http://www.psiquiatriainfantil.com.br/congressos/uel2007/243.htm


Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2

EDUCAçãO ESPECIAL: ESCLARECENDO CONCEITOS E PRáTICAS ACERCA DA INCLUSãO SOCIAL E EDUCACIONAL NOS MUNICíPIOS DE BUJARU E MARAPANIN – PA 1
Iracildo Pereira de Castro 2
Armando Wagner Sidonio
Ismael da Silva Barros
Ketlin Jaquelline S. de Castro
Melina da Silva Aragão
Shirley da Silva Nascimento
Universidade do Estado do Pará
1  Projeto de Extensão da Universidade do Estado do Pará, Campus avançado 2007.
2  Professor Mestre em Psicologia, Orientador do Projeto.

RESUMO

Trabalho fruto de ações da Pró-reitoria de Extensão –PROEX, do programa Campus Avançado da Universidade do Estado Pará – UEPA que teve  como objetivo final a real integração Universidade/Sociedade, onde a produção e difusão dos conhecimentos eram devolvidos na região na forma de trabalhos que valorizaram o desenvolvimento local com responsabilidade, a formação de cidadãos conscientes da sua participação na construção de culturas que valorizem o homem, o ambiente e a forma de vida democrática e justa. Contudo, apenas professores da rede básica de ensino foram direcionados pelas Prefeituras dos Municípios de Bujaru e Marapanin para fazerem o curso “Educação Especial: esclarecendo conceitos e práticas acerca da inclusão escolar de pessoas com necessidades especiais” na primeira e segunda semana julho de 2007, respectivamente. O presente projeto promoveu estudos e práticas entre os docentes e alguns profissionais, estes em minoria, vinculados à educação especial, no âmbito da educação básica, vinculando Universidade às Instituições Públicas, comunitárias e filantrópicas, com atividades voltadas para a superação de diferenças e propagação de saberes que proporcionaram o desenvolvimento sócio-educacional das comunidades locais. Partiu-se do principio da importância da educação para a produção de conhecimento e entendimento, claro e crítico, de uma dada realidade e do direito de todos de acesso, de forma igualitária, aos ambientes sociais. A educação inclusiva é um viés que acompanha um movimento mundial de inclusão social, sendo proposta como um novo paradigma que implica na construção de um processo bilateral, no qual as pessoas excluídas e a sociedade buscam, em parceria, efetivar a equiparação de oportunidades para todos. Este movimento pela inclusão está vinculado à construção de uma sociedade mais justa e democrática, onde todos podem alcançar a cidadania e onde a diversidade é respeitada, havendo atenção e reconhecimento político das diferenças. Para tanto foram promovidos conhecimentos que exploraram a fundamentação teórica e prática acerca da educação especial, enfatizando-se a necessidade de conhecer a problemática e os processos metodológicos que envolvem o ensino regular e especial. Consideramos como público alvo os que mais demandam tais informações e conhecimentos como os professores, profissionais que atuam diretamente com as crianças que possuem necessidades educativas especiais, e os pais e familiares responsáveis pela construção dos ambientes e primeiras experiências dessas crianças.

Palavras-Chave: inclusão social, educação especial, Bujaru, Marapanin, Interdisciplinaridade.



Introdução

Com o apoio da Universidade do Estado do Pará – UEPA e Pró-reitoria de Extensão- PROEX,  este trabalho foi executado nos municípios de Bujaru e Marapanin, dando-se ênfase a interdisciplinaridade e interinstitucionalidade, onde alunos dos cursos de Terapia ocupacional, Fisioterapia,  Ciências da Religião e Educação Física da UEPA e um aluno de História da Universidade Federal do Pará- UFPA promoveram estudos e pesquisas acerca de Educação Especial no âmbito da Educação Inclusiva e executaram o Projeto de Extensão intitulado Educação Especial: Esclarecendo conceitos e práticas acerca da inclusão escolar de pessoas com necessidades especiais, contudo acerca da real função da extensão e da Universidade devemos considerar que:

Numa sociedade cuja quantidade e qualidade de vida assenta em configurações cada vez mais complexas de saberes, a legitimidade da universidade só será cumprida quando as atividades hoje ditas de extensão se aprofundem tanto que desapareçam em quanto tais e passem a ser parte integrante das atividades de investigação. (SANTOS, 2005)
.
Sabemos, com isso, que a temática da Inclusão Social, muito difundida atualmente, vem sendo campo de debate quanto as suas concepções no universo acadêmico. Este assunto não pode ser encarado de forma sincrética, necessitando de elementos reais para a sua compreensão. Para discutir-se inclusão tornou-se necessário o estabelecimento dos nexos entre a sociedade e as realidades locais. Concordamos com a importância fundamental que este projeto tem, bem como sua relevância científica e social ao demonstrar a natureza do assunto tratado de forma sistemática e prática, através de discussões acerca da inclusão, desmistificando os seus vários conceitos através de palestras sobre as construções e desconstruções sociais acerca da pessoa com necessidade especial e com orientações quanto à adaptação do ambiente e exercícios de estímulo ao desenvolvimento global da criança. Verificou-se ainda que o processo de inclusão não ocorre de maneira efetiva devido ao acesso incipiente às informações e capacitações dos profissionais de ensino, pais e interessados direto do assunto, conforme pode-se comprovar através de estudo realizado em escolas particulares, na educação básica (COHEN, MATHIAS e BEZERRA apud Chaves 2006), em que constata-se que 25% dos pesquisados não se sentem preparados para o processo de inclusão e 75% sugerem como uma forma  de minimizar estes problemas a capacitação. Realidade não muito distante dos municípios de Bujaru e Marapanin, onde cerca de 80% nunca tiveram qualquer treinamento e/ou curso de capacitação.
A Universidade, utilizou-se da extensão para materializar a construção do conhecimento produzido e o ensino realizado, objetivando atuar na realidade social de forma a levar o desenvolvimento sócio-político e educacional às comunidades locais. No âmbito da educação inclusiva, o desenvolvimento se deu no estabelecimento de campos comuns de diálogo acerca de educação especial, ligando primeiramente a escola, como um ponto multiplicador que vai ligar família e sociedade em torno das potencialidades a serem trabalhadas, exercícios e limites que devem ser considerados e mudanças de pensamento, de atitudes, valores e conceitos.

Metodologia

A metodologia empregada se configurou em desenvolver a temática de Educação Especial com base em bibliografia atualizada sobre o assunto, buscadas nos acervos da Universidade Federal do Pará – UFPA, Universidade do Estado do Pará – UEPA, Secretaria de Educação Especial- SEESP através do portal http://portal.mec.gov.br/seesp/ e outras fontes como a Internet,  bem como em experiências dos integrantes da equipe que já desenvolvem (ou desenvolveram) trabalhos em Educação Especial, sempre valorizando a diversidade apresentada pela própria disposição dos cursos dos alunos participantes (Terapia Ocupacional, Fisioterapia, História, Ciências da religião, Educação Física). Desta forma compreende-se que;
A metodologia interdisciplinar parte de uma liberdade científica, alicerça-se no dialogo e na colaboração, fundamenta-se no desejo de inovar, de criar, ir além e exercitar-sena arte de pesquisar- não objetivando apenas uma valorização técnico-produtiva ou material, mas, sobretudo, possibilitando uma ascese humana, na qual se desenvolva a capacidade criativa de transformar a concreta realidade mundana e  histórica numa aquisição maior de educação em seu sentido lato, humanizante e libertador do próprio ser-no-mundo.(FAZENDA, 1995,p.69-70)

E, no que tomamos como o principal ponto metodológico, valorizando a questão da diferença e do multiculturalismo, tomando cada diferença cultural numa escala individual: a valorização e o respeito do indivíduo. Concordamos com Paulo Freire e Boaventura no que diz respeito a esse mesmo multiculturalismo e emancipação humana. Freire cita a imposição da escola fora das considerações do multiculturalismo e da diferença:
 
É por isso que não há verdadeiro bilingüismo, muito menos multilingüismo, fora da multiculturalidade e não há esta como fenômeno espontâneo, mas criado, produzido politicamente, trabalhado, as duras penas, na história... É a criação histórica que implica decisão, vontade política, mobilização, organização de cada grupo cultural com vistas a fins comuns. Que demanda, portanto, uma certa prática educativa coerente com esses objetivos. Que demanda uma nova ética fundada no respeito às diferenças. (FREIRE, 1997, p.157).

Temos ainda a defesa pela liberdade do indivíduo dentro de uma sociedade desigual e construída para ser desigual. Desse modo, o projeto de emancipação humana defendido por Freire, contempla a questão do multiculturalismo. Bem como concordamos com a crítica contra a globalização e as políticas neoliberais excludentes que se consolidam em nível nacional e internacional. Criticando os maus usos da tecnologia e ciência;

A todo avanço tecnológico haveria de corresponder o empenho real de resposta imediata a qualquer desafio que pusesse em risco a alegria de viver dos homens e das mulheres(...) (FREIRE, 1998, p.147).

Na execução do Projeto, foram realizadas ações por meio de dinâmicas de grupos incentivando a relação inter-pessoal entre os educadores da comunidade dentro dos municípios de Bujaru e Marapanin. Trabalhando o tema, que visando mais que desenvolver teorias acerca de Educação Especial, buscou-se o constante equilíbrio entre respostas práticas aos reais problemas enfrentados pela localidade e o desenvolvimento das discussões dos conceitos, imagens, estereótipos e da necessária desconstrução e construção de políticas e práticas na educação. Para tanto foram ministradas palestras e oficinas ao público alvo, que se constituíam majoritariamente de professores da rede municipal de ensino nos números de 28 e 59 nos municípios de Bujaru e Marapanin respectivamente.

Resultado

Conseguiu-se, na execução do projeto, integrar os conhecimentos dos cursos de Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Pedagogia, História e Ciências da Religião na abordagem da temática, informando através da fundamentação teórica e prática sobre o assunto inclusão e escolaridade, enfatizando-se a necessidade de conhecer tanto a problemática quanto os processos metodológicos que envolvem o ensino regular e especial, além do que mostrou-se a importância em se promover o acesso eqüitativo à educação, levando em consideração limites e diferenças de cada sujeito. Alcança-se ainda, com esta execução, o objetivo maior de todo o projeto de extensão que é o fortalecimento dos vínculos entre a Universidade e as comunidades locais e instituições, visando à efetivação de práticas pedagógicas significativas, que atendam às necessidades sociais e educacionais da sociedade. Em todas as explanações teóricas e demonstrações práticas dos casos de crianças com necessidades especiais houve a abertura de um campo de diálogo em que a troca de conhecimento foi intensa: experiências que estavam bem próximas a eles e que não se obtinham pela falta de um campo comum de diálogo vinham à tona. Mesmo sem a presença de um público mais diversificado, como pais e outros ligados direta ou indiretamente a pessoas com necessidades especiais, o que consideramos de extrema importância, pode-se verificar, através das falas e discursos do grupo presente, uma conscientização quanto ao estabelecimento dos laços entre a escola e a família, para a obtenção da troca de experiências e um compromisso comum na busca pela inclusão social. Mais de 85 (oitenta e cinco) educadores do ensino básico foram atingidos, nos dois municípios, por este projeto. Sendo que destes, mais da metade não tivera qualquer curso e/ou informação acerca de como trabalhar com crianças com necessidades especiais. “A inclusão foi jogada pra nós e não sabemos como lidar” disse uma das professoras assistidas pelo projeto. Após o término deste houve concordância entre a maioria de que há possibilidade de explorar as potencialidades da criança com necessidade especial, respeitando suas diferenças. Houve também o esclarecimento de quais os caminhos para informações sobre o tema, tendo ainda a reprodução de grande quantidade de material selecionado pelos alunos executores do projeto com a intenção de se montar um acervo mínimo para o auxílio dos professores; distribuição de CD’s com vídeos, apostilas, livros  e outros assuntos relacionados ao tema e a indicação de instituições, sites e outros locais que destinam todo o tipo de ajuda para treinamento e  capacitação. Muitos demonstraram bastante interesse, indo eles mesmos tirar cópias dos materiais disponibilizados. Pode-se afirmar que os objetivos das palestras, oficinas, aulas práticas e das vivências foram alcançados, no entanto, vale ressaltar que isto foi apenas um pequeno auxílio diante de todas as dificuldades.O fim do projeto, felizmente, não se mostrou o fim do discurso de inclusão. Muitos professores explanaram sobre os projetos e as formas de reprodução dos saberes adquiridos, conscientes do seu papel de multiplicador deste processo democrático e humanizante. Papel que é um dos objetivos específicos do projeto.

Discussão

A falta de informação acerca da diversidade, e o estranhamento do diferente acabam por construir, em nossa sociedade, um conjunto de estereótipos e afastamentos das minorias do ambiente educacional. As políticas de Educação Inclusiva em educação especial, apoiadas pelo MEC, atingiram, segundo a Secretaria de Educação Especial-SEESP, 03 (três) municípios paraenses que são Belém, Altamira e Santarém, porém muitas localidades ainda demandam capacitação sobre o assunto. O Projeto de Extensão - PROEX, fruto do convênio entre Universidade Estadual do Pará e as Prefeituras, desenvolveu nos municípios de Bujaru e Marapanin, no Estado do Pará, palestras e oficinas que tinham como objetivo final fomentar discussões acerca de educação especial, bem como estabelecer vínculos entre escola, família e sociedade no tocante ao estabelecimento de estratégias para a real inclusão de jovens e adolescentes na escola regular de ensino. No primeiro, com um público de quase 30 (trinta) pessoas, já houvera curso sobre educação especial através do “Conhecer para acolher”, que teve 08 (oito) meses de duração, mas cerca de 40 por cento deles estava pela primeira vez tendo o contato com a temática. Contudo, a carga teórica, disse o público alvo desse município, não ajuda quando não se tem alternativas de trabalhar com pouco material e sem nenhum exercício prático dos casos. Estes tinham, entre suas crianças com necessidades especiais, alguns casos com deficiência mental, auditiva, Hiper-ativos e outros com síndrome de Down. No segundo município havia uma sala só com crianças com déficit auditivo, além de outros casos.
Confirma-se, porém, que o processo de inclusão não ocorre de maneira efetiva devido ao acesso incipiente às informações e capacitações dos profissionais de ensino, pais e interessados direto do assunto.
A educação inclusiva é uma proposta de aplicação prática ao campo da educação num movimento mundial, denominado de inclusão social, o qual é proposto como um novo paradigma e implica a construção de um processo dialético no qual as pessoas excluídas e a sociedade buscam, em parceria, efetivar a equiparação de oportunidades para todos. Este movimento pela inclusão está vinculado à construção de uma sociedade mais justa e democrática, onde todos podem alcançar a cidadania e onde a diversidade é respeitada e há uma atenção e reconhecimento político das diferenças.
Segundo Mendes (2002), no Brasil, esta discussão vem ocorrendo há mais de uma década. Contudo, a grande maioria desses possíveis alunos com necessidades educacionais especiais estão excluídos do processo, com poucos sendo inseridos em escolas ou salas especiais, ou sendo recebidos no ensino regular sem nenhum preparação e/ou capacitação do professor e escola. Como podemos ver nos municípios de Bujaru, quando os professores, em sua maioria afirmaram que mesmo com um curso que tiveram não estavam preparadas para receber esses alunos.
Desde 1994, quando o país adotou a proposta da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: acesso e qualidade, ocorrida na Espanha, quando foi elaborada a "Declaração de Salamanca", vê-se uma política voltada para a inclusão em educação, comprometendo-se com a construção de um sistema voltado para os alunos com necessidades educacionais especiais. Contudo, há ainda uma discrepância entre o que diz a lei e o que é efetivamente realizado na prática.
 No “fio da navalha” acerca das discussões e posições sobre inclusão e escolaridade, como se expressa Maria Teresa Eglér Mantoan, observa-se que leis e declarações que fundamentam o movimento de inclusão não bastam para que esta seja efetivada.
Considerando as habilidades sociais e o meio como fundamentais na formação e amadurecimento das competências sociais, como nos diz Del Prette e Del Prette (2005) “a socialização é uma das mais importantes tarefas do desenvolvimento inicial da criança” (p.50) e continua “a aprendizagem de comportamentos sociais e de normas de convivência inicia-se na infância, primeiramente com a família e depois em outros ambientes como vizinhança, creche, pré-escola e escola. Essa aprendizagem depende das condições que essas crianças encontram nesses ambientes, o que influi sobre a qualidade de suas relações interpessoais subseqüentes” (p.51), toma-se como um dos elementos fundamentais a oportunização do lúdico no processo de inclusão, o que fora muito bem aceito entre o público alvo. As turmas regulares de ensino dos municípios não oferecem suporte prático/teórico e tecnológico, capacitado e especializado, o que não favorece essa efetiva relação entre as crianças e o meio e vice e versa. O que houve nos municípios foi a abordagem e preparo dos professores e por sua vez da comunidade de como  receber esse indivíduo, respeitando-se e considerando-se as adaptações curriculares, o espaço físico, para a efetivação de novos espaços e novas experiências. As palestras foram interativas com muitos discentes participando ativamente das discussões sobre os temas propostos, relatando fatos ocorridos nas escolas e mencionando as suas experiências. Todos Receberam bem as temáticas abordadas sobre Diferenças e deficiências, Pedagogia e Inclusão, Religião e inclusão e as práticas de Vivências sensoriais, Brincar é coisa séria e Políticas públicas sobre educação inclusiva, construindo, no decorrer dos dias, discussões frutíferas que movimentavam e tocavam a todos. A maioria concordou com a importância dos trabalhos acerca da inclusão escolar de crianças com necessidades especiais e tem ou já teve contato em sala de aula com estas. Nos dois municípios foram constatados os campos de conflitos criados entre pais, professores e alunos, onde a desinformação era o motor que gerava o preconceito e os comportamentos de compensação, prejudicando e/ou limitando o desenvolvimento da criança. Poucos pais, diziam os professores, aceitavam os problemas das crianças, tão pouco pensavam estratégias para, juntos com os professores, explorar as capacidades de suas crianças. O trabalho com este tipo de inclusão social e educacional demanda um esforço maior dos que tem contato direto com as crianças, devido a todo o tipo de dificuldades encontrados na prática de ensino. Uma professora do município de Bujaru informou que para trabalhar ela mesma comprava materiais básicos para sua aula.
O professor precisa ser preparado para lidar com as diferenças, com a singularidade de cada criança e não com um modelo de pensamento comum a todas elas, generalizando-as. Portanto, “o atendimento das diferentes necessidades educativas dos alunos é certamente o desafio mais importante que o professor tem que enfrentar em nossos dias”. (RIBEIRO e BAUMEL, 2003, p, 13).
Neste processo de inclusão, confirma-se a importância fundamental dos diversos saberes e ciências na construção da igualdade de participação para todos, seja com a História em sua reflexão crítica sobre os espaços, do passado e presente, de deficiência e preconceito; seja com as Ciências da Religião, na observância das dimensões existenciais incluindo a religiosa, que contribui para o desenvolvimento da espiritualidade, socialização, cooperação, auto-estima e responsabilidade moral. Onde diz-se que a natureza humana possui três aspectos: um corpo, uma mente e uma identidade que as religiões afirmam ser imortal – a alma ou espírito Por esse ponto de vista entende-se que não é toda a pessoa que possui deficiências e sim uma parte dela, que não vem a ser a essencial. E ainda com as diversas disciplinas e ciências que constroem seus novos saberes considerando os limites e diferenças e priorizando o espaço comum e igualitário. É necessário ajudá-los a reinventar o mundo, permitindo que construam espaços de expressividade, propondo estratégias para que possam existir e exercer o seu direito à cidadania.



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