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Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2
 
MOVIMENTO E LINGUAGEM: INSTRUMENTOS MEDIADORES NA 
MANIFESTAçãO AFETIVA DAS CONDUTAS DE JOVENS E ADULTOS COM 
DEFICIêNCIA MENTAL. PERSPECTIVAS DE WALLON E BAKHTIN
GUHUR, Maria de Lourdes Perioto - UEM1
BORGES, Josiléia Almeida de Freitas - UEM2
CAETANO, Viviane Gislaine - UEM3
1 Docente do Departamento de Teoria e Prática da Educação da UEM-Maringá-Pr. 
jvasterix@wnet.com.br
2 Acadêmica do Curso de Pedagogia da UEM-Maringá-Pr. Josi.borges@pop.com.br
3 Acadêmica do Curso de Letras da UEM-Maringá-Pr. gislainecaetano@bol.com.br
RESUMO
 Relata-se trabalho desenvolvido com um grupo de jovens e adultos com deficiência mental, no 
decorrer do qual utilizou-se o movimento (motricidade expressiva) e a linguagem (interação verbal) 
como recursos/instrumentos mediadores na exteriorização de estados afetivos (subjetividades, 
sensibilidades, sentimentos, emoções); na apreensão e compreensão do sentido das experiências 
cotidianas (evocação/representação de conflitos em situações reais e imaginárias); na expressão de 
idéias e pensamentos (ordenação e sucessão de imagens encadeadas pela fala) e no estabelecimento 
de relações de dialogia entre pares (respeito aos gestos, atitudes e enunciados do outro). Para 
subsidiar a prática proposta fez-se um recorte nas teorias de Wallon e Bakhtin, estudando-se os 
aspectos mais relacionados à temática proposta. Como resultados provisórios destacam-se dois 
pontos: (1) que o tipo de instrumento utilizado na comunicação interfere no grau de diferenciação 
pessoal do sujeito; (2) que há necessidade de se aprofundar estudos sobre como se dá o encontro 
com o outro e o mundo, ao mesmo tempo em que programar ações educativas que contribuam para 
que pessoas com deficiência mental, pela descoberta e uso de novos meios e instrumentos de 
comunicação, possam superar e/ou compensar funções e condutas afetivas comprometidas ou 
deficitárias, responsáveis pelas manifestações sincréticas da emoção.
Palavras-chave: movimento; linguagem; deficiência mental; condutas afetivas
Introdução
Mesmo vivendo num momento da sociedade em que o respeito às diferenças individuais faz parte 
da maioria dos discursos sobre a inclusão social, constata-se que pessoas que apresentam 
deficiência mental, sobretudo quando esta é facilmente evidenciada ou identificável, são 
freqüentemente estigmatizadas e tornam-se alvo de discriminações por não corresponderem a um 
padrão ideal de normalidade, seja em termos de suas características físicas ou de expressão de 
capacidades sociais, funcionais ou acadêmicas.
 
Por não ter vivenciado junto às demais e para além de espaços acadêmicos ou de reabilitação, 
experiências interpessoais diversificadas, enriquecedoras e significativas, a maioria destas pessoas 
acaba por apresentar um estado de “sincretismo emocional e/ou de sociabilidade sincrética”, quer 
dizer, dificuldades de se relacionar com as pessoas e o meio e de comunicar, pelo uso da palavra, 
idéias, intenções, percepções, desejos (estrutura frasal alterada, vocabulário reduzido, diálogo 
empobrecido). 
Em outras palavras, por não terem tido a oportunidade de desenvolver os meios/instrumentos 
necessários para objetivar nas interações, conteúdos de seu psiquismo, ou para revelar em 
expressões fisionômicas suas emoções (raiva, alegria, tristeza, medo, susto), apresentam reações 
mal adaptadas e desgastantes. Estas dificultam o reconhecimento pela pessoa, no outro e em si 
própria, de sentimentos, necessidades, capacidades, limites, fato que compromete o 
estabelecimento de formas de apreensão/compreensão do mundo, portanto, o estabelecimento de 
relacionamentos interpessoais de qualidade e neles, a expressão positiva da afetividade. 
Delineado o presente quadro e, no intuito de oportunizar a pessoas que apresentam tais 
características em seus relacionamentos, a vivência de experiências gratificantes por sua ludicidade 
e, positivas, no sentido de serem menos frustrantes, optou--se em oferecer a um grupo de jovens e 
adultos com deficiência mental atividades pedagogicamente orientadas num ateliê de Expressão 
Corporal4. Tais atividades envolveram o movimento e/ou motricidade expressiva e o uso da 
linguagem e dos signos, com o objetivo de estimular nos participantes atitudes de compreensão de 
situações e circunstâncias que compõem as relações com os pares e o reconhecimento de 
sentimentos e emoções em si próprio e nos outros, a estes respeitando em suas manifestações 
afetivas. 
As dimensões aqui focadas, o corpo em movimento e a linguagem, são vistas como instrumentos 
que permitem apreender e ressignificar o sentido de experiências cotidianas, a expressar estados 
internos (bem estar, mal estar) como manifestação da afetividade e subjetividade entre pares. Eles 
podem, portanto, sob a perspectiva da troca e do compartilhar, dinamizar as interações entre pares, 
a estes auxiliando a distinguir, nas condutas afetivas suas e dos demais, formas adequadas de 
expressar sentimentos e emoções, respeitando as singularidades de cada um. 
4  O ateliê de Expressão Corporal é parte de um Projeto de Extensão institucional intitulado “Atividades 
Alternativas para Pessoas com Necessidades Especiais”, desenvolvido no campus da Universidade Estadual de 
Maringá.
Entende-se que, ao envolverem formas de comunicação e recursos pedagógicos alternativos (como 
o movimento, a interação verbal, a mímica, o simulacro, a imitação, as pantomimas, os jogos e 
figuras de linguagem, etc.), atividades culturalmente organizadas podem contribuir para o acesso ao 
mundo simbólico e interferir no auto-conhecimento da pessoa (sua demarcação psíquica), 
auxiliando-a na superação do sincretismo em relação às suas emoções. Nesse sentido, propôs-se 
desenvolver entre os sujeitos participantes do ateliê de expressão corporal formas de atenção e 
respeito em relação ao outro, mediadas por ações capazes de interferir na orientação do sujeito 
para lidar de maneira positiva com os limites, interesses e sentimentos pessoais.
Perspectivas de Wallon e Bakhtin
Como subsídio teórico ao trabalho desenvolvido no ateliê de Expressão Corporal, fez-se um recorte 
nas idéias de dois autores, Henri Wallon (1879-1962) e Mikhail Bakhtin (1895-1975), naquilo que 
poderia contribuir para o entendimento dos aspectos mencionados. Adotou-se, também, o 
pressuposto de que pessoas com condutas afetivas deficitárias ou comprometidas por bloqueios, 
inibições, desorganizações, atrasos, retrocessos, rupturas, podem ser conduzidas a desenvolver 
meios/comportamentos/mecanismos adaptativos ou recursos/vias especiais de comunicação para 
compensar ou sobrecompensar déficits, insuficiências e/ou inadequações nas formas de expressão 
do psiquismo. 
Adentrando as idéias de Wallon (1979) no que concerne o movimento e/ou motricidade expressiva, 
o autor o define “como tudo o que pode testemunhar sobre a vida psíquica, sendo que a esta 
ele traduz inteiramente, pelo menos até o momento em que sobrevém a palavra” (p. 73). 
Propõe que o movimento envolve uma ampla gama de gestos, posturas, atitudes, mímicas, praxias 
(ação dos segmentos corporais) e, além de interferir na elaboração do psiquismo da “criança e nas 
suas relações com outrem; influencia também o seu comportamento habitual, [o movimento] é 
um fator importante de seu temperamento [personalidade]” (p. 79). Nos limites das formas 
motora ou mental ocorre a interação entre duas das dimensões essenciais à formação do psiquismo: 
a afetividade e a cognição, com destaque para a função tônica. Esta função atua como fator 
regulador das relações do indivíduo com o meio, seja na expressão de estados afetivos (sentimentos 
e emoções como alegria, cólera, medo) e de capacidades cognitivas (idéias e representações); ou 
na concretização de ações no mundo real (gestos, posturas, atitudes, mímicas). Mediando a ação, 
seja a motora ou mental, o tônus não só dá forma, como acompanha e conduz o movimento 
(sentado, de pé) e as atitudes (de espera, de esforço), circunstância que permite caracterizar as 
potencialidades da ação como o impulso, a tensão, a paralisia, a inibição. 
Juntamente com os signos, o movimento se constitui no fio condutor que tece a relação entre 
cognição e afetividade, dimensões que dinamizam do interior a qualidade das transformações 
psíquicas que se realizam no decorrer da ontogênese. Por meio dele, e quando da realização de 
atividades de expressão corporal: (1) o corpo dá e recebe informações interoceptivas (sinais 
labirinticos e cinestésicos sobre as condições internas), proprioceptivas (informações sobre a 
posição e deslocamento no espaço) e exteroceptivas (informações que permitem reconhecer os 
estímulos externos e estabelecer as bases do comportamento consciente); (2) são estabelecidas 
relações com pessoas (reciprocidade, fusão, alteridade) e objetos (ordenação, classificação); e (3) 
desenvolvem-se os sistemas de referência da pessoa consigo mesma (identificação) e com o espaço 
(orientação), o que propicia o auto-conhecimento, pela expressão de estados afetivos (quem é a 
pessoa, o que sabe, do que gosta); a localização no mundo, pelo reconhecimento do espaço e o 
reconhecer-se no espaço; e a simbolização, pela representação de si e o reconhecimento do outro.
Visto envolverem a representação simbólica de personagens, situações e acontecimentos (faz de 
conta, simulacro, imitação, pantomima), duas formas sob as quais o movimento e/ou motricidade 
expressiva podem se manifestar na maioria das atividades desenvolvidas no Ateliê de Expressão 
Corporal, merecem ser destacadas: as atitudes e as mímicas. As atitudes se traduzem em 
comportamentos de concordância e cooperação em relação ao outro, ou de negação e conflito. 
Mediado pelas atitudes, o automatismo das ações abre espaço à simbolização, à representação, 
fato que permite ampliar as noções relacionadas ao conhecimento do corpo (ponto de referência) e 
descobrir os movimentos que é possível realizar com o corpo, o que contribui na elaboração de uma 
imagem de si mesmo como pessoa única na diversidade das situações. 
Em se tratando da mímica, por seu intermédio é possível exercer ação sobre o outro (incentivo, 
intimidação, atração), provocar reações (medo, raiva, frustração), e dele receber influências, sob a 
manifestação dos seus estados afetivos. A mímica é “a função postural apropriada às 
necessidades das relações afetivas entre os indivíduos”, diz Wallon (1971: 228). Ou seja, a 
mímica é a função que, mediada pelas sensibilidades postural, motora e afetiva, torna-se adequada à 
manifestação emocional de múltiplos estados de conflito e tensão. Trata-se de linguagem usada com 
e pelo sujeito que percebe no outro sinal para sorrir, se entristecer, se aninhar, se afastar. 
No que se refere à linguagem, já na perspectiva de Bakhtin (1997a; 1997b), este a percebe como 
abarcando, em seu sentido mais lato, também outras manifestações expressivas como gestos, 
posturas e expressões fisionômicas: “toda atividade mental é exprimível (...). Todo pensamento, 
toda emoção, todo movimento voluntário são exprimíveis (...) tudo o que ocorre no 
organismo [a respiração, a circulação, os movimentos, o gesto, a articulação, a mímica] 
pode tornar-se material para a expressão da atividade psíquica” (1997a: 51-2). Trata-se a 
linguagem, portanto, de recurso e instrumento por meio do qual se estabelecem relações de dialogia, 
o que contribui à compreensão de como se dá o encontro com o outro.
Considerando a interação verbal (articulada à idéia de diálogo) como a unidade básica da 
linguagem, o autor afirma que ela permite ao homem comunicar a vida e o mundo e se constitui 
como o centro organizador do pensamento. Quanto a seu produto, a enunciação, emerge e se 
transforma adquirindo múltiplos sentidos, desenvolvendo-se as palavras que a constituem em 
interação com os enunciados dos outros, da mesma forma que se constitui e desenvolve o 
pensamento, em interação com o pensamento dos outros. Assim linguagem e pensamento não 
existem como produtos acabados, nem se situam no interior do indivíduo. São processos que se 
constituem fora dele, no território sócio-cultural imediato; por isso é que trazem a marca da história. 
Ainda segundo o autor (1997a), é a consciência individual alimentada por signos que se constituem 
como produtos ideológicos, como criados segundo a lógica e as leis de grupos sociais. Por isso, 
entende que o grau de consciência ou de elaboração da atividade mental pode oscilar entre dois 
pólos, a “atividade mental do eu” e a “atividade mental do nós”, segundo a orientação social do 
indivíduo. A atividade mental do eu caracteriza reações primárias próximas das da atividade animal; 
é direcionada para a auto-eliminação, visto que, ao atingir seu limite, é privada da sua elaboração 
ideológica, tem dissipada sua orientação social e perde sua expressão verbal. Já a atividade mental 
do nós apresenta um grau de consciência maior e em proporção com uma orientação social firme e 
estável; ela manifesta-se como atividade psíquica superior e subentende a consciência de classe.
Outro aspecto ligado a esta questão da atividade mental indica que, desde a sua constituição, há 
uma tendência desta atividade expressar-se externamente - de forma plena - através de enunciados, 
podendo, não obstante, ser inibida devido a algum bloqueio ou dificuldade. Ao concretizar-se, 
porém, reverte sua ação sobre a atividade mental, passando a organizar de forma mais definida e 
estável o mundo/vida interior (subjetividade/expressão interior). É este mundo interior que deve 
adaptar-se às possibilidades e caminhos de nossa expressão, uma vez que esta alimenta a ideologia 
da vida cotidiana.
Bakhtin (1997a) também refere-se ao fato de que não existe um reservatório de palavras pairando 
sobre o sujeito, nem um conjunto de regras do qual ele pode se apropriar quando precisar falar: 
"não são palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas 
ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou desagradáveis” (p. 95). As palavras existem e 
são palavras porque existem interlocutores; elas emanam de alguém e se dirigem a alguém e seus 
diferentes sentidos só podem ser apreendidos nos enunciados, produtos da interação verbal. Cada 
enunciado, portanto, constitui-se como diálogo e apresenta sempre começo e fim absolutos: antes 
do seu inicio existem enunciados dos outros, da mesma forma que existem outros enunciados após o 
seu final (1997b). O mesmo pode-se dizer dos gestos, movimentos, mímicas (resposta extraverbal), 
em que, interlocutores em situação de dialogia, interligam suas réplicas por relações de demanda-atendimento, assentimento-negação, recusa-oferecimento, continuidade-acabamento.
Metodologia
Considerando que, sob as perspectivas teóricas enfocadas, o discurso e/ou o enunciado de cada 
um, – aqui entendido como presente nas condutas afetivas expressas tanto no movimento e em 
outras manifestações corporais, como na palavra, - emerge e se desenvolve em interação com os 
discursos e/ou enunciados de outras pessoas, optou-se em desenvolver as atividades previstas no 
projeto no ateliê de Expressão Corporal. Participaram do projeto oito jovens e adultos com 
deficiência mental (com idades entre 18 e 45 anos, de ambos os sexos), sendo que, no decorrer de 
sessões semanais de atendimento (num período de oito meses), focalizou-se os seguintes eixos 
temáticos, trabalhados de forma articulada: (1) atividades globais de expressão; (2) corpo, 
movimento e representação; (3) imitação, simulacros, faz de conta, pantomimas; (4) jogos e figuras 
de linguagem. Em todas as atividades propostas teve-se o cuidado de priorizar as relações de 
dialogia e, na manifestação da afetividade entre os participantes, o refinamento das trocas 
emocionais e sua transformação em comunicação verbal. 
No decorrer das atividades desenvolvidas no ateliê de Expressão Corporal utilizou-se a observação 
dos sujeitos participantes como estratégia para compreensão ativa das condutas afetivas, para o 
acompanhamento e avaliação do trabalho realizado (registros, diário de campo, filmagens). 
Acreditava-se que o significado de tais condutas poderia ser evidenciado/ compreendido/desvelado 
tanto nas manifestações corporais expressivas como nos discursos e enunciados produzidos entre os 
sujeitos, já que ambos se encontram presentes na elaboração da subjetividade e são marcados por 
relações de dialogia.
Primeiros resultados
Naquilo que foi observado pode-se dizer que, no conjunto global do atendimento pedagógico 
desenvolvido no ateliê, não foram identificadas condutas afetivas altamente discrepantes ou 
reveladoras de comportamentos emocionais desorganizados. Todavia, formas de sociabilidade 
bastante sincréticas apareceram em alguns episódios, chamando a atenção para os recursos usados 
pelos sujeitos na objetivação de sentimentos e emoções no decorrer da dinâmica interativa, 
principalmente nas atividades envolvendo a imitação, o simulacro, o uso de jogos e figuras de 
linguagem (analogias, ironias). Isto se verificou, em especial, na expressão da frustração e no 
sentimento de incompetência, na comunicação de necessidades e aspirações, e em alguns 
comportamentos que envolviam trocas entre pares (dificuldades de comunicar idéias e pensamentos 
ao outro, de utilizar a palavra, o diálogo, para construir sentidos).
Ao considerar os objetivos propostos por este trabalho e as atividades realizadas em seu âmbito, 
avalia-se que as mesmas conseguiram propiciar, dentro dos limites do tempo disponibilizado e das 
singularidades das condições dos sujeitos participantes, alguns ganhos qualitativos. Ainda que 
pequena, considera-se que houve uma ampliação na comunicação dos sujeitos entre si, evidenciada 
no maior número de interações verbais; no estabelecimento de pontos de referência deste sujeito 
consigo mesmo, conquistados com a descoberta do corpo e dos movimentos que é possível realizar 
com o corpo; também os limites do espaço mais imediato foram ampliados com a sua exploração, 
articulada ao desenvolvimento das percepções, estas se constituindo como referencial para o 
próprio conhecimento e o do outro, numa perspectiva de melhor se situar no mundo e saber utilizar 
novas formas de expressão da afetividade, no encontro com o outro.
Conclusão
Provisoriamente, conclui-se que o tipo de instrumento, recurso, ou meio utilizado por pessoas com 
deficiência mental na comunicação de suas necessidades, percepções, expectativas, interfere no 
grau de diferenciação pessoal que desenvolvem em seus relacionamentos interpessoais. Por isso, 
entende-se ser da máxima importância aprofundar estudos sobre como se dá o encontro com o 
outro e o mundo e, de modo particular, programar ações educativas para que tais pessoas possam 
desenvolver, criar e/ou organizar meios alternativos de superação e/ou sub-recompensação das 
funções e condutas afetivas consideradas comprometidas, insatisfatórias ou deficitárias, responsáveis 
pelas manifestações sincréticas da emoção.
Referências Bibliográficas
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1997a.
_____. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997b, p. 277-326.
WALLON, H. As origens do caráter na criança. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 
1971.
_____. Psicologia e educação da criança. Lisboa: Editorial Vega, 1979.