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Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2

O USO  DA INFORMÁTICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS EM CLASSE COMUM: UMA ANÁLISE DA FORMAÇÃO E  DA PRÁTICA DOCENTE
Eromi Izabel Hummel
Célia Regina Vitaliano
Universidade Estadual de Londrina


RESUMO
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) no sistema regular de ensino, bem como a informática educativa vêm sendo alvos de muitos estudos e discussões no cenário educacional nacional. Tais discussões envolvem diversas instâncias desde legislação, formação de professores, recursos adaptados, como também atitudes e práticas pedagógicas dos profissionais da área de educação. Nesse contexto, a presente pesquisa se propôs a analisar a formação e prática pedagógica de professores em relação à utilização do computador no processo de ensino aprendizagem de alunos com NEE em classe comum do ensino regular. Foram participantes desta pesquisa 13 professoras atuantes nas séries iniciais da rede municipal na cidade de Londrina-Pr que tinham experiência no atendimento de alunos com NEE que utilizavam o computador em sala de aula para realizar as atividades acadêmicas. As participantes foram divididas em dois grupos. O grupo 1 foi constituído por 4 professoras que atenderam os alunos com NEE no ano de 2005 e o grupo 2 foi constituído de 9 professoras que atenderam os alunos com NEE em 2006. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um roteiro de entrevista semi-estruturado com 32 questões que abrangiam os objetivos da pesquisa. As entrevistas foram gravadas e transcritas. Os resultados obtidos evidenciaram que rotineiramente o computador é utilizado como caderno digital e os professores têm dificuldades, especialmente para integrar os conteúdos referentes à matemática. Quanto à formação recebida, as participantes relataram que não tiveram formação inicial a respeito do tema em questão, apenas as participantes do grupo 1 relataram ter participado de um curso oferecido pelo município. Consideramos que este estudo atingiu os objetivos propostos, visto que possibilitou identificar as necessidades de formação, as práticas e dificuldades enfrentadas pelos professores no atendimento aos alunos com NEE que utilizam o computador em sala de aula comum.

Palavras chave: Educação Inclusiva. Formação de professores.  Recurso computacional.

INTRODUÇÃO

A Educação Inclusiva tem sido debatida no cenário educacional como um dos paradigmas da sociedade contemporânea da qual fazemos parte. Tais discussões emergem após um longo período histórico em que pessoas com deficiências foram excluídas não somente dos ambientes escolares, mas da sociedade como um todo.
Segundo Coll et. al, (2004), Sassaki, (2005), Carvalho, (2005) e Mantoan, (2006), uma sociedade inclusiva requer reestruturação ampla possibilitando a convivência dos diferentes.
 Neste sentido Beyer (2003, p.1) afirma ser necessária “ações mais efetivas do sistema educacional como um todo no sentido de garantir a inserção e permanência do aluno com NEE na escola regular”.
Dentre estas ações identificamos as adaptações curriculares, que segundo nosso Ministério da Educação e cultura (2000) são respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre estes, os que apresentam necessidades educacionais especiais, especialmente o acesso ao currículo, à participação na programação escolar tão comum quanto possível e o atendimento a suas peculiaridades.
As adaptações curriculares estabelecem as possibilidades educacionais de atuar diante das dificuldades dos alunos e têm como meta subsidiar a ação de professores nas diversas etapas que envolvem o processo de aprendizagem em relação aos: objetivos, conteúdos, critérios, procedimentos, avaliações, atividades, enfim, metodologias que atendem e valorize as diferenças individuais dos alunos.
Em meio a tantas ações o uso das tecnologias é considerado por diversos pesquisadores como Behrmann (2000) Ribeiro e Baumel (2003), Coll, et. al (2004) Manzini (2005), como uma das possibilidades de promover uma educação igualitária, na medida em que o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) oferece diferentes formas de adaptação abrindo as portas educacionais para pessoas com necessidades físicas, sensoriais e cognitivas desenvolverem sua aprendizagem de forma autônoma.
 Como um dos recursos da TICs o computador é visto como grande aliado, na medida em que “Com o computador, o aluno especial poderá manipular e receber de modo mais rápido e dinâmico material escrito e numérico” (CYSNEIROS apud ALMEIDA, 2002, p. 19).
Para Valente (2001) o computador possibilita o desenvolvimento de produtos com a assinatura intelectual do aluno, ou seja, o aprendiz desenvolve suas atividades em conformidade com seu com seu estilo e criatividade.
O computador ainda oferece diversos recursos de acessibilidade, segundo Damasceno e Galvão Filho (2005) podem ser compreendidos como instrumentos que permitem às pessoas com NEE participarem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços e informação, com restrições mínimas possíveis propiciando-lhes a inclusão nos mais diversos contextos sociais. Estes recursos são classificados em categorias: físicas ou órteses, de hardwares e softwares especiais de acessibilidade.
Muito embora, já se tenha disponível o conhecimento desses recursos, se faz necessário o olhar educacional para avaliar a necessidade e a possibilidade de sua utilização, bem como habilidades para administrar a utilização dos mesmos no cotidiano do desenvolvimento das atividades acadêmicas em sala de aula nas diferentes áreas de conhecimentos (disciplinas), considerando as características peculiares dos alunos que apresentam NEE. Acrescentamos a este processo a necessidade de organizar pedagogicamente o uso das tecnologias aliado aos princípios da educação inclusiva. Tendo em vista a complexidade desta questão que envolve a o uso do computador em sala de aula comum no atendimento dos alunos com NEE com vista a favorecer a sua efetiva inclusão, desenvolvemos este estudo que teve como objetivos: 1) Analisar a formação das participantes em cursos específicos que abordam o uso do computador, no contexto escolar, em especial em relação ao atendimento dos alunos com NEE; 2) Conhecer como os participantes utilizaram o computador em sala de aula no atendimento dos alunos com NEE; 3) Conhecer as dificuldades que os participantes enfrentam para utilizar o computador no atendimento dos alunos com NEE; 4) Identificar as sugestões dos participantes para melhorar o processo de formação inicial e em serviço dos professores com vista à utilização do computador no atendimento dos alunos com NEE na sala de aula comum.

MÉTODO

Este estudo apresentou as características de uma pesquisa qualitativa e descritiva, com estudo de caso. Para coletar os dados, utilizamos o procedimento de entrevista semi-estruturada, pelo fato deste possibilitar ampliar as informações no momento de sua coleta. Foram participantes desta pesquisa 13 professoras atuantes nas séries iniciais da rede municipal na cidade de Londrina-Pr que tinham experiência no atendimento de alunos com NEE (deficiência física) que utilizavam o computador em sala de aula para realizar as atividades acadêmicas. As participantes foram divididas em dois grupos. O grupo 1 foi constituído por 4 professoras que atenderam os alunos com NEE no ano de 2005 e o grupo 2 foi constituído de 9 professoras que atenderam os alunos com NEE em 2006.

RESULTADOS E DISCUSSÃO


Com base na leitura das transcrições das entrevistas realizadas e considerando os objetivos da pesquisa, organizamos uma grade contendo quatro temas gerais que serão apresentados a seguir.
, Práticas Pedagógicas com a utilização do computador, Sugestões para melhorar a formação inicial e em serviços e. A seguir apresentamos as discussões dos temas.

Formação para o uso da tecnologia computacional
Questionadas acerca da formação inicial para o uso da tecnologia educacional (TE), especificamente do computador como ferramenta de ensino, a maioria das participantes responderam que tanto na graduação, quanto na especialização não tiveram nenhuma disciplina que abordasse o tema tecnologia. Duas participantes afirmaram só terem estudado teoricamente este assunto, mas não vivenciaram situações práticas.  “[...] a gente vê muita teoria do que você pode fazer, mas a prática mesmo, nem o uso do vídeo, se você não souber (P4Reg)”.                                                                                                           
Pelos dados coletados vemos que das treze participantes entrevistadas a maior parte formou-se na década de 90. Embora não tenham recebido formação para o uso do computador este recurso já fazia parte dos meios educacionais. Segundo Almeida (2001), a utilização do computador na educação teve início na década de 80 e desde então, diversos programas como Educom, PROINFO1 e PROINESP2, recomendados pelo MEC, vêm promovendo a inter-relação com a pesquisa e preparando os professores para o uso da tecnologia na ação pedagógica. Para Libâneo (1999, p.10), essas mudanças educacionais têm levado as universidades a rever as práticas docentes, visto que estas instituições necessitam adaptar “sua didática às novas realidades da sociedade, do conhecimento, do aluno, dos diversos universos culturais, dos meios de comunicação”.

1  PROINFO – Programa Nacional de Informática na Educação, desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância do MEC.

2  PROINESP – Projeto de Informática na Educação Especial, desenvolvido pela Secretaria de Educação Especial, MEC.

Para Almeida (2000), as universidades têm-se preocupado com a formação de professores para o uso do computador na educação. Em razão disso adotam diversas alternativas que variam desde a inserção de disciplinas específicas nos cursos de graduação, até a realização de cursos de pós-graduação. Para a autora, as universidades deveriam oferecer disciplinas relacionadas com uma proposta interdisciplinar que estabelecessem conexões entre os conteúdos ministrados com o auxílio do computador.                                   
Em se tratando da formação recebida em serviço as participantes do grupo 1 relataram ter participado do curso oferecido pela Secretaria Municipal de Educação (SME) denominado: “Formação de Educadores para o uso da Informática Educativa no atendimento aos alunos com NEE” enquanto que as participantes do grupo 2 ainda não haviam recebido nenhuma formação.  Pelos relatos observamos que, mesmo tardiamente, a SME atende as recomendações contidas na legislação e no texto Adaptações de Grande Porte (BRASIL, 2000), visto que desenvolveu a capacitação continuada dos professores e disponibilizou o computador para os alunos com NEE. O referido curso, entre os diversos objetivos se propôs a: “Capacitar os professores visando à utilização da informática como ferramenta pedagógica no atendimento de alunos com NEE” (LONDRINA, 2005, p.4).
Mesmo não tendo participado do curso de formação, uma das participantes relatou que buscava informações a respeito de como utilizar o computador no atendimento ao seu aluno com NEE Eu tenho procurado um conhecimento geral para estar ajudando ele ali. Tudo eu que eu acredito que dá para ele fazer no computador, ele está fazendo”.          
No entanto, por falta de formação adequada da participante, muitas vezes o próprio aluno auxiliou-a na proposta de alguma atividade transmitindo-lhe segurança. “Tinha dia que eu falava: F. do céu, que nós vamos fazer agora? Ele me ensinava e depois eu ia pegando (P4Reg)”. Neste caso ocorre a inversão de papéis: o professor torna-se o aprendiz que recebe orientações do seu aluno, acontecendo uma interação entre os agentes da aprendizagem. Moran, Masetto e Behrens (2000) afirmam que a atuação do professor se modifica com o computador, à medida que “aprende-pesquisa-ensina-aprende”. A função docente modifica-se, deixando o professor de ser o transmissor de informação, sempre que novas situações de aprendizagem exigem mais conhecimentos. Quanto às dúvidas sobre a utilização do computador, comprova-se novamente que, de acordo com Kenski (1996), o professor deve ser o “agente das inovações”, considerando-se como um profissional que aceita os desafios e os imprevistos momentâneos para avançar no conhecimento e estabelecer novas estratégias de ensino.

Práticas Pedagógicas com a utilização do computador
Todas as participantes do grupo 1 (P1Reg, P2Reg, P3Reg e P4Reg) afirmaram que o computador teve papel primordial no desempenho acadêmico dos alunos. Tendo em vista os comprometimentos motores dos alunos com NEE, o computador foi utilizado como caderno digital. Neste caso, as atividades produzidas na escrita convencional foram substituídas pela digitação. “Eu tinha que utilizar ele como ferramenta porque ele tinha comprometimento motor. Foi um ótimo recurso para ele. (P4Reg)”.
A prática do uso do computador ocorria da seguinte forma: os alunos digitavam as atividades solicitadas, quase sempre as mesmas realizadas pela turma. Após o término salvavam o documento em suas pastas, imprimiam-no e colavam-no no caderno para que pudesse servir como forma de registro e o desenvolvimento da aprendizagem do aluno pudessem ser acompanhados pela equipe pedagógica, pela família e pelo próprio aluno.
Pelos relatos apresentados sobre a forma de utilização do computador, observa-se que se segue à abordagem instrucionista de ensino discutida por Valente (2006), pois o aluno utiliza o computador como um tutorial, mas com a ressalva de que não existe um software específico dos conteúdos abordados em sala de aula. Neste caso, o aluno necessitava digitar toda a atividade, inclusive os enunciados, em seguida realizar o exercício solicitado pela professora. Ou seja, algumas atividades consistiam em completar palavras, frases, desenhos, não levando a construção do conhecimento. Identificamos que a abordagem construcionista não se fez presente na maioria das atividades realizadas, visto que o aluno apenas executa no computador os mesmos procedimentos que poderia realizar no caderno convencional, se não houvesse comprometimento motor.
No entanto, nas atividades de produção de texto, a abordagem construcionista se fez presente, pois o aluno necessitava desenvolver mecanismos mentais para construir sua aprendizagem, à medida que representava suas idéias e conhecimentos.
Quanto aos conteúdos disciplinares desenvolvidos no computador, os de Português foram apontados pelas participantes como os mais propícios para a realização de atividades, pois, segundo as mesmas, os alunos puderam produzir e interpretar textos, como também fazer as avaliações, entre outras atividades. “Na produção de texto, eu acho. Porque ele demora mais para escrever e no computador e ele vai dominar um pouquinho melhor (P11Reg)”.    
Outro fator apontado nos relatos foi o referente à participação dos alunos nas atividades comuns, apesar dos seus comprometimentos. Nas palavras de P3Reg  a inclusão do aluno  no com NEE significava ele executar as mesmas atividades realizadas pelos demais alunos. “Eu procurava integrar o computador, o que os outros faziam ele fazia também. Procurava assim sempre igual para todos, mesmo porque era bom para ele (P3Reg).
Para a P
12Aux, o computador, além de auxiliar no processo da aprendizagem, proporcionava um ambiente de tranqüilidade ao estudante..." ele adora fazer atividades no computador e sempre pergunta: Tem trabalhinho? – “Ele sempre tem que fazer alguma coisa, pois se a professora está explicando e ele não tem nada para fazer ele fica irritado, mas se estou do lado dele dando alguma coisa no computador ele fica mais tranqüilo”.
Segundo Oliveira (1999), o aluno sente-se estimulado a prosseguir quando, interagindo com a máquina, vê o resultado de seu trabalho. Em outras palavras, o aluno passa a acreditar no seu potencial e diante do computador, com uma proposta diferenciada, “esquece, relaxa a cobrança formal de sala de aula, e pode revelar os conhecimentos que realmente já construiu” (WEISS; CRUZ, 2001, p.57).
Quanto às dificuldades apontadas na utilização do computador, as participaram relataram ser a integração dos conteúdos de Matemática, especialmente em relação aos processos de cálculo, como aponta P1Reg: “Na Matemática, na hora de copiar não tinha problema, mas na hora de fazer o cálculo, raciocínio, quando vai à dezena, na centena, na hora de fazer a troca. Faltou um programa que fosse desenvolvido para Matemática...”.
Para auxiliar na superação desta dificuldade encontramos programas específicos como Adaptacions Mates e diversas sugestões de atividades apresentadas na Rede Interativa de Aprendizagem (RIVED) pelo Programa de Informática na Educação (PROINFO) que propõem situações concretas de aprendizagem nas diversas áreas, Ciências, Biologia, Física e Matemática.          

Sugestões para melhorar a formação docente inicial e em serviço
As participantes foram unânimes em afirmar que durante a formação acadêmica deveriam ser oferecidas disciplinas com conteúdos específicos de informática, especialmente para o atendimento de alunos com NEE. Para a formação em serviço propuseram que se discutam questões pertinentes tanto à informática no atendimento dos alunos com NEE quanto à sua inclusão. “Visto que a inclusão é uma realidade vivida hoje nas escolas, durante a formação continuada poderia ser dado aos professores acesso a conhecimentos específicos para o trabalho com os alunos com NEE”. (P2Aux). Esta sugestão é particularmente interessante porque      constatamos que, de modo geral as participantes não sabiam das possibilidades de adaptar as exigências das atividades de acordo com as condições apresentadas pelos alunos. Verificamos que independente do ritmo e dificuldades que os alunos com NEE apresentavam as participantes exigiam que eles copiassem os enunciados respondessem as questões da mesma forma que os demais alunos.

Diretrizes para a formação dos professores para a utilização do computador no atendimento de alunos com NEE.
Nas diretrizes apresentadas sugerimos um curso de formação com 60h, distribuído em três modalidades: 20h com aulas presenciais sobre informática básica, 20h com aulas a distância via Internet sobre fundamentação teórica, e 20h com aulas presenciais sobre informática educativa. Paralelamente aos conteúdos de informática na educação inclusiva, é imprescindível que os professores compreendam o real significado do processo de inclusão dos alunos com NEE, como também seus aspectos legais e pedagógicos, especialmente as adaptações que podem ser efetivadas para garantir seu direito à participação e aprendizagem. Acreditamos que, as diretrizes sugeridas poderão colaborar para a formação dos professores, afim de que adquiram uma nova postura na escola inclusiva, que tanto necessita de profissionais qualificados e, especialmente, sensíveis às condições humanas, capazes de ver em seus alunos com NEE não as limitações, mas as potencialidades ajudando-os a sentirem-se cidadãos como os demais.

CONSIDERAÇÃO FINAIS 
            
Para finalizar, destacamos que esta pesquisa nos possibilitou compreender de que forma o professor está utilizando o computador no atendimento aos alunos com NEE, suas dificuldades e, especialmente suas sugestões para aprimorar este processo. Também conseguimos perceber que para o professor utilizar adequadamente o computador como ferramenta de apoio pedagógico junto aos alunos com NEE é necessário que eles conheçam a potencialidade e dificuldades que o aluno com NEE apresenta, bem como as características das atividades acadêmicas propostas e as possibilidades de adaptação do computador no que se refere aos hardwares ou softwares. Além disso, é de fundamental importância que os professores compreendam que procedimentos pedagógicos desenvolvidos com o apoio do computador devem favorecer a aprendizagem e a participação dos alunos com vistas a sua efetiva inclusão e que de forma alguma o computador deve ser utilizado de modo que o aluno com NEE desenvolva atividades separada do grupo e/ou distinta do grupo. Também percebemos a necessidade de formação a respeito das possibilidades de adaptações que podem ser realizadas além da disponibilização do computador, tais como em relação o nível de exigência das atividades. Consideramos enfim, que todos os aspectos identificados devem merecer atenção na organização dos conteúdos a serem abordados na formação inicial dos professores, assim como nos programas de formação em serviço.

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