depois de receber os cães, apenas 5 participantes se reconciliaram com o cônjuge. 
Aconteceu um divórcio quando iniciou o programa. Então, concluíram que o serviço de cães pode 
ser altamente benéfico e potencialmente efetivo para propiciar independência para pessoas com 
deficiência física severa.
Martin e Farnum (2002) investigaram a TAA em 10 crianças com diagnóstico de desordem no 
desenvolvimento e compararam com outros procedimentos como uma bola e um cão de brinquedo 
(todos os participantes participaram de todos os procedimentos). As crianças participaram de 45 
sessões individuais conduzidas pelo terapeuta. Foram avaliados comportamentos pró-sociais como 
sorrir, conversar e dar carinho. Os autores esperavam que a bola e o cão de pelúcia iriam 
desencadear menor número de comportamentos pró-sociais e o cão, menor número de 
comportamentos não sociais. As sessões tiveram a duração de 15 minutos. Foi executado um 
protocolo para eliciar os comportamentos pró-sociais. A interação foi analisada em duas categorias: 
comportamento não verbal e verbal, sendo também investigado o tempo de duração. As crianças 
sorriam mais, davam carinho, estavam mais felizes, brincavam mais e houve um aumento da energia 
com a participação dos cães. As crianças olhavam mais para o cão do que para a bola e o cão de 
brinquedo. Estavam mais engajadas a conversar com o terapeuta sobre o cão do que sobre a bola e 
cão de pelúcia. Os cães podem ajudar a manter o foco das crianças, pois falavam menos sobre 
tópicos não relacionados ao cão em relação aos outros procedimentos. As crianças olhavam menos 
para o terapeuta e tocavam o cão menos frequentemente. Os autores concluem que a interação com 
animais pode trazer efeitos positivos no comportamento de crianças com deficiências no 
desenvolvimento. 
Althauzen (2006) teve como objetivo a elaboração de uma reflexão teórica sobre o uso do 
cão como recurso em encontros com adolescentes com Síndrome de Down. Participaram da 
pesquisa 4 adolescentes de 11 a 18 anos de idade e 7 cães. Cada encontro aconteceu 
semanalmente (T = 15) e com duração de 30 minutos a 1 hora. As sessões foram filmadas e depois 
foi feita análise desses encontros. A equipe multidisciplinar (fisioterapia, terapia ocupacional, 
fonoaudiologia, pedagogia e psicologia) da escola dos participantes, um veterinário, um adestrador e 
um auxiliar desenvolveram atividades para desenvolvimento motor, lingüístico e emocional dos 
adolescentes. Percebeu-se que a maneira de ser dos cães e sua forma de comunicação podem ser 
um facilitador na emergência de espaços potenciais, ou seja, estimulam a criatividade, exploração e 
a descoberta de si. A análise das funções dos cães e do manejo da situação permitiu reflexão sobre 
as possibilidades de intervenção. Os encontros revelaram a ocorrência de diversas situações que 
podem ser usadas com diferentes objetivos, como: aprendizagem de conceitos (cor, seqüência, 
quantidade, formas e conteúdos) que foi possibilitada na condução dos cães aos obstáculos; uso de 
palavras através da escovação dos cães permitiu ao profissional iniciar um diálogo a respeito do 
cotidiano dos participantes e nomear partes do corpo do animal; motricidade (os adolescentes 
precisavam ajustar a força necessária para controlar o animal ao conduzi-lo); expressão emocional 
(comunicação do mundo interno devido à maneira como cada um se colocou na situação).
O presente artigo é um ensaio teórico que pretende refletir sobre as pesquisas científicas executadas 
na área da TAA e necessidades especiais (consideradas aqui deficiência física, mental, visual, 
auditiva, autismo, múltipla, superdotados e dificuldades de aprendizagem). Para isso, investigou 
quais populações estão sendo investigadas na área e verificar como a necessidade especial está 
sendo considerada, pois pode ser uma forma de inclusão social dessas pessoas. Outro objetivo foi 
verificar as lacunas existentes na área. 
Método
Primeiramente foi feito um levantamento das publicações científicas relacionadas à TAA, no período 
de 1985 a 2007. As bases de dados foram consultadas entre Janeiro a Junho de 2007, sendo elas: 
scielo, medline, pubmed, livros e revistas tanto na forma impressa quanto eletrônica.  Foi executada 
uma busca da literatura nacional e internacional utilizando as palavras–chave-animal assisted therapy 
(taa), vínculo homem-animal de estimação (bonding human-pet) e pet terapy (pet terapia).
Para levantamento e análise dos dados, foi utilizado o Método de leitura científica que, segundo 
Cervo e Bervian (2002), obedece aos seguintes critérios: 
visão sincrética- leitura de reconhecimento com o objetivo de localizar as fontes e verificar se a obra 
consultada interessava a pesquisa e posteriormente a leitura seletiva para localizar as informações de 
acordo com os propósitos do estudo. Nesta fase, um dos critérios de seleção foi verificar se as 
referências continham - resumo, introdução, método, discussão e conclusão. 
Visão analítica-compreende a leitura crítica dos textos selecionados acompanhado de reflexão, na 
busca dos significados e na escolha das idéias principais de forma que possibilite a obtenção de 
respostas ao problema de pesquisa. Esta etapa foi feita com ênfase para os conteúdos do resumo 
para os artigos gerais. Para os artigos relacionados às necessidades especiais foram considerados 
os conteúdos do resumo, introdução, método, discussão e conclusão para possibilitar uma maior 
reflexão do tema proposto.
Visão sintética- constitui a leitura interpretativa.
Segundo Severino (2000) ensaio teórico consiste na exposição lógico-reflexiva com ênfase na 
argumentação e interpretação pessoal.
Resultados
Foram coletadas cerca de 50 referências, mas de acordo com o método de leitura científica, metade 
delas foi excluída, pois não obedeciam aos propósitos do estudo, como: não eram científicos, relato 
de caso, ausência de metodologia, citações das pesquisas sem descrevê-las, revistas não indexadas 
e descrição do trabalho sem rigor metodológico. Assim, obedecendo aos critérios estabelecidos 
pelos objetivos, houve um total de 24 referências. Destas, 6 pesquisas eram com crianças, 13 com 
adultos, 3 com idosos, 1 ensaio teórico e 1 revisão bibliográfica.
As pesquisas com crianças abordaram temas como: atitudes frente aos animais, animais como 
objetos transicionais, deficiência no desenvolvimento e deficiência mental (2), dor no pós-operatório, em ambiente escolar. Com adultos foram executadas pesquisas as quais avaliaram 
atitudes frente aos animais, auto-estima (2 pesquisas), serviço de cães a pessoas com cadeiras de 
rodas (2), medo, ansiedade e depressão, reações cardiovasculares, câncer, em programas 
prisionais, stress, ansiedade em pacientes psiquiátricos, em cuidados paliativos, com pessoas com 
deficiência visual . As pesquisas com os idosos avaliaram a nutrição e Alzheimer, idosos 
institucionalizados sem alguma demência, com diferentes demências (3). Dentre estas pesquisas 2 
são nacionais e 22 internacionais. 
A maioria das pesquisas compara os efeitos dos animais a outras formas de intervenção, como 
revistas, amigos, cães de pelúcia, bolas e cônjuges.
Todas as pesquisas relatam efeitos positivos com a presença dos animais devido ao auxílio no 
desenvolvimento físico, emocional e mental dos participantes. 
Verifica-se que nas pesquisas não há uma padronização no tempo ideal de interação com os 
animais, porém a maioria dos estudos internacionais o contato é entre 5 minutos a 30 minutos Nas 
pesquisas nacionais o tempo teve uma média de 50 minutos por semana e tiveram uma duração 
maior de investigação, como ocorreu com as pesquisas internacionais com a população de 
cadeirantes, Alzheimer e Deficiência visual.
A maioria das pesquisas foi feita com cães. Apenas duas utilizaram outros animais como pássaros, 
tartarugas e peixes.
Na pesquisa de Allen e Blascovich (1996) não foi relatado quais conteúdos foram ensinados para o 
cão atuar com o participante, como esses conteúdos poderiam ajudar a pessoa a ter mais 
independência. Na pesquisa de Eddy, Hart e Boltz (1988) não houve a citação do número de 
participantes na pesquisa.
Há poucas pesquisas que investigaram os efeitos dos animais em pessoas com alguma deficiência 
(5), totalizando 20,8%. Uma destas pesquisas (com deficiência visual) não foi incluída, pois tinha 
como objetivo investigar a cooperação do cão ao seu proprietário ao se deslocar em algumas 
situações com obstáculo. Não era objetivo do estudo, avaliar as contribuições para o participante, 
dessa maneira não iria trazer contribuições para este estudo em questão.  Nas 4 pesquisas que 
estavam de acordo com  os objetivos propostos, verificou-se que os participantes ficaram mais 
independentes, se socializaram mais, demonstraram interesse ao executar uma tarefa, houve 
aumento da auto-estima, aumento em comportamentos pró-sociais, diminuição de comportamentos 
de rejeição.
 Discussão
 Há um grande número de pesquisas internacionais comparadas com as nacionais que pode ser 
devido ao período que começou a se investigar o efeito dos animais na saúde e desenvolvimento 
emocional, físico e mental para crianças, adultos e idosos. Muitos trabalhos encontrados não eram 
científicos- relatos de caso, não possuem uma metodologia e são baseados em observação clínica, 
principalmente os nacionais.
Quanto a diferença na forma de se fazer a pesquisa (com a participação dos profissionais ou não), 
verifica-se que há a necessidade de se investigar qual a contribuição que os animais trazem para as 
pessoas e uma forma que encontraram para verificar foi eliminando a participação dos profissionais, 
pois sabe-se que estes também contribuem para a terapêutica.  Assim, muitas destas pesquisas 
comparam o efeito dos animais, com outras pessoas e de objetos (como leitura, cães de pelúcia) 
devido à necessidade que encontraram para elucidação do tema, como demonstra os autores Beck 
e Katcher. No Brasil este fato não ocorre. Este fato pode ser devido ao tempo que está sendo feito 
estes programas e ao tempo que se começou a se investigar cientificamente. Mas provavelmente 
este fato deva-se ao objetivo das pesquisas-contribuição ao trabalho dos profissionais envolvidos. 
Muitos trabalhos estão sendo executados em várias regiões do Brasil como parte da intervenção 
profissional. As pesquisas internacionais procuram descobrir os efeitos dos animais em si. Muitas 
pesquisas são feitas com proprietários de animais. Uma das pesquisas encontradas (ensaio teórico) 
ressalta que a TAA está sendo pouco investigada como forma de intervenção, como parte do 
processo terapêutico, conjuntamente com os profissionais. Esta pesquisa ressalta que está dando 
prioridades as pesquisas que investigam os efeitos dos animais em pessoas proprietárias de animais 
e como esses animais ajudam no desenvolvimento físico, mental e emocional dessas pessoas desde 
a infância até a velhice.
A maioria das pesquisas também foi executada em adultos, mas verifica-se um crescente número de 
pesquisas com idosos, o que demonstra o interesse de acordo com a política internacional a 
encontrar formas de diminuir os gastos com esta população. Vê-se o estímulo das organizações 
nesses países em incentivar pesquisas na área. Verifica-se que é uma técnica que traz resultados 
positivos para essa população.
 Mas há a necessidade de maiores pesquisas relacionando TAA e as diferentes deficiências. Esse 
ato poderia trazer contribuições para essa população. 
Verifica-se nas pesquisas que não há uma padronização do tempo ideal de contato com os animais. 
Este fato deve-se ao fato de ter a necessidade de se executar outras pesquisas na área e também na 
diferença de objetivos entre as pesquisas nacionais e internacionais. Esta é uma das lacunas 
existentes nas pesquisas sobre TAA. Outro fato que precisa ser mais investigado é se há diferença 
dos efeitos com diferentes animais, pois a maioria é executada com cães.  Atualmente outros animais 
estão sendo considerados animais de estimação, assim há a necessidade de se investigar se outras 
espécies de animais podem contribuir para resultados positivos para o desenvolvimento em geral 
das pessoas.
Pode-se verificar que esta intervenção em pessoas com deficiência contribuiu para uma maior 
inclusão delas na sociedade. A inclusão das pessoas com necessidades especiais é um assunto que 
traz muitos questionamentos e muitas vezes sem respostas. Dessa forma, a Terapia Assistida por 
Animais pode ser um meio para se alcançar este objetivo. O animal esta inserido na nossa 
sociedade e no nosso inconsciente coletivo, pois desde a antiguidade tem seu lugar junto às pessoas. 
Como demonstra as pesquisas, há menor julgamento, discriminação e maior socialização trazendo 
bem-estar, aumento da auto-estima e maior independência.
O texto que faz um ensaio teórico não elucida questões relacionadas à deficiência. Parece ser uma 
área que não há muitos incentivos para execução de estudos científicos.  O número de pesquisas 
com diferentes deficiências é muito menor comparado com os estudos com outras populações. Este 
fato pode estar ocorrendo por falta de incentivos ou também pela dificuldade dos profissionais nas 
diferentes áreas em atuar com a deficiência, por falta de conhecimento. Vemos que no Brasil há 
poucas Universidades que especializam profissionais a atuar com as necessidades especiais. A TAA 
é uma área nova e a junção desta com a necessidade especial parece ser um obstáculo 
intransponível e as lacunas existentes entre ambas as áreas se tornam ainda maiores. Entretanto, as 
poucas pesquisas nacionais mostram que é algo possível e que suas contribuições são muito 
relevantes e que podem contribuir para o processo de inclusão.
Conclusão
Há a necessidade de mais estudos científicos dentro da TAA e principalmente com pessoas com 
necessidades especiais, pois pode ser uma forma para ajudar na inclusão.
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