http://www.psiquiatriainfantil.com.br/congressos/uel2007/324.htm |
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Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2
ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NA AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DE CRIANÇAS DISLÉXICAS
Cicera Aparecida Lima Malheiro
Edelvira de Castro Quintanilha Mastroianni
Claudia Raquel Trigo Mancila
Ninfa de Lima Bento Beneti
Tatiane Gomes de Assunção,
FCT/UNESP – Presidente Prudente
RESUMO
Pesquisas estrangeiras apontam estatisticamente que 10% da população em idade escolar
é disléxicas e apesar de não termos dados estatísticos consistentes no Brasil, calcula-se que a
porcentagem de disléxicos esteja nesse mesmo patamar, com a agravante de o número de
analfabeto, 14% declarados, ser muito grande, no qual, provavelmente, desses analfabetos, deve
haver um número considerável de Disléxicos. Esse fato torna-se relevante demonstrando assim a
importância de um estudo multidisciplinar na área e apontando as determinações interdisciplinares na
intervenção. Na inter-relação da dislexia com o desenvolvimento psicomotor encontram-se muitas
áreas disfuncionais do que anteriormente se pensou, onde ressaltam, pela sua obviedade, áreas de
integração sensorial/visual e auditiva e áreas de integração psicomotoras (área parieto-occiptal e
área suplementar motora). Os conceitos neuropsicomotores tornam-se relevantes nas entrevistas
realizadsa com os pais, apesar deles, terem dificuldades em recordar com exatidão quando
ocorreram determinados marcos do desenvolvimento da criança. Sendo assim, as características
descritas dos disléxicos raramente se apresentam isoladamente. Frequentemente acompanham de
outras perturbações que alteram a aprendizagem. Partindo de uma visão multidisciplinar o qual
aborda diferentes justificativas nas avaliações desse distúrbio, procuramos analisar a relação da
dislexia com o perfil psicomotor tento em vista a importância da compreensão da ação motora em
relação à linguagem como também o inverso. No LAR-Laboratório de Atividades Lúdico-Recreativas da FCT/UNESP, das 98 crianças com necessidades educacionais e especiais que
apresentam déficits psicomotores, 13 crianças possuem dislexia, estando na faixa etária de 7 a 12
anos. Elas são diagnosticadas por psicólogos, através de instrumentos específicos os quais
classificam a dislexia em evolução ou especifica e encaminham para o LAR. Posteriormente o Perfil
Psicomotor da criança é avaliado através do protocolo EDM – Escala de Desenvolvimento Motor
(Rosa Neto, 2002).É encaminhado um questionário a professora da criança a fim de obter-se
maiores informações sobre o nível de aprendizado, relações sociais em que a mesma apresenta e na
seqüência é realizada uma entrevista com os pais, enfocando a obtenção de dados sobre os marcos
de desenvolvimento. As atividades lúdicas propostas pelos profissionais e estagiários posteriormente
a essa avaliação, possibilitam estratégias de desenvolvimento para que as crianças disléxicas
aprendam e se desenvolvam dentro de suas necessidades motoras, cognitivas, sociais, afetivas e
pedagógicas. As atividades são pensadas de maneira que atendam primeiro ao déficit motor, com
intuito de verificar em que nível que a motricidade encontra-se e posteriormente criar estratégias de
união das demais áreas envolvidas no distúrbio, iniciando assim uma intervenção cognitiva voltada
ao desenvolvimento da aprendizagem que cada disléxico apresenta. A avaliação e a mediação de
forma multidisciplinar fomentam e proporcionam um convívio harmonioso no qual, conflitos,
problemas e dificuldades, são tratados não adversamente.
INTRODUÇÃO
Estudos apresentam a Dislexia como sendo determinada por alterações nos cromossomos
2, 6 e 15, porém ainda não foram concluídos. Isso demonstra que pode existir uma ligação genética
relacionada a esse distúrbio. Fonseca (1995) acrescenta que para a Federação Mundial de
Neurologia (World Federation of Neurology), esse distúrbio independe de instrução convencional,
adequada à inteligência e oportunidade sócio-cultural. As crianças disléxicas apresentam leitura
lenta, fragmentada, com trocas de fonemas no quais atrapalham a compreensão e interpretação de
textos. Além disso, distorções que aparecem em suas escritas reforçam o diagnóstico. A criança é
considerada disléxica quando todas essas dificuldades que apresenta já deveriam ter sido superadas
para a sua idade. Sendo assim, após uma avaliação sistemática e multidisciplinar, classificam-se as
dificuldades apresentadas de acordo com os déficit nessa área. Dessa forma verifica-se também se
há uma provável disfunção da discriminação auditiva; falha na discriminação visual que acarretará as
inversões, rotações e confusões das letras com grafia semelhante e associação das duas anteriores
(TOPCZEWSKI, 2005).
A Dislexia denominada especifica é um quadro definitivo no qual existe uma dificuldade
apresentada pela criança, relacionada à aquisição e ao desenvolvimento da leitura e escrita, para
perceber e decodificar as palavras de maneira adequada. Nesse caso a criança irá conviver com
essas dificuldades, pois não serão superadas na vida adulta. Acredita-se que a dislexia denominada
de evolução tende a ser, lentamente superada com o desenvolvimento da criança, pois está
relacionada à imaturidade neurológica, no qual a criança apresenta dificuldades de leitura,
característico de inicio de aprendizagem. Nesse quadro transitório há um comprometimento na
escrita, no qual é caracterizada por inversões de letras, inserção, omissões, alteração na ordem das
letras, denominada de disortografia.
Em determinadas ocasiões o disléxico pode ser brilhante em cálculos aritméticos,
(TOPCZEWSKI, 2005), porém sua dificuldade apresenta-se na interpretação do problema, nas
inversões dos números, na escrita, confusão com símbolos operacionais. Copia de modo incorreto,
como também apresenta dificuldades para evocar as seqüências dos números e para memorizar a
tabuada. Sendo que a cada três disléxicos, dois apresentam essas dificuldades.
Dentre todas as características apresentadas destacam-se também as relacionadas ao
histórico de vida da criança, como: existência de um familiar próximo que apresente ou tenha
apresentado problemas na linguagem ou dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita;
dificuldades no parto: anoxia, hiper-maturidade, pré-maturidade do tempo e/ou espaço; doenças
infectas contagiosas que tenha produzido no sujeito um período febril, com vômitos, convulsões e/ou
perda da consciência; atraso na aquisição da linguagem e/ou perturbações nas articulações; atraso
na locomoção; problemas de dominância lateral.
A criança que não consegue ler ou lê com dificuldade fracassa na maioria das disciplinas
escolares, não pode desenvolver-se normalmente num meio que lhe exige ler sinais, advertências,
avisos, instruções, noticias, cartas e vê-se impedida de se desenvolver plenamente do ponto de vista
intelectual, social e emocional. Para FONSECA (1995) os disléxicos podem apresentar um
isolamento social ou perturbações sócio-emocionais. Os problemas de comportamento dos
disléxicos podem estar associados ao distúrbio que os mesmos apresentam (TOPCZEWSKI,
2005), devido sua vida ser um tanto quanto complicada, na escola ou em casa, pois ele vive sobre
pressão constante. Cobranças em relação aos resultados escolares são freqüentes, ocasionando
uma sobrecarga emocional que compromete a saúde aflorando os distúrbios comportamentais.
Na inter-relação da Dislexia com o desenvolvimento psicomotor FONSECA (1995)
afirma que através de atividade elétrica realizadas em crianças disléxicas envolve muitas áreas
disfuncionais do que anteriormente se pensou, onde ressaltam, pela sua obviedade, áreas de
integração sensorial/visual e auditiva e áreas de integração psicomotoras (área parieto-occiptal e
área suplementar motora), assegurando, portanto, que algumas crianças disléxicas acusam
disfunções cerebrais da organização proprioceptiva (dispraxia) que interferem no potencial de
aprendizagem na planificação das ações, onde certamente o perfil psicomotor da criança se vai
manifestar (as tais crianças dyslexia-plus de Denckla, 1985). Trata-se de uma dispraxia, ou seja,
uma insuficiência de planificação de ações (Fonseca, 1986), independentemente da inteligência
normal e de motricidade normal. O problema parece residir na ponte entre o intelecto e o motor,
entre o psíquico e o motor.
O analisador motor que é dependente do hemisfério esquerdo e que é crucial para os
movimentos seqüenciais e detalhados, encontra-se disfuncional na primeira década, nas crianças
disléxicas (DENCKLA e RUDEL, in FONSECA, 1995). Há segundo os autores um problema de
imaturidade no sistema neurológico, o que nos faz refletir na importância de uma intervenção no
período pré-escolar, para obtenção de um melhor resultado no desenvolvimento e um não
prolongamento dos problemas lingüísticos na puberdade.
As características descritas dos disléxicos raramente se apresentam isoladamente.
Frequentemente acompanham de outras perturbações que alteram a aprendizagem
(CONDEMARIN; BLOMGUIST, 1989). Partindo de uma visão multidisciplinar o qual aborda
diferentes justificativas nas avaliações desse distúrbio, procuramos analisar a relação da Dislexia
com o perfil psicomotor tento em vista importância da compreensão da ação motora em relação à
linguagem como vice versa.
A relação entre ação e linguagem, ou seja, da motricidade e da intencionalidade, a
linguagem escrita apresentada no extremo dessa estrutura é permitida e materializada através de
condições motoras e sensoriais, libertas espacialmente e temporalmente. Sendo assim,
compreendido que por trás da organização das práxis (sistema de movimentos coordenados), em
termos psiconeurologicos, subentendem-se substratos neurológicos para a organização da
linguagem. FONSECA (1995) diz que é esse o sentido, coordenação e sequencialização que deseja
realçar na sintaxe da ação como alicerce da linguagem humana. PIAGET citado por FONSECA
(1995), vai mais longe, quando evoca que tais sistemas de movimentos não são reflexos, nem
automáticos, mas sim movimentos coordenados numa seqüência espácio-temporal intencional.
Pode-se assim dizer que seria uma intervenção psicomotora a qual trabalhe o desenvolvimento da
criança de forma educacional podendo proporcionar a criança um melhor controle das suas ações
motoras e por conseqüência, atos de reflexão, na perspectiva de facilitar o desenvolvimento geral
que se não trabalhado, permanece, infelizmente, limitado na maioria dos casos. Para essas crianças
a intervenção psicomotora, integrada ao conjunto educativo, vem ser um meio essencial de
valorização pessoal, pois condiciona a aprendizagem e a utilização dos meios de expressão (verbal e
gráfica); permitindo dessa forma o aperfeiçoamento do comportamento geral; que favorecerá o
desabrochar da criança em certas áreas (atividades lúdicas ou esportivas, pré-formação e
aprendizado profissional, pois nestas, existem uma concomitância entre o déficit das funções
motoras e psíquicas, (PICQ, VAYER, 1988).
O desenvolvimento neuropsicomotor analisado nas entrevistas feita com os pais tornam-se importantes, uma vez que podemos através
delas, conhecer o perfil de desenvolvimento da
criança. Mesmo assim alguns pais encontram dificuldades em recordar com exatidão quando
ocorreram determinados marcos do desenvolvimento da criança. Faz-se necessário obter
informações em relação aos aspectos de desenvolvimento como: quando a criança fixou o olhar,
quando firmou a cabeça, quando sentou com e/ou sem apoio, quando engatinhou, ficou em pé com
e sem apoio, caminhou com ou sem apoio, começou a falar palavras com significados, formou
frases, entre outros. O controle esfincteriano deve ser revisado, bem como o grau de independência
da criança nas atividades da vida diária, tais como limpar-se, vestir-se, tomar banho, amarrar o
sapato, entre outras. Através dessa entrevista também é importante repassar a vida acadêmica e
social, iniciando as perguntas pela fase da creche, da pré-escola e do ensino regular. No caso das
dificuldades no aprendizado, esses tópicos devem ser explorados em detalhes, incluindo dificuldades
na leitura, na escrita ou em uma determinada disciplina. Solicitar os cadernos para avaliar o
desempenho em casa e na escola, também é fundamental, uma vez que através da escrita ou dos
cálculo podemos diagnosticar e conhecer as reais dificuldades que a criança examinada apresenta.
MÉTODO
No LAR - Laboratório de Atividades Lúdico-Recreativas da FCT/UNESP, são
atendidas 98 crianças com déficit psicomotores e diferentes patologias, destas 13 crianças possuem
dislexia, elas se encontram na idade de 7 a 12 anos. Essas são diagnosticadas por psicólogos, os
quais classificam a dislexia em evolução ou especifica e encaminham para o LAR. O método
utilizado pelos psicólogos é composto pelos instrumentos: Avaliação Intelectual (WISC), Avaliação
Viso Motora (Bender), Avaliação Psicopeagogica, TDAH Escala de Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade, Avaliação Emocional, Teste de Atenção Visual – TAVIS 2R. No LAR -
O Perfil Psicomotor da criança é avaliado através do protocolo EDM – Escala de Desenvolvimento
Motor (Rosa Neto, 2002), que consiste na mensuração de 6 aspectos psicomotores: Motricidade
Global, Motricidade Fina, Equilíbrio, Esquema Corporal/Rapidez, Organização Espacial e
Linguagem/Organização Temporal. Em cada aspecto são apresentadas tarefas de acordo com a
Idade Cronológica (IC) da criança a serem executadas pela mesma. As tarefas são explicadas
previamente para que a criança se sinta tranqüila e segura, conseguindo realizá-las dentro dos
parâmetros requeridos. Após a realização do teste, os 6 aspectos psicomotores são somados
(idade motora) e posteriormente divididos por 6, sendo que o produto final, resulta na Idade
Motora Geral (IMG) da criança. Os resultados finais, ou seja, a Escala de Desenvolvimento (ED)
são obtidos através da divisão do IMG pelo IC. Para verificar o desempenho escolar, é enviado um
questionário às professoras de sala de aula. O questionário é constituído de questões relacionadas à
aprendizagem, relações interpessoais entre outros aspectos. É efetuada uma entrevista com a mãe
mediante questionários elaborados pelas coordenadoras do LAR, o qual é composto por 30
questões subdivididas entre: dados pessoais da criança, histórico familiar, histórico de nascimento,
histórico de desenvolvimento, histórico escolar e sociabilidade. No LAR, é oferecido à criança, a
escola e à família subsídios que possam levá-la a uma evolução e melhoria na aprendizagem da
criança. Os atendimentos a crianças disléxicas em Presidente Prudente/SP é deficitário sendo o
LAR, um dos poucos centros a contar com a prestação gratuita deste serviço, juntamente com
profissionais e estudantes das áreas da Pedagogia, Psicologia e Educação Física. O
desenvolvimento deste trabalho vem proporcionar aos envolvidos um aprimoramento de seus
conhecimentos teóricos e práticos sobre os problemas do desenvolvimento psicomotor frente às
crianças com Dislexia e sua relação com o desenvolvimento psicomotor em uma visão
multidisciplinar. As atividades lúdicas propostas pelos profissionais e estagiários possibilitam
estratégias de trabalho a perspectiva de atender as necessidades motoras, cognitivas, sociais,
afetivas e pedagógicas das crianças, na intenção de oferecê-las um desenvolvimento mais adequado,
com maior segurança, levando-a a um equilíbrio no seu desenvolvimento. As atividades são
organizadas de maneira que atendam em primeira instância ao déficit motor, para que a partir de
então possa verificar em que nível a motricidade encontra-se e posteriormente criar estratégias de
união das demais áreas envolvidas no distúrbio, realizando assim uma intervenção cognitiva voltada
ao desenvolvimento da aprendizagem que cada disléxico apresenta. As atividades são estruturadas
por uma equipe de profissionais e estagiários envolvidos, e aplicadas separadamente pelos
estagiários ou em grupos de estagiário de ambas as áreas. Realizam-se também encontros semanais
entre os estagiários e profissionais no intuito de trabalhar com a troca de experiências, refletindo em
bases teóricas que dão suporte a todo atendimento.
RESULTADO
Pode-se comprovar através dos dados colhidos nas avaliações e observações efetuadas
no laboratório de forma multidisciplinar que as crianças disléxicas necessitam de estímulos e
informações para alicerçar seu desenvolvimento. Propõe-se, após a análise do referido teórico e
dos problemas encontrados em cada criança avaliada, formas de educar sistematicamente as
diferentes condutas motoras e psicomotoras, a fim de facilitar a ação de diversas técnicas educativas
permitindo assim uma maior integração escolar e social. As aquisições psicomotoras têm relação
direta com as melhoras no comportamento destas crianças. Com as técnicas desenvolvidas,
podemos nos esforçar para refazer as etapas falhas do desenvolvimento motor e psicomotor da
criança, apesar das condições desfavoráveis, e com isso, favorecer uma melhoria no
desenvolvimento cognitivo.
O estudo sugere que o déficit psicomotor encontrado nas crianças disléxica, encontra-se
relacionado com as dificuldades de aprendizagem. Fundamentado na análise apresentada,
verificamos que há uma relação no desenvolvimento psicomotor encontrado em defasagem e a
Dislexia. Contudo levando em consideração o quadro clinico de dislexia de evolução, no qual
caracterizado por um processo de imaturidade neurológica, podemos acreditar que uma intervenção
voltada aos aspectos psicopedagógicos e psicomotores sendo a terapia da primeira, coadjuvante da
segunda, o quadro poderá ser revertido, levando em consideração que antes da linguagem falada, o
gesto prepara a palavra, a emoção precede a comunicação, a comunicação não verbal dá origem à
comunicação verbal. Acreditamos que uma intervenção psicomotora tornará o quadro de dislexia
adaptativo (dislexia especifica) ou ate mesmo revertido (dislexia da evolução).
DISCUSSÃO
A avaliação e a mediação de forma multidisciplinar fomentam e proporcionam um convívio
harmonioso no qual, conflitos, problemas e dificuldades, são tratados não adversamente.
Para D’Ambrosio (1990) a multidisciplinaridade procura reunir resultados obtidos
mediante o enfoque disciplinar. E a interdisciplinaridade, muito procurada e praticada hoje em dia,
transfere métodos de algumas disciplinas para outras, identificando assim novos objetos de estudo.
Carlos (s/d) acrescenta ainda que quando falamos em interdisciplinaridade, estamos de
algum modo nos referindo a uma espécie de interação entre as disciplinas ou áreas do saber. A
multidisciplinaridade se caracteriza por uma ação simultânea de uma gama de disciplinas em torno
de uma temática comum. Essa atuação, no entanto, ainda é muito fragmentada, na medida em que
não se explora a relação entre os conhecimentos disciplinares e não há nenhum tipo de cooperação
entre as disciplinas. Todavia, essa interação pode acontecer em níveis de complexidade diferentes.
E é justamente para distinguir tais níveis que termos como multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade,
interdisciplinaridade e transdisciplinaridade foram criados.
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