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Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2
EDUCAÇÃO TERAPÊUTICA: UMA PROPOSTA DE (RE)CONSTITUIÇÃO PSÍQUICA
EM SALA DE AULA
Cinthia Caino Felker1
Universidade de Passo Fundo
RESUMO
O presente trabalho versa sobre as vivências de Educadora Especial em uma escola especial pública
de ensino fundamental, localizada no interior do Estado do Rio Grande do Sul, atuando em classes
de Educação Terapêutica, nas quais freqüentam exclusivamente alunos com diagnósticos de
Transtornos Invasivos do Desenvolvimento e Psicoses, sendo a ação pedagógica subsidiada pelos
referencias da Teoria Psicanalítica e da Psicologia Dialética de Vigotski, proposta esta elaborada e
implementada pela Secretaria Estadual de Educação – Departamento de Educação Especial.
Introdução
O atendimento educacional aos sujeitos acometidos por graves problemas de estruturação psíquica
é relativamente novo na Rede pública Estadual do Rio Grande do Sul, pois somente a partir do ano
de 1995 foram organizadas propostas de acesso (anteriormente negado) e alternativas
metodológicas apropriadas às necessidades e características desses alunos.
No primeiro momento, eram denominados Classes de Autismo e tinham como método principal o
TEACCH2, programa educativo comportamentalista, desenvolvido por Eric Schopler em 1966 na
Carolina do Norte – Estados Unidos. A partir do ano de 2001, a secretaria deu início a uma
reformulação na proposta original de implementação desses espaços, visando adaptar-se aos novos
paradigmas vigentes, momento que apontou para uma outra percepção, a respeito das condições de
aprendizagem e desenvolvimento desses alunos, deslocando o modelo teórico, onde a nova opção
foi por conciliar os suportes da Teoria Psicanalítica aos das práticas sócio-interacionistas,
culminando com a troca de denominação de tais espaços, e que desde então passaram a ser
chamados de Classes de Educação Terapêutica.
1 Educadora Especial (UFSM). Especialista em Gestão e Supervisão na Escola Básica (Unicruz). Mestranda do
Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado em Educação da Universidade de Passo Fundo (UPF).
Bolsista Capes. Professora da Rede Pública Estadual – RS.
2 TEACCH – Treatament and Education of Autistic and related Communication Handicapped Children. (MELLO;
MARQUES, 2002, p.144)
Uma mudança radical, que necessitou de um acompanhamento efetivo do órgão responsável –
mantenedora (SEC-RS) o que vem ainda acontecendo, através de encontros de reflexão e trocas
de experiências, propiciados aos professores atuantes, com assessoria de terceiros, profissionais
com qualificações específicas variadas (psicólogos, educadores especiais, psicanalistas) condizentes
com os referencias teóricos dessa nova abordagem pedagógica, um requisito indispensável mediante
o projeto adotado, pois a Educação Terapêutica, segundo Kupfer assim requer:
(...) é um conjunto de práticas interdisciplinares de tratamento, com especial ênfase
nas práticas educacionais que visa a retomada do desenvolvimento global da criança
ou a retomada da estruturação psíquica interrompida pela eclosão da psicose infantil,
ou, ainda, a sustentação do mínimo de sujeito que uma criança possa ter construído.
(2000, p.83)
Observando esse conceito, a atuação solitária do professor pouco tem a acrescentar à vida desses
alunos, pois devido a sua condição peculiar, emerge a necessidade de uma intervenção pensada no
grupo constituído de apoio (BASTOS, 2002). O próprio objetivo geral do trabalho quando
menciona o auxílio a esse sujeito na construção do mundo simbólico e subjetivo, favorecendo sua
estruturação enquanto sujeito psíquico e do conhecimento, desejoso de aprender, e visando sua
interação no sistema educacional e a participação na sociedade (SEC-RS, 2002), acena com o
requisito indispensável de que esse educador esteja amparado por saberes, não necessariamente
presentes em sua formação inicial. Não há nesse sentido uma inversão de papéis, mas uma
convergência de saberes.As metas e objetivos em comum,trazem sintonia à equipe, “interagir de
forma fecunda”(AMY,2001) que reflete na relação pedagógica,podendo causar reformulações
decisivas na abordagem do trabalho proposto a criança. Segundo Morin:
O ser humano não precisa dominar todos os saberes, mas efetuar a conexão entre os
saberes. A visão do todo é uma responsabilidade ética, consideraras relações
interpessoais sem perder a noção da dimensão das partes que seria uma visão
reducionista. As teorias são parciais é o nosso olho que vai fazer as conexões entre
elas (apud CAMARGOS JR, 2002, p. 210).
Na ação educativa reside a importância de viabilizar a esses alunos um espaço social próprio da
infância, onde circula a norma, um dos “resgates” obrigatórios quando falamos em constituição
psíquica (JERUSALINSKY, 1997). Um dos focos principais de toda a proposta está centrado no
meio/instrumento de interação por excelência que a humanidade dispõe – a linguagem – constitutiva
do sujeito, e que representa o mais importante sistema de sinais (VIGOTSKY, 2005).
O desenvolvimento atípico que os alunos dessas turmas apresentam tem sido compreendido por
diferentes enfoques no decorrer da história dos estudos das manifestações patológicas humanas, e
de acordo com as distintas teorias que orientam a prática da educação terapêutica, a linguagem é
abordada por ambas, como intimamente ligada a gênese de tais distúrbios, para a psicanálise
relacionada às funções parentais (LACAN, 2001) e para a psicologia dialética pela experiência
social, ainda nas palavras de Vigotsky: “A psicose surge do conflito entre o meio e o indivíduo, do
fato de que as motivações interiores do indivíduo entram em conflito com as condições do meio”
(2004, p.390-391).
Mesmo sob sustentações aparentemente contraditórias, na ação educativa coexistem ambas as
teorias, pois os procedimentos e experiências especificamente mediados, prospectam para esse
sujeito pela função da linguagem o estabelecimento de elos de ligação com o mundo, o professor é,
como nos diz Braga “agente de linguagem na constituição de um sujeito” (2005, p.61). Portanto,
independe de teorias para afirmarmos que o sujeito nasce do outro, um ponto de intersecção
amplamente utilizado no cotidiano de nossas salas de aula e que não reduz a ação a dogmas que
supostamente detenham a verdade a respeito de procedimentos, etiologia ou sintomatologia das
manifestações presentes nesses espaços.
Metodologia
A metodologia contou com a análise exploratória dos planos de observação direta e dos registros
diários das aulas ministradas, as fontes de papel (GIL, 1999), e as falas proferidas pelos professores
que atuam nesses espaços, sendo orientada por uma perspectiva crítico-dialética, de caráter
qualitativo, caracterizando-se como uma pesquisa etnográfica (LÜDKE, 1986).
O trabalho proposto foi organizado conforme plano terapêutico individual e objetivos específicos
para atividades coletivas, sendo a turma constituída de um número mínimo de quatro e no máximo
de seis alunos, estipulados pelo projeto original, que prevê aos mesmos transitoriedade nesses
espaços, após a presença mediante avaliação descritiva de resultados significativos em seu processo
de aprendizagem, desenvolvimento, e estruturação psíquica (diretriz para todas as classes).
Para tanto, atuam dois professores, extraordinariamente por acreditar-se necessário no respeito a
relação transferencial sendo considerado o terceiro, o indicante da lei, o que segundo a psicanálise
deve ser fundamental na constituição-estrutura psíquica que se pretende alcançar nas ações
destinadas a esses sujeitos (ALVES, 2003).
A análise dos dados considera as trocas de experiências (discursos) durante as assessorias entre os
professores (oriundos de diversas escolas do estado) e que acontecem periodicamente na sede da
mantenedora, e o acervo documental, produzido no decorrer das práticas educativas, de relevância
absoluta por relatarem o processo, exatamente como vivenciado, na maioria das vezes ocorrendo
em situações inusitadas, em outras não planejadas, e geralmente diferenciadas das situações de
aprendizagem que vivenciamos nos “padrões escolares” tradicionais. Assim a identificação do
pesquisador com o universo pesquisado consistiu em absoluta necessidade, pois exerceu um papel
ativo tanto na realidade (contexto) quanto na organização e equacionamento dos dados.
Para Lüdke (1986) a colagem do pesquisador a realidade estudada, não descaracteriza o trabalho
científico de uma pesquisa qualitativa , ao contrário acrescenta certa veracidade se cuidadosamente
elaborada e analisada,até mesmo por não se justificar como um fim, mas um potencializador de
ações subseqüentes, o referencial dinâmico que não esgota a produção do conhecimento.
Resultados e Discussões
As atividades realizadas tinham como princípio despertar o desejo do aluno em aprender e se
perceber como um sujeito desejante, capaz de interferir na realidade e no contexto em que está
inserido. Por vezes precisávamos ensinar “saberes” que não estavam previstos nos parâmetros
curriculares, pois a fragilidade da estruturação psíquica dessas crianças e adolescentes nos
orientavam a propor a aprendizagem de “conteúdos da vida” essenciais ao nosso ver, muito
diferentes das restrições das escolas tradicionais e suas estruturas organizativas (DUBOIS, 2003).
A ação da educação terapêutica difere quando propõe em um primeiro momento a
construção de um vínculo afetivo com o aluno, para que depois se pense na formalidade do
conhecimento sistematizado. Esses alunos chegam em nossas escolas sem uma referência parental
ou socialmente constituída exigindo uma mobilização em vários aspectos que extrapolam nossos
recursos acadêmicos (FOLBERG, 2006). Bem mencionou Zillmer “precisávamos ajudá-lo a se ver
como pessoa, a reconhecer sua própria imagem diferente daquela, fragmentada, ritualizada,
estereotipada. Seria essa a nossa função como educador (...)? Educar para realizar o
reconhecimento de si próprio? Educar para a vida?” (2003, p.53).
O currículo para esses alunos deve ser um espaço de reflexão/ressignificação permanente, pois seu
êxito estará condicionado ao momento e condições de aprendizagem que os mesmos apresentem. A
autora ainda coloca que no trabalho pedagógico a função do deslocamento, do que anteriormente
se constituía uma atuação bastante diferente, pois pensa individualmente cada sujeito, a estrutura,
organização curricular, o planejamento e a avaliação são geridos em função, primeiro para que o
aluno possa se distinguir do outro (ZILLMER, 2003). Assim o que se propõe é apenas um recurso.
O momento define que método, intervenções ou palavras, o professor deva fazer uso. Bastos
afirma:
Para atingir essas metas muitas vezes o educador deverá ter uma atuação terapêutica
devido à individualidade que deve permear todo o processo educacional dos
portadores de TDI. E com certeza o terapeuta que se restringir a ser um mero
aplicador de técnicas não será suficientemente educativo para conseguir resultados
significativos e eficientes na sua atuação. (2002,p.128)
O planejamento se mostra flexível, respeitando sempre o foco de interesse do aluno para a
estruturação da proposta, e de acordo com suas particularidades inclusive as peculiares às
condições (transtornos), como por exemplo, as dificuldades referentes à linguagem e ao
comportamento, mas sempre priorizando a interação social e a importância do papel do outro em
suas vidas. Freire melhor contextualiza:
(...) em nossa sala de aula vamos extrapolar os objetivos da aprendizagem acadêmica
e vamos experimentar diariamente, o prazer de mostrar a este aluno que ele poderá
nos “usar”, não somente para abrir a porta de uma geladeira, para aprender como se
usa o banheiro, como se veste uma roupa, que não se como papel ou giz de cera, que
existe o vermelho e o azul, o quadrado e o círculo, que o sol que brilha lá fora nos
mostra que é dia e nos aquece, que quando cai a noite vem a lua que também nos
encanta, que a chuva molha, mas que existem inúmeras maneiras de nos protegermos
dela, que riso é sinal de alegria e tantas outras coisas, mas principalmente vamos
ensinar a ele que “aquela mulher e aquele homem” tão aparentemente iguais no meio
dos outros, são seu papai e sua mamãe. Vamos mostrar a ele que o nosso colo e o
nosso abraço, trazem conforto para saudar, que a nossa segurança pode fortalecer
suas dúvidas, que a nossa firmeza pode desbancar seus medos, que a nossa
disponibilidade sempre traz a possibilidade de trocas mesmo que sejam mínimos que
o nosso olhar sempre encontra o dele mesmo que fugazmente, e assim seremos
sempre os incentivadores da busca do equilíbrio, os facilitadores do encontro dele
com ele próprio e com as outras pessoas, os criadores de infinitas oportunidades de
vivência cognitivas e afetivas, dos quais ele tanto precisa para aprender a significar o
mundo e principalmente a “se significar” dentro dele. (2002, p. 139).
Sem desconsiderar os conteúdos previstos no Plano de Estudo da escola, o desenvolvimento das
aulas, compreendia a “codificação” e organização do mundo real, externo, procedimento pelo qual
se viabiliza a organização do “mundo interior” desses indivíduos, muitas vezes alheios às convenções
sociais. Amy (2001) intitula essa maneira de ser como uma patologia de ligação, o que Lacan
(2001) afirma ser um sujeito flutuante entre dois discursos e Vigotski (2004) por sua percepção
dizer, um sujeito que não se prende nem ao seu meio, nem à cultura a que pertence, contrapontos
que coexistem, mesmo divergentes no âmbito de nossas salas educativas, tendo em comum o fato
de creditarem à linguagem o papel de gênese de tais disfunções.
Pela função da linguagem proporcionamos um restabelecimento do rompimento com o meio, no
qual gradativamente as ações devem exercer uso consciente e racional na vida em sociedade.
Vigotsky ensina-nos a tarefa: “Os professores deveriam ser profissionais que estimulassem a criança
a adotar uma abordagem ativa em relação à vida, pois a vida é uma luta contínua e o professor
deveria ser um lutador além de um artista” (VAN DER VEER; VALSINER, 2001, p.67). Uma
tarefa de resgatar alguém distante para exercer sua natureza humana de ser social.
De acordo com tais vivências, pode-se constatar que a educação de alunos com graves problemas
de estruturação psíquica aos poucos vem ocupando espaço nas discussões inerentes à educação
para todos, mas que muito ainda precisa ser realizado, mesmo o percurso já tendo sido iniciado
para que esses sujeitos possam se constituir, tendo respeitados seus direitos de acesso e recursos
humanos e didáticos apropriados, em tarefa educativa dessa dimensão, mas possível existindo
desejo de quem aprende e de quem ensina.
Mesmo sendo o processo educativo-terapêutico, um longo caminho a ser trilhado com momentos
de estagnação ou até mesmo de regressão, quando lembramos do “sujeito flutuante” que não se
apega a nenhum discurso, e o conhecimento é o discurso que circula na escola (LACAN, 2001),
não acreditamos que seja uma tarefa inviável, ao contrário, os alunos nos apontam os caminhos,
nunca em uma perspectiva de linearidade, mas como um imenso labirinto sendo um desafio
incomparável em educação.
Referências
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FREIRE, Lucia Helena Vasconcelos. Formando Professores. In: Camargos Jr, Walter (coord).
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KUPFER, Maria Cristina M. Educação para o Futuro. São Paulo: SP Escuta, 2000.
LACAN, Jacques. O Seminário. Livro 3: as psicoses. 2ª ed. Revista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
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LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo:
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MELLO, Ana Maria S. Ros de; MARQUES, Marli Bonamini. TEACCH – Treatament and
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ZILLMER, Patrícia. Reflexões Sobre a Prática: Escola ou Clínica? In: CHARCZUK, Maria
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