http://www.psiquiatriainfantil.com.br/congressos/uel2007/124.htm


Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2

BASQUETEBOL SOBRE RODAS: LIMITES E POSSIBILIDADES DE TREINAMENTO DA EQUIPE DO UNIPAM
Profª. Lílian Soares de Oliveira Marques(Autora)
UNIPAM/FACISA/Curso de Educação Física
Profª Ms. Sônia Bertoni Sousa(Co-Autora)
UNIPAM/FACISA/Curso de Educação Física


RESUMO

Este estudo teve como temática central o treinamento em atletas com deficiência. Seu objetivo geral foi verificar quais os limites e as possibilidades de treinamento da equipe de basquetebol sobre rodas da cidade de Patos de Minas. Mais especificamente buscou verificar quais são os limites de movimentos causados pela deficiência e identificar os resíduos musculares compatíveis com a deficiência e com o esporte. Trata-se de uma pesquisa do tipo estudo de caso. Foram aplicados questionários aos atletas da equipe de basquete sobre rodas de Patos de Minas. As perguntas contidas no questionário forneceram dados sobre a classificação funcional, a causa da deficiência de cada atleta, o volume e o uso da cadeira de rodas no treino. As análises foram do tipo quantitativo-qualitativo. Os principais resultados nos mostram que a equipe de basquete de cadeiras de rodas de Patos de Minas possui 08 atletas. Destes, 02 possuem poliomielite, 04 são lesados medular, 01 amputado e 01 com deficiência congênita. O rendimento da equipe do UNIPAM é alto, uma vez que constatamos uma elevada resistência aeróbica nos atletas. A equipe de Patos de Minas é praticamente uma equipe com ponto baixo, ou seja, possui 62,5% de atletas com baixo volume de jogo sendo classificado funcionalmente como 1.0 ponto e que 37,5% dos atletas possuem alto volume de jogo com classificação funcional 3.5 e 4.0. Dessa forma concluímos que este trabalho é de suma relevância, pois consiste em uma forma de divulgação do esporte adaptado, oferecendo aos estudiosos da área mais uma fonte de pesquisa nesse campo. Além disso, devemos considerar a importância do esporte para os atletas, uma vez que eleva sua auto-estima e os integra à sociedade.


Introdução

O tema de nosso trabalho de pesquisa trata-se da questão do treinamento do esporte basquetebol sobre rodas.
Nosso interesse por esta temática surgiu desde julho de 2004, quando foi formada a primeira equipe de basquete sobre cadeiras de rodas, em Patos de Minas1. Era desafiador assumir uma equipe, uma vez que não tínhamos conhecimento algum sobre este esporte. Eram dois desafios, um trabalhar com pessoas com deficiência e o outro tratar com um conhecimento novo como o esporte adaptado. O tempo foi passando e a cada dia fomos nos envolvendo mais com o trabalho e então decidimos não só ensinar o esporte a essas pessoas como também iniciar um trabalho de treinamento da equipe para participar de campeonatos.
E no sentido de fazer um trabalho consistente, que vise não só resultados como também ao bem estar físico e social dessas pessoas, é que surgiu nosso interesse em pesquisar e estudar os limites e as possibilidades de cada atleta em participar do treinamento em basquete sobre cadeiras de rodas.

1  Patos de Minas está situada na região sudeste de Minas Gerais e a população do município é de 123.811 habitantes . (PREFEITURA, 2005).

Segundo Freitas (1997) o esporte para o deficiente efetivou – se na Inglaterra, logo após a 2ª Guerra Mundial quando o médico alemão Ludwing Guttmman introduz, no hospital de Stoke Mandeville, o basquete sobre cadeiras de rodas com a necessidade de fazer com que traumatizados, vindos da guerra, tivessem uma ocupação, um esporte, para auxílio na reabilitação. Nos Estados Unidos, surge quase ao mesmo tempo, porém com o intuito de se praticar um esporte para competição, com Benjamim Lipton. 
As primeiras atividades desportivas tiveram seu início em 1944, com o arco e flecha, tênis de mesa e o arremesso de dardo. Somente em 1947, foi introduzido o basquete sobre cadeiras de rodas. No Brasil, o desenvolvimento do esporte para o deficiente chega em 1958, com dois brasileiros que foram para os Estados Unidos para se reabilitarem, Robson Sampaio e Sérgio Del Grande.
Tanto o basquete convencional quanto o basquete sobre rodas, são jogos dinâmicos e rápidos, que exigem do atleta muita coordenação motora, habilidade para que possa chegar mais rápido à cesta e converter o ponto. É um esporte que necessita de grande precisão dos fundamentos como lançar, arremessar, driblar, fintar, ou seja, grande domínio das habilidades específicas.
Para realizarmos esta pesquisa, procuramos na literatura e selecionamos alguns trabalhos que tivessem uma relação direta ou indireta com o nosso estudo. Dentre eles citamos:
Borim (1997), acredita ser de fundamental importância para técnicos, preparadores físicos e professores de Educação Física, saber qual a intensidade do esforço que um atleta se submete durante uma partida. Ele estudou o comportamento da freqüência cardíaca durante a realização das partidas conforme os tipos de fundamentos e posicionamentos da modalidade, ocorridos durante a realização do campeonato paulista de basquetebol infanto-juvenil. Utilizou-se monitores de freqüências cardíacas para registros dos batimentos cardíacos obtendo resultados com oscilações dos batimentos segundo os tipos de fundamentos e posicionamentos dos atletas, tendo como destaque os alas, por ocorrência de execução de diferentes gestos desportivos.
Labronici et al (2000), realizaram um estudo que mostra que o esporte é um método de reabilitação de deficientes físicos nos aspectos físicos, psicológicos e sociais, especialmente com enfermidades crônicas e que já não se encontram em programas de reabilitação. Foram utilizados a escala social (Rivermead), a classificação funcional do esporte, a aplicação das escalas funcionais (Barthel e Rivermead) e o teste do perfil psicológico (POMS). Este estudo mostra que o esporte pode trazer para a pessoa com limitação física uma melhor integração social e adaptação à sua condição física.
Por sua vez, Freitas (1997), tem como objetivo em seu trabalho apresentar os conhecimentos disponíveis no que se diz respeito ao ensino de basquete sobre cadeiras de rodas, bem como alguns caminhos metodológicos para ajudar profissionais que tem interesse em trabalhar com este esporte. Foram aplicados questionários aos técnicos que participaram do IV Campeonato Interclubes da 1ª, 2ª e 3ª divisão, realizado em Goiânia – GO. Os resultados obtidos desmistificam a idéia de ter profissionais especiais para trabalharem nessa área, entretanto reforçam a necessidade de uma melhor adequação curricular dos Cursos de Educação Física, com conteúdos que melhor auxiliem os profissionais que queiram iniciar no basquete sobre cadeiras de rodas.
Miron (1995) descreve e analisa o desempenho de alunos com deficiência auditiva no aprendizado dos fundamentos do voleibol, através de um programa de ensino de mini – voleibol. Os dados foram coletados em quarenta sessões de aprendizagem que obedeceram a uma seqüência que está em acordo com as regras prescritas pela Confederação Brasileira de Voleibol e pela Internacional Volleyball Federation. Os resultados obtidos nos mostram que os alunos que pertenciam a este projeto aprenderam as regras e fundamentos ensinados através do procedimento de programação de ensino. O autor concluiu que a adoção desse procedimento é válida tanto para as aulas de Educação Física quanto para o ensino dos desportos.
Por último apresentamos Carmo (1989), que trata de um estudo de caráter político-filosófico, cujo objetivo foi analisar as propostas e realizações ocorridas no plano das políticas brasileiras de Trabalho, Educação e Lazer, concernentes às pessoas com deficiência física. Constatou também que o esporte para a pessoa com deficiência é de grande importância para a sua integração social e, que é no esporte que ele se encontra e sua auto-estima melhora. O autor denunciou que a sociedade brasileira cria, “recupera” e, ao mesmo tempo, discrimina as pessoas com deficiência.
Podemos dizer que os autores acima citados tiveram preocupações diferenciadas com o deficiente. Abordaram desde a utilização do esporte enquanto uma política pública de integração social quanto à utilização do esporte como forma de reabilitação. Porém, nenhum deles teve a preocupação de saber quais os limites e possibilidades de treinamento de uma equipe de basquetebol sobre cadeiras de rodas.
Neste sentido, elaboramos este estudo cujo objetivo é verificar quais os limites e as possibilidades de treinamento da equipe de basquetebol sobre rodas da cidade de Patos de Minas.
Mais especificamente busca verificar quais são os limites de movimento causados pela deficiência e identificar os resíduos musculares compatíveis com a deficiência e com o esporte.

Método

Caracterização da pesquisa
Trata-se de uma pesquisa do tipo estudo de caso. A pesquisa está delimitada à equipe de Basquetebol sobre Rodas de Patos de Minas.

População
O nosso trabalho corresponde a todos os atletas da equipe de basquetebol sobre rodas do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM.

Amostra
Corresponde a todos os atletas da equipe do UNIPAM, pelo fato da pesquisa possuir uma população pequena.
            
Instrumentos de coleta de dados
Um questionário direcionado aos atletas de basquetebol do UNIPAM. As perguntas foram construídas visando fornecer a classificação funcional, a causa da deficiência dos atletas, o volume e uso da cadeira de rodas no treino.

Análise de dados
 As análises realizadas foram do tipo quantitativo-qualitativo. Foram feitas comparações entre os dados da classificação funcional, o resíduo muscular compatível com a deficiência de cada atleta, o volume  e uso da cadeira no treino.

Resultados/discussão

Os dados coletados por meio de questionário nos forneceu a classificação funcional, a causa da deficiência de cada atleta e o volume e uso da cadeira de rodas no treino.
A equipe de basquete de cadeiras de rodas de Patos de Minas possui 08 atletas. Destes, 02 possuem poliomielite, 04 são lesados medulares, 01 amputado e 01 com deficiência congênita.
Primeiramente, falaremos dos grupos específicos de cada lesão, a começar pelos atletas com poliomielite, que são: CPS e ORN.
A poliomielite, mais conhecida por pólio, é caracterizada por uma infecção viral que afeta as células motoras da medula espinhal e pode ser considerada temporária se as células motoras não forem destruídas, ou permanente se as células forem destruídas pelos vírus.
CPS teve pólio aos 2 anos de idade, no qual teve seu membro inferior direito afetado. Antigamente utilizava muletas como meio de locomoção, já hoje, necessita de cadeiras de rodas para se locomover. A classificação funcional de CPS no esporte Basquete sobre cadeiras de rodas é de ponto 4.0. Seus movimentos são bastante amplos por ter grande domínio de tronco. Consegue um grande volume da ação, ou seja, quando o jogador segura a bola com as duas mãos e são determinados pela amplitude máxima da posição da bola no espaço. A classe 4.0 tem capacidade de se mover nos três planos do espaço: axial, sagital e frontal.
ORN teve pólio aos 6 meses de idade e teve seus dois membros inferiores afetados. Quando criança se locomovia com aparelho ortopédico e hoje se locomove com muletas. Sua classificação funcional é de ponto 3.5. Essa classificação é volume de ação alta, porém possui algumas dificuldades de movimento como de se mover no plano frontal, o que não se aplica ao atleta em questão. Ele possui um grande volume de ação e os classificadores funcionais das federações avaliaram-no mal. A adaptação na cadeira de rodas desses dois atletas é simples. Por possuírem controle de tronco, o encosto da cadeira é baixo, o assento está em uma posição elevada e os joelhos estão no mesmo nível do quadril ou até mesmo inferior. Os atletas lesados medulares de acordo com Mello (2004) atingem cerca de 70% dos casos de componentes motor, sensitivo e autônomo do segmento afetado, e são, de uma forma geral, produzidos por traumatismos ou por lesões congênitas, ou ainda quadros infecciosos e inflamatórios. Esses atletas possuem uma maior susceptibilidade às lesões crônicas pela diminuição da sensibilidade e a perda de controle autônomo de movimentos, além de uma maior predisposição às lesões ósseas provocadas pela osteoporose do desuso.
LGS ficou deficiente aos 25 anos quando descobriu que possuía um câncer benigno na medula, do qual foi operado e nunca mais andou. Sua lesão se localiza no segmento torácico T3. Quatro anos depois ele fez parte da equipe com a pontuação na classificação funcional de 1.0. Seu volume de ação é baixo por não possuir controle de tronco. Dificilmente trabalha no jogo com as duas mãos mantendo assim a sua classificação funcional com a pontuação baixa.
FGF ficou deficiente por um acidente, quando caiu de um pé de abacate e “rompeu” a medula espinhal. Sua lesão se localiza no segmento torácico T7 e a sua classificação funcional é igual a de LGS, 1.0 com pouco volume de ação.
SAR é o atleta que ficou deficiente mais recentemente. Estava viajando a trabalho e foi assaltado e ao reagir levou um tiro perto da medula. Isso já foi o suficiente por causa do calor da bala, no qual as suas células motoras foram destruídas. A classificação funcional de SAR é ponto 2.0. Sua lesão podemos dizer que é baixa, ou seja, T12, facilitando alguns movimentos com o tronco com algum volume de ação.
A adaptação dos atletas com lesão medular na cadeira de rodas segue esses critérios:  encosto da cadeira alto, profundo e folgado, com um assento bem baixo, cerca de 36/37 cm do chão que coloca automaticamente os joelhos acima do nível do quadril.
Temos também um atleta amputado que é o PRR. Ele sofreu um acidente quando estava andando na garupa de uma moto. No tratamento teve uma amputação acima do joelho da perna esquerda. A amputação, segundo Winnick (2004) é a perda de um membro inteiro ou de um segmento específico do membro. As amputações podem ser adquiridas, decorridas de algum trauma, tumor ou doença e congênitas, quando o feto não se desenvolve nos três primeiros meses de gestação. A classificação funcional de PRR no esporte basquete em cadeiras de rodas é ponto 4.0. Seus movimentos são bastante amplos por possuir equilíbrio de tronco. Seu volume de ação é alto, conseguindo fazer todos os movimentos sem muitos desequilíbrios. Sua cadeira tem o encosto muito baixo ou inexistente, com assento na posição elevada. Os joelhos estão no mesmo nível do quadril ou a um nível inferior.
E por último, temos o atleta RPS que nasceu aos 7 meses de gestação com má formação fetal. RPS é ponto 1.0, no qual seus movimentos são prejudicados pelo fato de ter implante metálico no quadril, dificultando a flexão do tronco e, além disso, possui diferenças de comprimento de membros inferiores. Seu volume de ação é baixo por causa dessas limitações. Sua cadeira de rodas possui encosto médio e assento na medial alta, o nível dos joelhos localiza-se na mesma altura do quadril ou até mesmo inferior.
O trabalho realizado no basquete em cadeiras de rodas, com a equipe de Patos de Minas, é feito com um planejamento específico para cada deficiência.
Para os amputados as modificações e adaptações necessárias serão determinadas pelo grau de comprometimento físico, experiência motora, nível de interesse e objetivos gerais de treinamento. Existem diretrizes gerais que podem ser aplicadas às pessoas amputadas como a segurança, a aptidão física, o desenvolvimento motor e as implicações do esporte. As técnicas de cada fundamento são aprimoradas de forma em que o rendimento dentro da quadra seja mais eficaz.
Já nos atletas com lesão medular, a avaliação é o segredo para abordar as necessidades ligadas ao esporte. O técnico deve ter os dados da avaliação de que precisa para proporcionar um ensino adequado. O educador físico deve ser capaz de avaliar as habilidades físicas e motoras típicas de atletas com lesão medular.
Segundo Winnick (2004), atualmente existe apenas um teste relacionado a saúde – o Brockport Physical Fitness Test (Teste Brockport de Aptidão Física) (BPFT). O BPFT recomenda que os lesionados medulares sejam avaliados em termos de função aeróbica, composição corporal e função musculoesquelética.
De acordo com Winnick (2004) os programas de aptidão física para lesionados medular devem enfocar o desenvolvimento de todas as capacidades que a compõe.
A flexibilidade das articulações deve ter metas a serem alcançadas dando ênfase a evitar ou reduzir contraturas nas articulações cujos músculos são inervados. Este trabalho deve ser intenso e rotineiro, pois deve mobilizar as articulações ao longo de toda a amplitude de movimento (ADM).
Os exercícios de força ou fortalecimento muscular devem ser trabalhados tomando cuidado para não gerar desequilíbrios musculares, fortalecendo em demasia os músculos cujos antagonistas foram afetados. Durante todas as atividades de fortalecimento muscular, é preciso enfatizar a postura e a mecânica corporal correta.
O treinamento cardiorespiratório é uma das áreas mais difíceis de serem trabalhadas pelo fato de haver perda dos grandes grupos musculares dos membros inferiores. Embora seja a aptidão física mais difícil de ser conseguida, ela não é impossível, pois temos maratonistas em cadeiras de rodas, bem condicionados, que provam claramente a possibilidade de se atingir níveis altos de aptidão aeróbica.
A obesidade é muito comum em lesionados medulares, sobretudo pela perda dos grandes grupos musculares, que diminui a capacidade de queima de caloria. O controle de peso depende da ingestão calórica e a queima desta. Como em muitos casos o gasto calórico é bastante limitado pelos grandes danos dos grupos musculares, a solução óbvia é controlar a ingestão de alimentos.
A segurança é importante ao trabalhar a questão da aptidão física dos deficientes medulares, principalmente se a lesão for acima de T6, na qual estão sujeitos às hipotensões, problemas de termorregulação e limites na freqüência cardíaca máxima durante o exercício.
Além das áreas de aptidão física e habilidades motoras, os educadores físicos devem se preocupar e se concentrar na postura e na mecânica corporal. Com freqüência os lesionados medulares possuem uma mecânica corporal inadequada em decorrência de desequilíbrios musculares e contraturas.
Para os atletas com pólio, deve-se enfatizar o desenvolvimento dos músculos que ele possui, que não foram comprometidos pela doença.
LGS, SAR, FGF, ORN tiveram tratamentos no hospital de reabilitação Sara Kubitschek em Brasília e Belo Horizonte até hoje retornam pelo menos duas vezes ao ano para se reabilitarem. Nossa equipe não tem problemas no que se refere ao material específico para o treinamento do basquete, como bolas, quadra e cadeiras de rodas adequadas, porém nota-se uma grande ansiedade antes dos jogos de competições, o que no nosso entendimento precisa ser melhor trabalhado com os atletas.
Portanto, durante a realização desse trabalho pudemos constatar a escassez de estudos realizados na área do treinamento esportivo na modalidade basquete sobre cadeira de rodas.
Um crescente envolvimento de profissionais em pesquisas nessa área resulta em um maior aperfeiçoamento da técnica, melhora na performance, e volume do treino para cada atleta além de ser um estímulo para educadores físicos.
As informações contidas neste trabalho auxiliam outros técnicos a desenvolverem planejamentos específicos aos seus atletas, respeitando e aceitando as limitações e possibilidades da equipe, bem como levando-os a identificar limites de movimentos causados pela deficiência com seus respectivos resíduos musculares.
É preciso considerar num treino que cada deficiência possui uma cadeira característica, que se adeque às suas especialidades, obedecendo a critérios como o encosto, a altura e inclinação do acento e do grau de inclinação das rodas.
Assim, pudemos verificar por meio do planejamento, da prática do esporte e das informações colhidas no questionário utilizado na pesquisa que o rendimento da equipe do UNIPAM é alto, uma vez que se constatou uma elevada resistência aeróbica nos atletas.
A equipe de Patos de Minas é praticamente uma equipe com ponto baixo, ou seja, possui 62,5% de atletas com baixo volume de jogo sendo classificado funcionalmente como 1.0 ponto e que 37,5% dos atletas possuem alto volume de jogo com classificação funcional 3.5 e 4.0.
Dessa forma concluímos que o treino para a equipe colabora no seu rendimento, melhorando assim os resultados em cada campeonato, contribuindo também com a auto- estima dos atletas.
Esperamos que este trabalho consista em uma forma de divulgação do esporte adaptado e mais especificamente subsidie aos estudiosos da área que trabalham com treinamento em atletas de basquetebol sobre rodas. Além disso, esperamos também incentivar, de alguma forma, os atletas a praticarem o esporte adaptado por saber que eleva a auto-estima, melhora a qualidade de vida e os integram à sociedade.

Referências Bibliográficas
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CARMO, Apolônio Abadio do. Deficiência física: a sociedade brasileira cria, "recupera" e discrimina. 244f. Dissertação.(Doutorado em Educação) Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Campinas, Unicamp, Campinas, 1989.

FREITAS, Patrícia Silvestre de. Iniciação ao basquetebol sobre rodas. Uberlândia: Gráfica Breda, 1997.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE PATOS DE MINAS. Patos de Minas, 2005. Apresenta textos informativos sobre a cidade de Patos de Minas. Disponível em: http//www.patosdeminas.mg.gov.Br/cidade/cidade.asp. Acesso em: 30 mai. 2005.

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