http://www.psiquiatriainfantil.com.br/congressos/uel2007/274.htm


Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA TEXTURA DO OBJETO NA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR DE INDIVÍDUOS COM SÍNDROME DE DOWN
Anna Carolyna L. Gianlorenço
Daniela Ide
Lígia Maria Presumido Braccialli
Unesp, Marília-SP.


RESUMO

As alterações no cromossomo 21 nos indivíduos com síndrome de down (SD) interferem em várias áreas do desenvolvimento. Diversos estudos disponibilizam evidências sobre características do desempenho motor e cognitivo dessa população, porém com relação a força de preensão palmar há poucos estudos que analisam suas características. As alterações apresentadas por indivíduos com SD podem manifestar-se funcionalmente e interferir na capacidade destes de desempenhar de forma independente diversas atividades e tarefas da rotina diária. O presente estudo teve como objetivo analisar a influência da textura do objeto relacionada à força de preensão palmar em indivíduos com SD. Foram selecionados 10 participantes, com diagnóstico de SD, com idade entre 4 e 30 anos, atendidos no Centro de Estudos em Educação e Saúde (CEES). A análise da força de preensão palmar foi mensurada por meio de um transdutor de força e a tarefa proposta para a coleta dos dados foi a apreensão do transdutor, revestido com diferentes texturas, deslocamento até um ponto previamente demarcado, e posteriormente o retorno à posição inicial. Os resultados obtidos foram analisados por meio de estatística descritiva e não-paramétrica. Os dados da estatística descritiva permitiram observar que a textura áspera foi a que exigiu menor quantidade de força de preensão palmar dos participantes neste estudo, no entanto a análise não-paramétrica indicou não haver diferença significativa estatisticamente. Os resultados deste estudo podem servir de base para possíveis adaptações nos recursos para facilitar a realização de tarefas no ambiente domiciliar, terapêutico e escolar.

INTRODUÇÃO
As características do desenvolvimento motor das crianças com síndrome de down (SD) têm implicações importantes para compreender as potencialidades do movimento e para intervenções educacionais ou terapêuticas apropriadas.
No desenvolvimento das habilidades motoras, essas crianças apresentam atraso na aquisição de marcos motores básicos, como por exemplo, a marcha, o que indica que estes marcos emergem em tempo superior ao de crianças com desenvolvimento normal (GARCIAS et al., 1995; RAMALHO, PADROMÔNICO, PERISSINOTO, 2000).
Os indivíduos com SD apresentam hipotonia, principal causa do atraso neuropsicomotor; déficit na produção da força muscular, principalmente nos músculos do tronco, que interfere na sinergia muscular durante os movimentos; e reações posturais automáticas lentas, que prejudica o equilíbrio. (FUNAYAMA, 2002; PAIVA et al., 2005).
Com relação à força muscular, há poucos estudos que analisam as características destes indivíduos. Nos adultos com SD, segundo Godoy e Barros (2005), os níveis para força de preensão palmar foram menores do que os apresentados por indivíduos sem alterações, o que levou os autores a refletirem sobre o grave impacto que este déficit gera nas atividades de vida diária e oportunidades de trabalho nesta população.
Segundo Duerksen e Virmond (1997), a preensão palmar se faz normalmente em três fases: 1) extensão dos dedos; 2) flexão das articulações metacarpofalangeanas com extensão das falanges distais; 3) flexão das articulações distais.
A preensão pode ser dividida em dois componentes: a) o alcance que envolve o transporte da mão até o objeto; e b) o agarre que envolve a extensão dos dedos seguida de uma flexão para pegar o objeto, aperto-fechamento (KEARNEY e GENTILE, 2002; KUHTZ-BUSCHBECK et al., 1999).
Segundo Meyerhof (1994) o desenvolvimento da preensão é iniciado de forma esquemática pelo ombro. Nas primeiras fases, a mão é transportada passivamente, seu movimento é determinado pela movimentação do ombro. A mão utiliza o segundo componente do reflexo de preensão, que é a persistência do tônus flexor sob o efeito do alongamento dos tendões flexores pelo objeto mantido. Esta preensão palmar coloca em jogo uma força muito superior aos seus objetivos; constatada pela flexão total dos dedos, interfalangiana e metacarpofalangianas.
A seqüência do desenvolvimento da preensão pode ser dividida em: reflexo de preensão, alcance e preensão propriamente dita.
A idade média para crianças, sem alterações em seu desenvolvimento, segurar objetos é de 4 meses. No entanto, estudo realizado com 84 crianças com SD por Garcias et al. (1995) mostrou que 40,8% adquiriram esta habilidade a partir dos 7 meses.
As informações sensoriais cumprem muitas funções durante o controle do alcance, como, por exemplo, na correção dos erros durante a execução do movimento e a garantia da acuidade durante as porções finais do movimento.
A informação tátil, como aquela fornecida pela textura do objeto, é importante para o controle antecipatório no que se refere ao ajuste da força das pontas dos dedos durante a realização de uma atividade precisa de preensão, como ao levantar um objeto apreendido (GORDON e DUFF, 1999).
Assim, este estudo teve como objetivo analisar comparativamente a influência da textura do objeto na força de preensão palmar de indivíduos que apresentem SD.

MÉTODO
A pesquisa teve como participantes 10 indivíduos que apresentavam diagnóstico de SD, 5 do gênero masculino e 5 do gênero feminino, com idade entre 4 e 30 anos. Os participantes recebiam atendimento no Centro de Estudos da Educação e da Saúde (CEES) da Unesp de Marília.
Primeiramente foi realizada a seleção dos participantes por meio de prontuários no CEES, e identificação daqueles clientes com diagnóstico de síndrome de down. A seguir foi estabelecido contato com os pais a fim de explicar os procedimento do estudo, assinatura do termo de consentimento e agendamento de dia e horário para a coleta de dados.
Para o registro da força de preensão palmar foi desenvolvido um transdutor com as seguintes características: 1) componentes strain-gages para realizar a leitura da força empregada no transdutor; 2) peso total do transdutor de 360 g; 3) sensibilidade do transdutor representada pelo range máximo de força de até 30 kgf; 4) empunhadura de 3.5 cm de diâmetro; 5) 15.5 cm de comprimento, no formato cilíndrico; 6) possibilidade de modificação da textura do transdutor.
O participante do estudo teria que realizar a preensão do transdutor de força colocado em um ponto inicial previamente estabelecido e deslocá-lo até um ponto final. Para quantificar a força de preensão palmar em objetos com diferentes texturas, o transdutor foi revestido com material de textura lisa, papel espelho; e, textura áspera, lixa.          Foi realizado um sorteio prévio do tipo de textura que seria colocado primeiramente sobre o transdutor. Os dados eram anotados em uma ficha individual de cada participante.
Para a coleta cada participante era posicionado em uma cadeira adequada às suas medidas antropométricas. A seguir eram verificadas as medidas antropométricas da mão dominante. Foram escolhidas duas medidas antropométricas da mão: o comprimento longitudinal, que compreende a linha do processo estilóide da ulna até a ponta do dedo médio; e a largura da mão, que compreende a linha metacarpofalangeana. Obteve-se, ainda, a medida do alcance máximo de cada indivíduo, que compreendia a distância do acrômio à articulação metacarpofalangeana do segundo dedo, com os dedos da mão em flexão, cotovelo em extensão e ombro e punho em posição neutra. Esta medida foi necessária para determinar a distância a ser percorrida pelo membro superior durante o deslocamento do objeto.
Realizou-se, então, a marcação sobre a mesa, com três medidas estabelecidas: 1) o local onde a mão deveria repousar; 2) a medida do alcance máximo local onde o trandutor seria encaixado, ponto final; e 3) a posição inicial do transdutor, a metade da distância entre a posição da mão e o alcance máximo.
O membro a ser avaliado foi posicionado em flexão de 90 graus de cotovelo na posição inicial e antebraço e punho em posição neutra.
Foi solicitado ao indivíduo que pegasse o transdutor e o deslocasse até o ponto final. Foram realizadas três medidas da força de preensão para cada movimento em cada textura, e considerou-se o valor da média entre elas.
As células de carga do transdutor realizaram a leitura e a captação da força exercida no objeto pela mão do participante. Os dados captados pelas células de carga foram enviados para o computador e, posteriormente, analisados por um software apropriado para leitura da força de preensão palmar.
Devido à natureza dos achados, os resultados foram analisados por meio de média, desvio-padrão, valor máximo e valor mínimo. A comparação das texturas foi realizada por meio de estatística não-paramétrica teste de Wilcoxon. O nível de significância adotado foi de p £ 0,05.

RESULTADOS
Os dados encontrados permitiram identificar 2 categorias: 1) antropometria da mão dominante; 2) força de preensão palmar da mão dominante.
A força de preensão palmar da mão dominante foi analisada por gênero e faixa etária dos participantes.

Antropometria da mão dominante
Na Tabela 1 foram descritos os dados referentes à largura e longitude da mão dominante dos participantes do estudo. Independente da variação da faixa etária e gênero foi observado haver uma homogeneidade da amostra, uma vez que o coeficiente de variação foi menor que 0,30.

Tabela 1 – Variáveis antropométricas da mão dominante da amostra estudada.
 
Largura (cm)
Longitudinal (cm)
Média
7,6
13,5
Desvio Padrão
0,97
1,78
Mínimo
6
11
Máximo
9
16
Coeficiente de variação
0,13
0,13

Força de preensão palmar da mão dominante
Os dados da força de preensão palmar foram analisados para o movimento de ida e para o movimento de retorno.
A análise descritiva dos dados da força de preensão palmar durante o movimento de ida, para as texturas lisa e áspera, foi apresentada na Tabela 2.

Tabela 2 – Resultados da análise da força de preensão palmar da mão dominante durante o movimento de ida, para cada textura.
  
 
Textura lisa (Kgf)
Textura áspera (Kgf)
Média
0,271
0,195
Desvio padrão
0,237
0,164
Mínimo
0,093
0,053
Máximo
0,870
0,610
Coeficiente de variação
0,873
0,842
Os resultados indicaram que a força de preensão palmar utilizada durante o movimento de ida foi menor quando utilizada a textura áspera (TA), média de 0,195 ± 0,164Kgf, do que quando utilizada a textura lisa, média de 0,271 ± 0,237Kgf.
Com relação aos valores mínimos de força de preensão palmar, nas diferentes texturas, durante o movimento de ida para os 10 participantes, a textura áspera (TA) apresentou o valor mais baixo, de 0,053Kgf.
A análise descritiva dos dados da força de preensão palmar da mão dominante durante o movimento de retorno foi apresentada na Tabela 3.

Tabela 3 – Resultados da análise da força de preensão palmar da mão dominante durante o movimento de retorno, para cada textura.
 
Textura lisa (Kgf)
Textura áspera (Kgf)
Média
0,270
0,262
Desvio padrão
0,227
0,248
Mínimo
0,096
0,047
Máximo
0,747
0,809
Coeficiente de variação
0,841
0,947

Força de preensão palmar por faixa etária
Com relação à faixa etária, após dividir os participantes em dois grupos: 1) grupo 1 - idade entre 4 e 7 anos; e 2) grupo 2 - idade entre 12 e 30 anos, observou-se que o segundo grupo apresentou maior força de preensão palmar durante toda a tarefa, indiferente da textura utilizada.
 Na Tabela 4 foram apresentados os dados por faixa etária referente à força de preensão palmar durante o movimento de ida e retorno para textura lisa. Os dados indicaram que, tanto para o movimento de ida quanto para o movimento de retorno, os indivíduos na faixa etária entre 12 -30 anos utilizaram uma força de preensão palmar média maior do que os indivíduos na faixa etária entre os 4 e 7 anos.

Tabela 4 – Resultados da análise da força de preensão palmar da mão dominante durante os movimentos de ida e retorno, para textura lisa, pela faixa etária.
Textura lisa
 
4-7 anos
12-30 anos
 
Força Ida (Kgf)
Força Volta (Kgf)
Força Ida (Kgf)
Força Volta (Kgf)
Média
0,140
0,129
0,468
0,482
Desvio
0,042
0,019
0,281
0,233
Mínimo
0,093
0,096
0,226
0,278
Máximo
0,208
0,147
0,870
0,747
Coeficiente de variação
0,297
0,148
0,599
0,483

Na Tabela 5 foram apresentados os dados por faixa etária referente à força de preensão palmar durante o movimento de ida e volta para textura áspera. Os dados indicaram que, tanto para o movimento de ida quanto para o movimento de volta, os indivíduos na faixa etária entre 12 e 30 anos utilizaram uma força de preensão palmar média maior do que os indivíduos na faixa etária entre os 4 e 7 anos.




Tabela 5 – Resultados da análise da força de preensão palmar da mão dominante durante os movimentos de ida e retorno, para textura áspera, pela faixa etária.
Textura áspera
 
4-7 anos
12-30 anos
 
Força Ida (Kgf)
Força Volta (Kgf)
Força Ida (Kgf)
Força Volta (Kgf)
Média
0,107
0,111
0,327
0,488
Desvio
0,046
0,046
0,196
0,260
Mínimo
0,053
0,047
0,178
0,237
Máximo
0,176
0,180
0,610
0,809
Coeficiente de variação
0,431
0,409
0,598
0,533

A análise da força de preensão palmar, por meio do teste de Wilcoxon, demonstrou que não houve diferença estatística significante quando foram utilizadas as texturas lisa ou áspera durante o movimento de ida, pois o valor encontrado de p = 0,202. Os resultados, também, indicaram, por meio do teste de Wilcoxon, que não houve diferença estatística significante quando foram utilizadas as texturas lisa ou áspera durante o movimento de retorno, pois o valor encontrado de p = 0,721.

DISCUSSÃO
Nesse estudo, os dados apresentados se referem à força de preensão palmar realizada nos movimentos de ida e de retorno, durante a atividade de encaixe de um recurso, em duas diferentes texturas: lisa e áspera. Os resultados são discutidos para os movimentos de ida e retorno, de forma separada, e comparados ao comportamento das texturas lisa e áspera relacionando-os com a idade.
A força de preensão manual, dentre as variáveis do crescimento biológico, é uma medida que reflete uma dimensão funcional importante no crescimento e desenvolvimento em crianças, pois é uma variável que sofre grandes mudanças no decorrer da idade (GIAROLLA, FIGUEIRA, MATSUDO, 1991). Para Esteves et al. (2005) tanto as características antropométricas quanto o desenvolvimento de força são progressivos no decorrer da faixa etária e apresentam maiores diferenças nos períodos de maturação sexual de cada gênero, 11 anos para as meninas e 14 anos para os meninos. Os autores mostraram em seu estudo que houve diferença significativa no que se refere à antropometria das mãos nos grupos de 7, 8, 11 e 14 anos de idade, principalmente para o grupo de 11 anos, no qual a mão das meninas apresentou medidas superiores à dos meninos.
Os participantes do presente estudo não apresentaram diferenças importantes em relação às medidas antropométricas da mão. Segundo Pueschel (1993), as mãos de indivíduos com SD tendem a ser pequenas e grossas e o quinto dedo geralmente é levemente curvado para dentro. Em cerca de 50% destes indivíduos, uma única dobra é observada na palma da mão.
Os resultados da estatística descritiva permitem observar que em relação aos movimentos de ida e retorno, a média de força de preensão palmar foi menor para a textura áspera do que para a textura lisa.
Porém, os dados da estatística analítica mostraram que não houve significância estatística para a força de preensão palmar durante a realização das tarefas solicitadas independente da textura do objeto.
Assim que a mão entra em contato com o objeto, a preensão fica sujeita ao controle pelo biofeedback tátil. Esta informação serve para examinar a qualidade de atrito do objeto e o seu peso, de forma a permitir que a força muscular se adapte à força necessária para carregar ou não deixá-lo escorregar (SHEPHERD, 1995). A força empregada e a pressão sobre o objeto seguro são graduadas para serem sustentados o mínimo necessário para manter a preensão (BRANDÃO, 1992).
Desta forma, a informação sensorial, em relação à textura do objeto, pode ter sido utilizada pelos participantes, para o controle da graduação da força necessária para apreensão e deslocamento deste.
Quando o objeto foi apresentado com a textura lisa (TL), o valor para força de preensão palmar foi mais alto, em ambos os movimentos de ida e retorno. Isso pode ser explicado, devido ao fato de que essa textura oferece uma sensação de ser mais escorregadia, e irá requisitar dos participantes uma maior aplicação de força sobre o objeto (PAIVA, 2007).
Para Guyton e Hall (1997), no caso dos receptores táteis, se a contração do músculo causa a compressão da pele contra um objeto, tal como a compressão dos dedos em torno de um objeto que está sendo empunhado, os sinais destes receptores causam excitação adicional dos músculos e, portanto, aumentam a contração muscular, aumentando a firmeza da empunhadura da mão.
As informações táteis fornecem dados sobre a textura do objeto e resultam na ativação de receptores cutâneos (SHUMWAY-COOK e WOOLLACCOTT, 2003).
Quando o objeto se apresenta mais escorregadio, como na textura lisa, o atrito é maior devido ao deslizamento, que pode provocar uma maior ativação dos receptores cutâneos. Isso também pode explicar a maior magnitude de força de preensão palmar encontrada para os participantes durante a utilização da textura lisa (TL), já que, segundo Gordon e Duff (1999) e Shumway-Cook e Woollacott (2003), os receptores cutâneos são ativados pelo atrito entre a pele e o objeto durante o levantamento deste, e fazem com que a força da pegada aumente. De acordo com Shepherd (1995), o emprego de uma maior intensidade de força durante a preensão pode representar um fenômeno de adaptação, ou seja, servir como mecanismo de compensação destinado a garantir uma ampla margem de segurança para evitar que o objeto escape das mãos.
A força de preensão palmar foi maior para os participantes da faixa etária de 12 a 30 anos comparado aos participantes de 4 a 7 anos.
Esteves et al. (2005) e Guedes e Guedes (1993), em seus estudos, verificaram que a força de preensão manual aumenta progressivamente com a idade.
Ao comparar os dois gêneros com relação à força de preensão manual, Guedes e Guedes (1993) observaram que as diferenças não foram estatisticamente significativas até os 13 anos de idade, apesar de se constatar uma tendência a valores maiores para os meninos. Desta idade até os 17 anos, os meninos apresentaram aumento mais acentuado da força, entretanto, as meninas também apresentaram uma evolução importante da força. Essas diferenças, progressivamente maiores com a idade entre ambos os gêneros, justificam-se pela puberdade provocar, nos meninos, um ganho mais acentuado de massa muscular como resultado de uma maior produção de hormônios andrógenos.

CONCLUSÃO
A análise comparativa da força de preensão palmar com a mão dominante, em indivíduos com síndrome de down, durante uma atividade de deslocamento de um objeto apresentado em duas diferentes texturas, mostrou:
.     O movimento realizado com utilização de textura áspera apresentou valores menores para a força de preensão palmar.
.     Os indivíduos da faixa etária entre 12 e 30 anos tiveram, na média, valores maiores de força de preensão palmar.
.     A textura do recurso estatisticamente não interfere na força de preensão palmar.

REFERÊNCIAS
-BRANDÃO, S.J. Bases do Tratamento por Estimulação Precoce da Paralisia Cerebral ou Dismetria Cerebral Ontogênica. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 1992.
-DUERKSEN,F., VIRMOND, M. Cirurgia Reparadora e Reabilitação em Hanseníase. 1 ed. Bauru: Instituto Lauro de Sousa Lima, 1997.
-ESTEVES, A.C. et al.Força de preensão, lateralidade, sexo e características antropométricas da mão de crianças em idade escolar. Revista Brasileira Cineantropométrica & Desempenho Humano, v. 7, n.2, p. 69-75, 2005.
-FUNAYAMA, C.A.R. Aspectos neurológicos na Síndrome de Down. Temas sobre Desenvolvimento, v. 11, n. 61, p. 40-44, 2002.
-GARCIAS, G.L.; ROTH, M.G.M.; MESKO, G.E.; BOFF, T.A. Aspectos do Desenvolvimento Neuropsicomotor na síndrome de Down. Revista Brasileira de Neurologia, v. 31, p. 245-8, 1995.
-GIAROLLA, R.A.; FIGUEIRA, A.J.; MATSUDO, V.R.R. Análise da força da mão dominante em relação à mão não-dominante em escolares de 8 a 18 anos. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 5, n. 1, 1991.

-GORDON, A. M; DUFF, S. V. Relation between clinical measures and fine manipulative control in children with hemiplegic cerebral palsy. Developmental Medicine and Child Neurology, v. 41, p. 586-591, 1999

-GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Crescimento e Desempenho motor em escolares do município de Londrina, Paraná, Brasil. Caderno de Saúde Pública, v. 9, p.58-70, Rio de Janeiro, 1993.
-GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Receptores sensoriais, circuitos neuronais para o processamento da informação. In: Tratado de Fisiologia Médica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 493-503, 1997.
-KEARNEY, K.; GENTILE, A.M. Prehension in young children with Down syndrome. Acta Psychologica, v. 112, p. 3-16, 2002.
-KUHTZ-BUSCHBECK, J.P.; BOCZEK-FUNCKE, A.; ILLERT, M.; OEHNK, L.; STOLZE, H. Prehension movements and motor development in children. Experimental Brain Research, v.128, p.65-68, 1999.
-MEYERHOF, P.G. O desenvolvimento normal da preensão. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, v. 4, n. 2, p. 25-29, 1994.
-PAIVA, A.R.F. et al. Efeitos da hipoterapia no desenvolvimento funcional de duas crianças com Síndrome de Down. Temas sobre desenvolvimento, v. 13, n. 78, p. 22-28, 2005.
-PAIVA, P.C. Influência da textura do recurso pedagógico na função de membros superiores de alunos com paralisia cerebral. 2007. 104p. Dissertação (Mestrado em Educação)- Universidade Estadual Paulista, Marília, 2007.
-PUESCHEL, S. (Org). Síndrome de Down: um guia para pais e educadores. Campinas: Papirus, 1993.
-RAMALHO, C.M.J.; PADROMÔNICO, M.R.; PERISSINOTO, J. Síndrome de Down: avaliação do desempenho motor, coordenação e linguagem (entre dois e cinco anos). Temas sobre desenvolvimento, v. 9, n. 52, p. 11-14, 2000.

-SHUMWAY-COOK, A; WOOLLACOTT, M. H.. Controle Motor. São Paulo: Manole, 2003.

-SHEPHERD, R. B. Fisioterapia em pediatria. 3 ed. São Paulo: Santos, 1995.