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Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2
ESCOLA DA PONTE: UM EXEMPLO DE ESCOLA INCLUSIVA
Nathália Silveira da Guarda
Anna Augusta Sampaio de Oliveira
Programa de Pós-Graduação em Educação da FFC – UNESP/Marília-SP
RESUMO
A Escola da Ponte pressupõe uma outra organização da escola, uma outra cultura, uma outra
relação entre os vários grupos que constituem a equipe educativa (pais, professores, alunos, pessoal
auxiliar). Trata-se de um outro modo de refletir as práticas, em um projeto que passou de objetivos
de instrução a objetivos mais amplos de educação. Naquele, é sugerido um modelo de escola que já
não é a mera soma de atividades, de tempos letivos, de professores e alunos justapostos. É uma
formação social em que convergem processos de mudança desejada e refletida, um lugar onde
conscientemente se transgride, para libertar a escola de atavismos, para repensar o rumo da
educação de crianças e jovens.
ENSAIO TEÓRICO
1 A Escola da Ponte
1.1 Antecedentes
Desde a época em que era vigente o ensino tradicionalista, a Escola da Ponte tem sido
dirigida por José Pacheco. Sua personalidade crítica instigava a prática educacional até então
vigente, bem como questionava convicções alheias, de modo que vislumbrava uma mudança radical
encabeçada por ele próprio, mas que deveria modificar a concepção educacional do corpo
docente.
A Escola da Ponte é uma escola municipal pública, de período integral, localizada na Vila
das Aves – Distrito do Porto, a 30 km da cidade do Porto, em Portugal. A escola atende cerca de
200 alunos, de cinco a dezessete anos e direciona a aprendizagem dos conteúdos do primeiro e
segundo ciclos do ensino básico. A maioria do corpo discente é proveniente de instituições de
inserção social, enquadrados em diagnósticos psiquiátricos e psicológicos; há, também, órfãos e
deficientes comumente estigmatizados e marginalizados.
Até 1976, o trabalho realizado na Escola da Ponte era de uma estrutura tradicional de 1ª a
4ª série, centrada no professor e guiada por meio de manuais iguais para todos, repetição de lições
e passividade. As crianças que chegavam à escola com uma cultura diferente da que lá prevalecia
eram desfavorecidas pelo não-reconhecimento de sua experiência sociocultural.
1.2 Uma nova perspectiva educacional
Naquele ano, os professores tomaram consciência de que algo estava errado, pois não
contribuiriam, daquela forma, com a formação de indivíduos conscientes, participantes e
democráticos em sua comunidade. Naquele contexto, foi definida a matriz axiológica de um projeto
educativo, com os seguintes objetivos para nortear a prática educacional:
· Concretizar uma efetiva diversificação das aprendizagens, tendo como referência
uma política de direitos humanos que garantisse as mesmas oportunidades educacionais e
de realização pessoal para todos;
· Promover a autonomia e a solidariedade;
· Operar transformações nas estruturas de comunicação e intensificar a colaboração
entre instituições e agentes educativos locais.
Neste contexto, a perspectiva educacional adotada há 29 anos é uma filosofia baseada em
três grandes valores: a liberdade, a responsabilidade e a solidariedade. Trata-se de um espaço
único, partilhado por todos, com mobiliário adequado a idade dos alunos, que convivem e
aprendem, nos mesmos espaços, sem consideração por faixa etária e, sim, pela vontade de estar no
mesmo grupo, mediados pelos orientadores educativos.
1.3 Algumas especificidades
1.3.1 Corpo Docente
Os professores não recebem treinamento direcionado para trabalhar na Escola da Ponte, o
pré-requisito para fazer parte do corpo docente de lá é sentir uma inquietação quanto à educação
tradicional e admitir existir outras lógicas (ALVES, 2003). Neste contexto, a tarefa dos orientadores
educativos é proporcionar às crianças a compreensão do por que e para que de estar em uma
escola, bem como seu papel diante do próprio aprendizado, ou seja, implica torná-las responsáveis
num processo permanente de autoformação, valorizando a reflexão e a capacidade de análise crítica
dos próprios alunos.
Não há professores específicos direcionados a disciplinas específicas, de modo que cada
aluno tem muitos professores que rodam pelos diferentes espaços educativos, de tempos em
tempos. Entretanto, cada temática ou saber é trabalhado por um grupo de professores. Quanto às
temáticas a serem estudadas, cada aluno define suas áreas de interesse e desenvolve o itinerário de
seu aprendizado, por meio de projetos de pesquisa individuais e em grupo, consoante interesses
comuns. Acerca da pedagogia nova, em que se fundamenta a Escola da Ponte, Lopes (2000, p. 65)
ressaltou que aquela “traz a concepção do indivíduo incompleto desde o nascimento e inacabado
até morrer, como projeto único, diferenciado, vivendo e interagindo com um mundo dinâmico”.
De modo geral, os orientadores educacionais acrescentam às tradicionais dificuldades de
aprendizagem dos alunos o reconhecimento das suas próprias dificuldades de ensino, como algo
natural da busca pelo saber e, assim, aqueles procuram concretizar um ensino diferenciado em que
uma mesma temática é desenvolvida de modo diferente por cada aluno. No entanto, os orientadores
educacionais têm sempre o cuidado de assegurar a continuidade do trabalho que está sendo
desenvolvido, não havendo quebras acentuadas no ambiente de trabalho.
Nesta perspectiva, o mesmo assunto é desenvolvido com todos os alunos, em função da
forma com que cada um aprende, respeitando suas individualidades, seus limites e seus anseios.
Respeita-se o contexto de aprendizagem em que os alunos estão situados; de fato, tal contexto é
construído, aos poucos, na interação entre os saberes, as crianças e os professores – tutores.
Assim, o ensino e a aprendizagem são um empreendimento comunitário, uma expressão de
solidariedade, assim, não só se ensina saber, mas também valores, ética, direitos e deveres.
1.3.2 Instrumentos pedagógicos
1.3.2.1 Direitos e deveres
São os alunos que estabelecem as regras de convivência: a necessidade do silêncio, do
trabalho não perturbado, de ouvir música enquanto trabalham. No quadro de direitos e deveres, os
acordos discutidos e aceitos por todos tornam-se leis, desse modo, a vida social depende de que
cada pessoa abra mão de sua vontade, naquilo que se choca com a vontade coletiva. As regras são
criadas, pelos próprios alunos, junto de seus tutores, por meio do debate. Depois de efetuada a
seleção, os direitos e deveres são votados na Assembléia de Escola.
1.3.2.2 Assembléia de escola
A assembléia de escola é uma reunião entre
alunos, tutores e orientadores educativos no
refeitório da escola, em cujo local são expostos os problemas e sugeridas as soluções. Há um
presidente, eleito pelos alunos, que guia a reunião, do começo ao fim, de modo que, o aluno que
deseje se manifestar deverá erguer a mão e aguardar a indicação do presidente.
É nesta ocasião em que os próprios alunos estabelecem os mecanismos para lidar com
aqueles que se recusam a obedecer às regras (direitos e deveres). Assim, são os alunos que refletem
acerca dos problemas que, por ventura, acontecem na escola, de modo que estabelecem um
tribunal, para auxiliar o infrator a refletir sobre as regras que desrespeitou, mesmo tendo auxiliado
a criá-las, junto de seus colegas.
1.3.2.3 Comissão de ajuda
A comissão de ajuda destina-se a resolver os problemas
mais graves que são colocados na
assembléia e é constituída por quatro alunos, sendo dois deles escolhidos pelos elementos da mesa
da assembléia e outros dois pelos professores.
1.3.2.4 Debate
No debate, discute-se o que se fez durante o dia de trabalho,
fazem-se jogos de perguntas
e respostas e preparam-se as assembléias.
1.3.2.5 Biblioteca
A biblioteca é o local de encontro e de procura de
informação. Ela é constituída por
coleções temáticas, manuais oferecidos por editoras, gramáticas, prontuários, dicionários, jornais,
revistas, roteiros, álbuns e etc. Os alunos podem realizar suas pesquisas pela internet e,
evidentemente, por meio de questionamentos aos professores, sendo estes, também, fonte
permanente de informação, segurança e afeto. Por vezes, é permitido recorrer às bibliotecas do
município, de familiares, de vizinhos ou de associações locais.
1.3.2.6 Caixinha dos segredos
Em uma caixinha de papelão, os alunos deixam recados, cartas e pedidos de ajuda.
1.3.2.7 Caixinha dos textos inventados
É a caixa que contém os textos que os alunos redigem como desejam, livremente.
1.3.2.8 Eu já sei
Visto que os alunos trabalham cada ponto do programa em autonomia total, no final, eles se
auto-avaliam e quando consideram que dominam o assunto em estudo, escrevem o nome, o assunto
trabalhado e a data num papel que se encontra em todos os espaços. Depois, um dos professores
desloca-se perto do aluno e faz uma avaliação que pode ser oral, escrita ou oral e escrita. A partir
de então, esse ponto é ocasionalmente reavaliado, de forma a garantir que aquela realmente se
encontra consolidado.
1.3.2.9 Eu preciso de ajuda
Em cada espaço da escola existe uma folha em que o aluno pode colocar o nome e o
assunto em que sente dificuldade. Posteriormente, um professor se deslocará ao seu local de
trabalho de forma a poder esclarecê-lo, tanto individualmente, quanto em grupo. Sempre que
um professor tenta esclarecer um determinado assunto a um aluno, certifica-se primeiro que o aluno
realmente consultou todas as fontes que lhe estavam disponíveis.
1.3.2.10 Professor tutor
O professor tutor é responsável por acompanhar
de forma mais próxima um grupo de
alunos, geralmente na quantidade entre oito e onze. Este professor realiza, prioritariamente, os
contatos com os encarregados de educação (coordenadores pedagógicos) e monitora de forma
mais próxima o trabalho de cada um dos seus tutorados. Cada tutor se reúne com seus tutorados,
duas vezes por semana, antes da assembléia.
1.3.2.11 Grupos de responsabilidade
Todos os alunos da escola e quase todos os orientadores educativos são responsáveis por
um determinado aspecto do funcionamento daquela. Os grupos de responsabilidade se reúnem
quinzenalmente.
1.3.2.12 Participação dos pais
Até 1976, os pais dos alunos não apareciam na escola. Após entender o porquê deles não
comparecerem às reuniões escolares, os coordenadores da Escola da Ponte propuseram a
fundação de uma associação de pais, que hoje é um interlocutor sempre disponível, um parceiro
indispensável. Na concepção dos encarregados de educação da Escola da Ponte, os pais são a
garantia de que o projeto continuará vigente na escola. Entretanto, apesar dos esforços, muitos pais
ainda têm dificuldade em conceber uma escola diferente daquela que freqüentaram quando alunos,
porém, quando esclarecidos e conscientes, aderem à filosofia e colaboram.
A colaboração dos pais não se restringe às atividades promovidas por sua associação. No
início de cada ano, todos os encarregados de educação participam de um encontro de apresentação
do Plano Anual de trabalho; mensalmente, ao sábado à tarde, os projetos são avaliados com suas
contribuições. Há sempre um professor disponível para o atendimento diário, se algum pai o
solicitar.
2 Uma ressalva para a Educação Especial
A educação de alunos com necessidades educacionais especiais,
seguindo uma
perspectiva inclusiva, passa por uma gestão diferente de um mesmo programa, para que os alunos
não interiorizem incapacidades e possam ganhar consciência de si como ser social com os outros
(PACHECO, 2000).
Em cada grupo de trabalho há sempre um aluno especial;
se os orientadores educacionais
ou professores-tutores, por qualquer motivo, em determinado momento, não puderem acompanhar
diferentemente o trabalho de uma dessas crianças, logo um colega atento disponibiliza-se para
ajudá-lo. Em consonância com Mantoan (2006, p. 192), “as ações educativas inclusivas têm como
eixos o convívio com as diferenças, a aprendizagem como experiência relacional, participativa, que
produz sentido para o aluno, (...) construída no coletivo das salas de aula”.
Assim, na Escola da Ponte, o aluno com necessidade educacional especial
ocupa o
mesmo espaço que as demais; seu status dentro da sala é o mesmo que dos demais alunos, pois
todos estão lá para aprender muitas coisas e ocupar um papel em sua comunidade, assim, todos
partilham de um mesmo mundo. Nas palavras de Pacheco (2006), “obrigar cada um a ser um outro
igual a todos é negar a possibilidade de existir como pessoa livre e consciente”. Assim, a
participação requer o desenvolvimento de métodos, assim como feitos na Escola da Ponte, que
assegurem a participação significativa das pessoas com dificuldade de aprendizagem nos processos
de tomada de decisão (FLORIAN, 1998).
Na Escola da Ponte, todos os alunos são considerados especiais, porque seus
conhecimentos são guiados por experiências pessoais específicas e, assim, dificuldades são
pertinentes no caminho acadêmico de todos. Neste contexto, a Escola da Ponte pode ser
considerada uma escola inclusiva, pois a essência que lá se respira, diariamente, é construída no
respeito e ajuda mútua entre aluno-aluno, aluno-professor, professor-aluno e professor-professor,
no respeito por todos os saberes, valores e atitudes, de todos, igualmente.
Deste modo, tratando-se de um modelo de escola inclusiva, ressalto as palavras de Maria
Teresa Eglér Mantoan, em entrevista para Cavalcante (2005, p. 25), inclusão “é a nossa capacidade
de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas
diferentes de nós”. Assim como acontece nesta escola inclusiva, “a educação de qualquer pessoa,
deficiente ou não, precisa ter metas e objetivos iguais” (PADILHA, 2006), ou seja, o papel da
escola inclusiva é educar para a vida, formar cidadãos conscientes e reflexivos da realidade em que
estão inseridos, com autonomia e solidariedade.
3 Algumas reflexões sobre realidade educacional brasileira
A Escola da Ponte nos faz refletir que não é preciso manter as coisas do jeito que sempre
foram nas nossas escolas brasileiras. Uma casa, várias salas, alunos separados em turmas,
hierarquicamente, deste modo, o que se ensina é que a vida é feita de grupos sociais separados, uns
em cima dos outros e, assim, as crianças estão predestinadas ao fracasso escolar em função de sua
classe social, seu diagnóstico (na realidade, o valor absoluto de seu Q.I.) e sua raça.
Convencionalmente, ainda existem professores especializados em ensinar saberes, em função de um
tempo de aula previsto para se iniciar e terminar, visto que, em seguida, ocorre a troca de
professores em função de cada saber específico na seguinte dinâmica: começa uma nova aula,
novos saberes são ensinados.
Neste contexto, cumpre-se um programa, ou seja, um conjunto
de saberes organizados em
seqüência lógica, estabelecido por uma autoridade superior invisível, que nunca está com as
crianças. As aulas são formuladas a partir de conteúdos programáticos específicos a serem seguidos
de acordo com a seriação escolar. A partir destes conteúdos programáticos, o professor elabora
seus planos de aula; assim, boas aulas seriam aquelas cujos planos foram muito bem elaborados
previamente, sem foco no contexto em que a aprendizagem se daria, como se os saberes fossem
compartimentos estanques.
Um programa cumprido, dado pelo professor do princípio ao fim, é cumprido apenas
formalmente. Programa cumprido não é programa aprendido, mesmo que os alunos tenham tido
êxito nas avaliações, que são feitas enquanto os alunos ainda estão refletindo acerca da relevância
de aprender e formar a memória daquele conteúdo.
O ensino é direcionado à formação de mão de obra qualificada para conseguir um bom
emprego na sociedade capitalista e, para isso, é necessário cursar uma faculdade e, assim, passar
numa prova elaborada sem relevância alguma (vestibular), senão selecionar os mais aptos a
dominarem as melhores oportunidades de emprego ou as melhores carreiras, tornando-se meros
exemplos da perspectiva marxista.
Para Marx (1980, p. 46), “a maneira pela qual os indivíduos manifestam sua vida reflete
muito exatamente o que são. O que eles são coincide, portanto, com sua produção, tanto com o
que produzem quanto com a maneira pela qual produzem”. Nesta concepção de pedagogia crítico-social, o homem é um ser produtor de si mesmo, um ser em transformação, sua mediação é a
realidade material, ou seja, o que ele produz para o meio em que está inserido (LOPES, 2000).
Neste contexto, para José Pacheco em entrevista a Purvinni (2007), as crianças não
entendem porque têm de aprender o que lhes é ensinado, pois não lhes têm serventia certas coisas.
Muitas crianças são julgadas fracassadas por não aprender, por falta de memória, na realidade, sua
memória funciona muito bem, para que guardar tal informação se não me serve para nada? A
memória é, de fato, seletiva, selecionamos o que temos prazer de aprender! Toda ciência que não é
aprendida a partir da experiência cai no esquecimento, em contrapartida, qualquer ciência aprendida
a partir da vida não é esquecida nunca. Nas crianças que não fracassam diretamente, aflora-se o
espírito competidor que chega à violência, o sucesso escolar, ao contrário do fracasso, é
fundamental para que esta criança continue freqüentando a escola.
Caso não haja uma reflexão exaustiva acerca desta realidade, nas palavras de Deleuze
(1992) grifadas por Moysés (2001),
Pode-se prever que a educação será cada vez menos um meio fechado, distinto do
meio profissional – um outro meio fechado -, mas que os dois desaparecerão em
favor de uma terrível formação permanente, de um controle contínuo se exercendo
sobre o operário-aluno ou o executivo-universitário. Tentam nos fazer acreditar numa
reforma da escola, quando se trata de liquidação. Num regime de controle nunca se
termina nada (DELEUZE, 1992, p. 216).
Em suma, diante do holocausto em que se encontram as escolas brasileiras, que rumo
tomarão nossos herdeiros diante destas propostas educacionais enraizadas em nosso país? Seria
utópico pensar em mudar nossas escolas para o estilo da Escola da Ponte? De fato, acredito que
não, trata-se de algo dificilmente passível de mudança em massa, porém o que mais repercute são
as discussões, assim como faço neste momento, para possíveis leitores.
Assim como para fazer parte do corpo docente da Escola da Ponte é necessário refletir
acerca do processo educacional de qualquer aluno em formação acadêmica, faz-se necessário
refletir nosso papel nos lugares que ocuparmos diante das oportunidades vindouras e escolhidas em
função de nossas profissões. Para se ter uma escola inclusiva é necessário criar uma ponte entre o
conhecimento e os alunos, sem obstáculos. Nas palavras de José Pacheco, ressaltadas por Alves
(2003, p. 95),
“A ponte é uma passagem e a escola é uma ponte. A escola da ponte é uma
passagem e uma ponte... É um espaço que se sente como nosso. E dele só se pode
falar com paixão. A Escola da Ponte é um espaço onde se vive o que se aprende e se
aprende o que se vive”.
Neste contexto, cada profissional será responsável por refletir a realidade em que estiver
inserido e assim, divulgar sua opinião, com argumentos concretos para que se forme um grupo
disposto a fazer a diferença.
4 Referências
ALVES, R. A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. 5. ed. Campinas:
Papirus, 2003.
CAVALCANTE, M. Fala Mestre: Maria Teresa Eglér Mantoan. Inclusão é o privilégio de conviver
com as diferenças. Nova Escola, São Paulo, ano 20, n. 182, p. 24-26, mai. 2005.
DELEUZE, G. Conversações 1972 – 1990. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992.
FLORIAN, L. Prática Inclusiva: O quê, porquê e como? In: TILSTONE, C.; FLORIAN, L.;
ROSE; R. Promover a Educação Inclusiva. Lisboa: Instituto Piaget, 1998. p. 33-49.
LOPES, R. P. Pedagogia e Emancipação Humana. São Paulo: Olho d’Água, 2000.
MANTOAN, M. T. E. O direito de ser, sendo diferente, na escola. In: RODRIGUES, D. (Org.).
Inclusão e Educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006. p.
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MARANGON, C. Fala Mestre: José Pacheco. É possível fazer uma escola diferente. Nova
Escola, São Paulo, ano 19, n. 171, abr. 2004. Disponível em:
<http://novaescola.abril.uol.com.br/index.htm?ed/171_abr04/htm/falamestre>. Acesso em: 29 nov.
2006.
MARX, K. Sociologia. Organização Octavio Ianni. 2. ed. São Paulo: Ática, 1980.
MOYSÉS, M. A. A. A institucionalização invisível: crianças
que não-aprendem-na-escola.
Campinas: Mercado das Letras; São Paulo: Fapesp, 2001.
PACHECO, J. Quando eu for grande, quero ir à Primavera. São Paulo: Didática Suplegraf,
2000.
______. Caminhos para a inclusão. Porto Alegre: Artmed, 2006.
PADILHA, A. M. L. Práticas pedagógicas e a inserção sócio-cultural do deficiente: a complexidade
da proposta. In: MANZINI, E. J. (Org.). Inclusão e Acessibilidade. Marília: Fundepe, 2006. p.
43-50.
PURVINNI, L. Entrevista: José Pacheco. A escola, hoje, mais do que produzir sucesso, produz
insucesso. Revista Pais E Filhos na internet, São Paulo, abr. 2007. Disponível em:
<http://revistapaisefilhos.terra.com.br/conteudo_01.asp?cd_setor=17&ds_setor=Entrevista>.
Acesso em: 22 jan. 2007.