http://www.psiquiatriainfantil.com.br/congressos/uel2007/345.htm


Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2


IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO FÍSICA DOS DEFICIÊNTES FÍSICOS E VISUAIS DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DE LONDRINA
Guilherme Sanches Valverde
Rosangela Marques Busto
Universidade Estadual de Londrina



RESUMO

Tem como objetivo Identificar e promover a avaliação física dos alunos com deficiências físicas e visuais da rede municipal de educação da cidade de Londrina-PR. Será realizado levantamento junto a Secretaria Municipal de Educação a fim de obter dados das 68 escolas municipais quanto aos alunos deficientes físicos e visuais ali matriculados. Serão avaliadas crianças de ambos os sexos, buscando identificar: idade, gênero, tipo e etiologia da deficiência, local de nascimento, série em que está matriculada, serão realizadas ainda avaliações físicas, com estas informações buscamos colaborar com o planejamento da Secretaria Municipal de Educação e da Fundação de Esportes do Município quanto as ações a serem programadas que visam atender a esta parcela da população.

-     Introdução

O Estado tem como função fomentar práticas desportivas formais e não-formais como direito de cada um segundo a Constituição Brasileira, artigo. 217 (BRASIL, 1988). Conquanto é a formação docente um dos fatores mais importante para se propor uma intervenção no processo educacional de pessoas com deficiências físicas e visuais. Desta magnitude, identificar os tipos de deficiências é fundamental para um processo de ensino-aprendizagem em razão de possibilitar uma prática atendendo as reais imprescindibilidades físicas do aluno com necessidades especiais.

A identificação e avaliação física dos tipos de deficiências poderão contribuir para que as Secretarias de Educação dos Municípios, Fundação de Esportes e Universidades fomentem cursos de capacitação para os profissionais envolvidos no atendimento de pessoas com necessidades especiais. 

Após identificação das deficiências físicas e visuais, avaliações físicas, idades e anos escolares dos alunos inseridos nas aulas de educação física podem permitir a uma maior adequação dos conteúdos às necessidades dos alunos com deficiências físicas e visuais juntamente com os alunos aparentemente saudáveis. Assim, o modelo de inclusão preconiza que o atendimento às necessidades pedagógicas de todos os alunos se faça no mesmo contexto, embora adaptadas e que a aprendizagem desses alunos não dependa unicamente de um programa de ensino adequado, mas também da disponibilidade de recursos pedagógicos e mobiliários adaptados (MELLO; MANZINI, 2003).


-     Justificativa

Estima-se que em qualquer população, segundo a Organização das Nações Unidas, 10% são portadores de alguma deficiência. No Brasil, de acordo com o último senso do IBGE contamos com 14,5% ou seja aproximadamente 24,5 milhões de brasileiros são possuem alguma deficiência, seja ela física, auditiva, visual ou mental. (SENSO IBGE 2000), se extrapolarmos para a cidade de Londrina, devemos ter uma população de deficientes de aproximadamente 70 mil pessoas.
Embora tenham aumentado significativamente o número de trabalhos científicos com deficientes físicos, é insuficiente o número de trabalhos direcionados especificamente a esta clientela.
Esta escassez de informações aliada a constantes nas pesquisas da necessidade de se desenvolver estudos a clientelas específicas é que submetemos este projeto.

-     Objetivos

Geral

Diagnosticar e avaliar fisicamente educandos deficientes físicos e visuais matriculados na rede pública municipal de ensino da cidade de Londrina.


Específicos

·   Diagnosticar as causas e os tipos de deficiências físicas e visuais em educandos matriculados na rede publica municipal de educação.
·   Promover as seguintes avaliações propostas pelo PROESP-BR:
1. Medida da estatura;
2. Medida de massa corporal;
3. Medida da envergadura;
4. Teste de flexibilidade;
5. Teste de força-resistência;
6. Teste de força-explosiva;
7. Teste de arremesso de medicine-ball;
8. Teste de agilidade;
9. Teste de velocidade;
10. Teste de resistência geral.

-     Procedimentos Metodológicos

4.1. Participantes

 Será composto por todos os alunos matriculados na rede publica municipal de educação da cidade de Londrina. Os participantes serão de ambos os sexos.
Os indivíduos selecionados que se recusarem em participar serão excluídos do estudo.

4.2. Delineamento da Pesquisa

O tipo de pesquisa que se pretende realizar circunscreve-se como Pesquisa de Levantamento. Neste estudo as fontes primordiais de dados serão: os alunos.


 4.3. Descrição do Ambiente de Coleta de Dados
A coleta de dados por meio de questionário e ficha de avaliação serão aplicados pelo pesquisador que se deslocará até as escolas.


4.4 Instrumentos e Materiais para Coleta de Dados
O instrumento de coleta de dados a ser utilizado no estudo:
Questionário a ser utilizado com os alunos matriculados na rede pública municipal de Londrina terá questões elaboradas tendo como eixo a busca de diagnosticar a idade, local de nascimento, gênero, tipo e etiologia das deficiências físicas e visuais.

4.5. Procedimentos

Esta pesquisa de levantamento será realizada dentro de uma abordagem quantitativa e qualitativa, envolvendo a reflexão crítica dos dados. O procedimento de coleta de dados deste estudo deverá  acontecer de acordo com as etapas abaixo:


Etapa 1
Esta etapa será caracterizada pela identificação e localização das escolas que tem em seu quadro educandos deficientes físicos e visuais.

Etapa 2

Esta etapa será caracterizada pela elaboração dos questionários.


Etapa 3

Esta etapa será caracterizada pelo contato direto via telefone com as escolas participantes, buscando agendar a coleta de dados.


Etapa 4

Preparação para aplicação das avaliações.

Etapa 5


Coleta de Dados


Etapa 6

Esta etapa será caracterizada pelo tratamento e análise dos dados coletados. Os dados coletados receberão o tratamento estatístico

4.6. Tratamento dos Dados

Inicialmente serão criados dois bancos de dados utilizando Microsoft Office Access 2003 para armazenar os dados coletados nas entrevistas. O primeiro banco de dados será alimentado com as respostas dos questionários dos participantes.

4.7. Considerações Éticas

O projeto de pesquisa e o termo de consentimento esclarecido serão submetidos à apreciação e aprovação pela Comissão de Bioética do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná, conforme resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.

Participarão deste estudo alunos regularmente matriculados na rede pública de ensino da cidade de Londrina.


-     Bibliografia básica
BERAZA, M. A. Z. Condiciones organizativas de lo escolar ante la diversidad. In 15ª JORNADAS NACIONALES DE UNIVERSIDAD Y EDUCACIÓN ESPECIAL, OVIEDO. EDUCACIÓN E DIVERSIDAD, 1., Oviedo. Anais... Oviedo: Universidad de Oviedo, 1998. p. 25-38
BRASIL. Constituição: Republica Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal. Centro Gráfico, 1988.
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FEDERACIÓN ESPAÑOLA DE DEPORTES PARA CIEGOS. Deportes para personas ciegas y deficientes visuales. España: Federación Española de Deportes para Ciegos (FEDC) 2002.
GLAT, R.; FERNANDES, E. M. Da educação segregada à educação inclusiva: uma breve reflexão sobre os paradigmas educacionais no contexto da educação especial brasileira. Inclusão - Revista da Educação Especial - Out/2005
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Senso 2000. Disponível em  http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/08052002tabulacao.shtm. Acesso em 23 mai 2006.
INMETRO, Estatísticas sobre Deficiência no Brasil. Disponível em  http://www.inmetro.gov.br/noticias/verNoticia.asp?seq_noticia=1883 – Acesso em 23 mai. 2006.
Mello, Marilia Isaura Telles & Manzini, Eduardo José. Condições que propiciariam ou dificultariam a inclusão de alunos com deficiência física na classe comum. In MARQUEZINE, M. C., ALMEIDA, M. A., TANAKA, E. D. O., BUSTO, R. M., SOUZA, S. R., MELETTI, S. M. F.; FUJISAWA, D. S. (Org.) Inclusão. Londrina: Eduel, 2003, p. 191-200. (Coleção Perspectivas Multidisciplinares em Educação Especial.
KOSMA, M.; CARDINAL, B. J.; RINTALA, P. Motivating Individuals With Disabilities to be physically active. Quest, v. 54, n2 p. 116-132, 2002.