http://www.psiquiatriainfantil.com.br/congressos/uel2007/300.htm | 
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Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2
 
INCLUSÃO
AS PERSPECTIVAS DE PAIS DE ALUNOS NÃO DEFICIENTES
Elizabeth da Silva
Secretaria de Educação - Prefeitura Municipal de Londrina
Secretaria de Educação - Estado do Paraná – APAE de Londrina
RESUMO
A Inclusão é fato concreto, por isso a necessidade de trazermos à tona a visão dos pais dos demais 
alunos que convivem diariamente, em sua sala de aula, com um aluno deficiente mental, que tem a 
Síndrome de Down.Demonstrar o nível de conhecimento destes pais sobre o que é e como 
acontece a deficiente mental, a Síndrome de Down , bem como saber qual a opinião deles sobre o 
convívio de seu filho com este aluno e qual  sua aceitação sobre o processo de inclusão, além de, 
diante dos resultados, , apontar possíveis rumos de atuação para facilitar o processo de inclusão de 
crianças com deficiência mental em escolas do ensino regular, foi o objetivo deste trabalho. A 
metodologia utilizada foi, através de um roteiro de entrevistas semi-estruturadas, gravadas com 
todos os pais em fitas K7, fazer o levantamento dos dados, tabulação e análise dos resultados e 
agrupamento das respostas de acordo com suas semelhanças. Analisados os dados percebeu-se 
que a grande maioria dos pais não sabe exatamente o que é, como acontece e nem como prevenir a 
deficiência mental, o mesmo acontece com a Síndrome de Down, notou-se que estes pais 
confundem muito, deficiência com doença mental e como conseqüência alguns se mostram um 
pouco receosos com possíveis “ataques de nervosismo” que possam vitimar seus filhos, muitos 
conhecem alguém com deficiência mental e todos acreditam ser possível a inclusão, encaram a 
educação como um direito de todos,  bem como vêem este relacionamento com seus filhos como 
algo positivo para ambas as partes, principalmente no que se refere à diminuição do preconceito e 
ao respeito às diversidades humana. O resultado desta pesquisa poderá servir de base para o 
direcionamento de trabalhos que facilitem a inclusão dos alunos com deficiência mental no ensino 
regular, já que, pode-se perceber que, por parte dos pais de alunos não deficientes, não existe 
preconceito e sim um grande desconhecimento sobre este assunto.
INTRODUÇÃO
A presente pesquisa relata a opinião de pais de alunos não deficientes sobe a inclusão de um aluno 
com deficiência mental, que tem Síndrome de Down, na sala de aula de seu filho que estuda em uma 
escola do ensino regular de Londrina, Pr. Visa também fazer um levantamento do conhecimento 
destes pais sobre o que é e como acontece a deficiência mental e a Síndrome de Down.
Para um melhor entendimento, faz-se necessárias algumas colocações sobre a deficiência mental e  
Síndrome de Down.
Deficiência mental, segundo Grossman, “refere-se ao funcionamento intelectual geral 
significativamente abaixo da média, que coexiste com falhas no comportamento adaptador e se 
manifesta durante o período de desenvolvimento” (apud Kirk & Gallagher 1991, p. 121),
Associação Americana de Desenvolvimento (apud  Schwartzman 2003, p.) define  deficiência 
mental como sendo “a condição no qual o cérebro está impedido de atingir seu pleno 
desenvolvimento, prejudicando a aprendizagem e a integração social do indivíduo”.
A deficiência mental está diretamente ligada ao déficit intelectual, o que fatalmente influenciará no 
desenvolvimento acadêmico do aluno, no entanto essa condição não pode impedir que a criança 
viva esta experiência, pois ela servirá de estímulo para seu desenvolvimento em todos os aspectos.
Quanto ao que se deve priorizar no processo de educação, Schwartzman (2003) enfatiza que, 
O trabalho com a criança deve centrar-se prioritariamente no contato e na integração 
com os outros. As eventuais complementações das atividades pedagógicas 
desenvolvidas não devem ser formais, tampouco didaticamente causadoras de 
separação da criança do contexto em que se encontra. 
Sobre a Sindrome de Down, principal causa genética da deficiência mental, e importante salientar 
que, segundo Rodini (13/04/2004) “ela é responsável por 15% dos portadores de atraso mental 
que freqüentam instituições próprias para crianças especiais”.
De acordo com o Ministério da Saúde (15/05/2007).
O nome Síndrome de Down surgiu a partir da descrição de John Langdon Down, 
médico inglês que descreveu em 1866, pela primeira vez, as características de uma 
criança com esta síndrome. A Síndrome de Down também pode ser chamada de 
trissomia do 21 e as pessoas que a possuem de trissômicos. Estes nomes 
começaram a ser utilizados depois que Jerome Lejèune, um médico francês, 
identificou um pequeno cromossomo extra nas células destas pessoas.
Para comprovar a Síndrome de Down, o médico deve solicitar um exame genético: o cariótipo. Este 
exame permite confirmar o diagnóstico pela constatação de um cromossomo extra no par 21.
No que se refere à aprendizagem da criança com Síndrome de Down, no mesmo artigo, o 
Ministério da saúde (15/05/2007) afirma que: 
Ela ocorre num ritmo mais lento. A criança demora mais tempo para ler, escrever e 
fazer contas. No entanto, a maioria das pessoas com esta síndrome têm condições 
para ser alfabetizada e realizar operações lógico-matemáticas. A educação da pessoa 
com Síndrome de Down deve ocorrer preferencialmente em uma escola que leve em 
conta suas necessidades especiais. As crianças com deficiência têm o direito e 
podem beneficiar-se da oportunidade de freqüentar desde cedo uma creche e uma 
escola comum, desde que adequadamente preparadas para recebê-las. 
Inúmeras são as leis que amparam a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais 
no ensino regular. A Declaração de Salamanca merece destaque especial.  Firmada na Espanha, 
entre 7 e 10 de junho de 1994, reafirmou o compromisso com a Educação para Todos, 
reconhecendo a necessidade e urgência da educação para as crianças, jovens e adultos com 
necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino.
É lembrada também neste encontro onde se estabeleceu a declaração, a importância da 
participação de todos no sucesso da integração da pessoa com deficiência, ela ressaltou não só o 
papel dos membros da escola, mas sim a participação efetiva de seus colegas, famílias e 
comunidade.
Atualmente no Brasil, há 110 mil alunos com algum tipo de deficiência estudando em escola do 
ensino regular (dados do Inep), a reportagem  ressalta que a escola que encara a inclusão com 
seriedade e determinação, beneficia não só os “deficientes”, e sim todos os alunos, inclusive os 
considerados “normais”. Mas mesmo com o empenho atual, cerca de 340 mil crianças, sendo a 
deficiência mental a mais comum, ainda continuam segregadas, ou melhor, à espera de uma 
oportunidade verdadeira. Revista Nova Escola (setembro/2003, p.42).
O Projeto Escola Viva ressalta ainda que o conceito de inclusão difere da integração no sentido que 
a integração pressupõe o investimento principal na promoção de mudanças do indivíduo, no sentido 
de normalizá-lo, enquanto que a inclusão, prevê intervenções decisivas e afirmativas, em ambos os 
lados da equação: desenvolvimento do sujeito com deficiência e reajuste da realidade social. Projeto 
Escola Viva (2000, p. 6 à18)
Reforçando esta teoria, Sassaki (1997, p. 41) afirma que: “Inclusão social é o processo pelo qual a 
sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades 
especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade.”
No entanto, para que o processo de inclusão escolar tenha sucesso, são necessárias várias 
mudanças na escola, não só no espaço físico, mas também em sua proposta pedagógica e 
principalmente, em como a equipe pedagógica encara este fato.
Sobre esse assunto, Mantoan (2003, p. 19) diz que: “Se o que pretendemos é que a escola seja 
inclusiva, é urgente que seus planos se redefinam para uma educação voltada para a cidadania 
global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças”.
Rosana Melli afirma ainda que: “a inclusão só acontece realmente quando as escolas se modificam. 
A modificação não é somente nas instalações físicas, mas em toda a proposta pedagógica, 
metodológica e administrativa” (apud Mantoan, 2001, p.17).
O processo de inclusão não se resume apenas em matricular o aluno com necessidades 
educacionais especiais na escola do ensino regular. É necessário que todos os envolvidos eliminem 
as resistências e, iniciem um processo de modificação de dentro para fora.
Baseando-se nestes fatos de inclusão faz-se necessário um levantamento sobre as perspectivas dos 
pais dos alunos que tem em sua sala de aula, uma criança com deficiência mental. A presente 
pesquisa visou, além do levantamento do conhecimento sobre o assunto, a opinião deles sobre o 
convívio de seu filho com este aluno deficiente mental e da inclusão destes alunos no ensino regular.
Diante dos resultados destes dados, pode ser possível direcionar trabalhos que auxiliem no sucesso 
do processo escolar do aluno com necessidades educacionais especiais.
MÉTODO
Local: A pesquisa foi desenvolvida em uma escola municipal da periferia de Londrina - Paraná, com 
uma turma da pré-escola que continha ao todo 24 alunos.
Participantes: Fez parte desta pesquisa 23 pais de alunos que tinham como colega de sala um aluno 
com deficiência mental, portador de Síndrome de Down.
Quanto à escolaridade destes pais, 78,3% não tinham completado o 1º grau, 8,7% tinham o 1º grau 
completo, 8,7% tinham o 2º grau incompleto e 4,3% tinham completado o 2º grau.
Instrumento: Foi utilizado um roteiro de entrevista semi-estruturada contendo 09 (nove) questões 
que segue em anexo.
Procedimento para coleta de dados: Os dados da pesquisa foram coletados através da gravação, 
em fitas K7, das entrevistas com os pais de alunos não deficientes da sala. 
Após a entrevista com todos os pais, os dados foram transcritos, em seguida  tabulados e 
analisados seus resultados para se obter a síntese das opiniões dos pais sobre o assunto. 
Em cada questão sugerida, foram levantadas todas as respostas, comparadas e agrupadas por 
semelhanças como se pode observar na conclusão.
DESENVOLVIMENTO
O primeiro passo foi, em uma reunião de sala, comunicar aos pais sobre a pesquisa, em seguida 
foram agendadas as entrevistas individualmente. No início da entrevista explicou-se ao  entrevistado 
sobre o assunto em foco e, principalmente que não se tratava de avaliar o conhecimento deles sobre 
o assunto e sim, levantar as possíveis falhas do processo de  inclusão para que, através de dados 
concretos, fosse possível direcionar novos rumos de atuação.
Outra preocupação foi orientar aos entrevistados para que eles falassem o que realmente pensavam 
sobre o que lhes era perguntado. O interessante foi que em muitas citações, foram atribuídas, ao 
convívio com o aluno deficiente, algumas mudanças cruciais no comportamento de seu filho, como 
podemos observar na descrição de trechos de algumas entrevistas:
_... Meu filho ficou uma pessoa até melhor em casa, ele não era uma criança 
carinhosa com as outras crianças, tudo ele queria só pra ele, ele não sabia dividir, e 
depois que ele entrou na escola e que a tia sempre conversa com ele, ficou uma 
pessoa mais atenciosa e mais carinhosa”.
_... Depois que ela começou a estudar com “ele”, ela já não tem medo... “ele” até 
me 
ajudou. Lá no clube onde trabalho tem uma criança deficiente, era sério mesmo, ela 
corria, ela chora toda vez que ela via ele e já queria ir embora , agora não, Pra mim só 
me ajudou.
_.... Antes ela via uma criança com algum tipo de problema ela ficava olhando 
curiosa, agora não, hoje ela encara com  naturalidade.
_... Em casa com a irmãzinha ele ficava brigando, e aqui ele não briga não, ele ama o 
..., ele cuida, ele defende...
Estas declarações vão de encontro com o que Karagiannis  acredita, ao afirmar que “quando as 
escolas incluem todos os alunos, a igualdade é respeitada e promovida como um valor na 
sociedade”, o autor  enriquece seu comentário com as citações de alguns pais:
_ Acho que a integração ampliou e aprofundou o conhecimento do meu filho sobre 
a diversidade da condição humana. De certa forma, ampliou o grau de empatia com 
os outros e trouxe à tona o senso de responsabilidade de ser humano útil [...]
_ Ele sabe que há uma diferença entre ele e a criança deficiente – mas aceita este 
fato como uma diferença, e não como algo que se deve temer ou depreciar, uma 
parte da vida [...]
_ Meu filho não está realmente a par da diferença entre uma criança comum e uma 
criança mentalmente deficiente. Quando tentei explicar a ele a diferença, ele disse 
que não se importaria de estar em uma mesma turma com alunos com deficiência 
mental. Karagiannis (apud Susan 1999, p. 179)
Em contrapartida, vem Mantoan (2003, p.21) ao descrever que: “[...] Há também um movimento 
de pais de alunos sem deficiências, que não admitem a inclusão, por acharem que as escolas vão 
baixar e/ou piorar ainda mais a qualidade de ensino se tiverem de receber esses novos alunos”. 
Essas divergências fortalecem a necessidade de aprofundar mais estudos sobre o tema, para que 
possamos ter de uma forma mais fidedigna, o que realmente acontece nos bastidores da inclusão. 
É fato que a inclusão traz benefícios, não só para o aluno incluído, como também para toda 
comunidade escolar. Susan (1999, p. 27) comenta que: “quando as escolas incluem todos os 
alunos, a igualdade é respeitada e promovida como um valor na sociedade, com os resultados 
visíveis da paz social e da cooperação”.
Neste processo todo, o mais importante é garantir que a criança faça   parte do contexto escolar e, 
embora sua aprendizagem aconteça de forma mais lenta, é o contato e a vivência com outras 
crianças que vão servir de modelo e estímulo para seu desenvolvimento global.
Aos educadores e comunidade em geral, é necessário tomar cuidado com a resistência às 
mudanças, o pessimismo entre outros, pois esses sentimentos impedem de enxergar a realidade e as 
reais possibilidades do referido aluno.
Inúmeros são os benefícios que os alunos que convivem com a criança “especial” tem,  a este 
respeito, Susan (1999, p. 53)  destaca que: 
Seja no ensino fundamental ou médio, os alunos sentem orgulho em poder ajudar 
alguém a conseguir ganhos importantes aparentemente impossíveis, gostam de 
poder ajudar outras pessoas,  defender alguém que é tratado injustamente enfim, 
eles gostam de poder ajudar.
Estas colocações vão de encontro às declarações de muitas mães e pais durante a entrevista que 
relataram o sentimento de seus filhos em relação ao aluno “especial” em citações como: “meu filho 
ama ele”, “meu filho acha ele massa”, “meu filho chama ele de meu amigão”, “outro dia meu filho 
disse que brigou com um menino que mexeu com seu coleguinha”. 
Quanto aos pais entrevistados, pode-se observar nos resultados que eles tem pouco conhecimento 
sobre o assunto, mas a convivência de seus filhos com o aluno que tem deficiência mental, mostrou-lhes que a inclusão é perfeitamente possível.
É importante salientar que as entrevistas foram feitas no último bimestre, possibilitando a todos os 
entrevistados, a convivência com o processo de inclusão escolar.
RESULTADO
Analisando os resultados, observamos que 87% dos pais tinham conhecimento sobre a inclusão do 
aluno com deficiência mental na sala de aula do seu filho e 13% desconheciam este fato.
Destes pais, 75% foram informados pela professora de sala, 15% pelos próprios filhos e 10% das 
mães perceberam que na sala tinha um aluno com deficiência.
Quando perguntado se eles sabiam o que era Sindrome de Down, que é o caso do aluno incluído, 
notou-se que 56,5% não tem nem idéia do que seja, 17,4% acreditam ser uma doença mental, 
17,4% acham que é um tipo de deficiência mental e somente 8,7% sabiam que era uma alteração 
genética.
Sobre a Deficiência mental, pode-se perceber que os pais arriscam mais em dar uma resposta,  
mesmo assim 21,7% afirmam não saber o que é, 43,5% acreditam ser um problema ou atraso 
mental, 8,7% acham que é uma doença  e o mais  preocupante é que 30,4% associam a deficiência 
mental à agressividade e relatam um certo medo.
Outro questionamento foi saber se os pais tinham noção de como a Síndrome de Down acontecia, 
qual o motivo da mãe vir a ter um filho com a Síndrome de Down. Como aconteceu com a outra 
questão sobre Síndrome de Down, notou-se que o conhecimento sobre a síndrome  é bem 
pequeno, apenas 4,3% ligam as causa à fatores genéticos, 8,7% acham que acontece devido à 
idade elevada da mãe, 4,3% acreditam ser hereditário, 39,2 associam a causas ligadas à deficiência 
mental como: incompatibilidade sanguínea, drogas, tentativas de aborto, casamento entre parentes, 
etc e 43,5% afirmam não saber.
Quando a questão foi sobre como acontece (causas) a deficiência mental, podemos perceber que 
60,9% têm consciência das causas (drogas, complicações antes, durante e após o parto. Tentativa 
de aborto, etc), mesmo assim 39,1% não têm nem noção de quais os motivos que levam uma 
pessoa a ter um filho com deficiência.
Outra pergunta foi se os entrevistados conheciam alguém com deficiência mental, e pode-se 
observar que 34,8% tem algum caso na família, 43,5% tem algum conhecido ou vizinho, 17,4% 
conhecem de vista e somente 4,3% não conhecem.
Quando questionado se os entrevistados achavam possível uma criança com deficiência mental 
estudar em escola do ensino regular, notamos que 69,6% não vêem problema algum, 17,4% 
disseram que depende do grau de deficiência e afirmaram que se fosse como o aluno incluído 
naquela escola não tinha problema algum e 13% colocaram como único empecilho o fato de ter um 
só professor na sala, os pais defendem que o ideal seria colocar mais uma professora ou ajudante na 
sala para colaborar com a professora regente. 
Quando foi perguntado o porquê da resposta anterior, 69,6% defenderam a idéia de que é muito 
bom para seu filho estarem convivendo com as diversidades humana, 17,4% apontaram que 
crianças com deficiência mental severa e profunda devem ser atendidas em escolas especializadas e 
13% acreditam que só uma professora não tem como dar atenção adequada para todos os alunos, 
como se observa no gráfico 09.
A última pergunta foi saber o que os pais pensavam sobre o seu filho estar estudando na mesma sala 
de um aluno com deficiência. Pode observar que nenhum dos entrevistados foi contra este convívio, 
82,6% acham muito importante este convívio para que seus filhos aprendam a respeitar as 
diversidades, principalmente no que diz respeito à diminuição do preconceito e, 17,4% acham que 
este convívio é muito importante para o desenvolvimento do aluno especial.
DISCUSSÃO
O que se pode perceber é que, por parte dos pais de alunos não deficientes, não existe preconceito, 
mas sim um grande desconhecimento sobre este assunto.
É necessário que a equipe de ensino tenha uma estrutura para esclarecer toda a comunidade deste 
fato tão importante que é a inclusão, Percebemos ao realizar esta pesquisa que a comunidade, 
representada aqui pelos pais de alunos não deficientes, mesmo que quase totalmente leigos sobre o 
que se refere à deficiência mental, estão aptos a abraçar esta causa. 
Os pais entrevistados têm claro que a educação é um direito de todos.
Diante de todos os fatos, cabe a todos os envolvidos com a educação, ser agente facilitador do 
processo de inclusão.
REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS
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Mantoan, Maria Tereza Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? – São Paulo: Ed. 
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Stainback, Suzan. Inclusão: Um guia para educadores / Susan e William Stainback: trad. Magda 
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(Adotada pela Conferência Mundial Sobre Educação para Necessidades Especiais: Acesso e 
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1994. 47p.