Artigos Científicos

Prevalência e características de escolares vítimas de bullying

Danilo Rolim de Moura; Ana Catarina Nova Cruz; Luciana de Ávila Quevedo

16 de abril de 2011

J. Pediatr. (Rio J.) vol.87 no.1 Porto Alegre jan./fev. 2011 

Prevalência e características de escolares vítimas de bullying

 

Danilo Rolim de MouraI; Ana Catarina Nova CruzII; Luciana de Ávila QuevedoIII

IMestre, Medicina e Ciências da Saúde/Neurociências. Pediatra, Departamento Materno Infantil, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Pelotas, RS. Coordenador, Programa Para Aprender Melhor, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Programa de Prevenção à Violência (PPV), Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul (SESRS), UFPEL, Pelotas, RS. Chefe, Ambulatório de Transtornos do Desenvolvimento e da Aprendizagem, Núcleo de Neurodesenvolvimento Prof. Mario Coutinho, UFPEL, Pelotas, RS.
IIMestre, Saúde e Comportamento. Psicóloga. Coordenadora, Programa Para Aprender Melhor, UNESCO, PPV, SESRS, UFPEL, Pelotas, RS. Ambulatório de Transtornos do Desenvolvimento e da Aprendizagem, Núcleo de Neurodesenvolvimento Prof. Mario Coutinho, UFPEL, Pelotas, RS.
IIIMestre, Saúde e Comportamento. Psicóloga. Coordenadora, Programa Para Aprender Melhor, UNESCO, PPV, SESRS, UFPEL, Pelotas, RS. Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento, Universidade Católica de Pelotas (UCPEL), Pelotas, RS.

Correspondência

 

 


RESUMO

OBJETIVO: Descrever a prevalência de vítimas de bullying, suas características e os sintomas associados nas áreas emocionais, de conduta, hiperatividade e relacionamento.
MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal aninhado a uma coorte que avalia transtornos de leitura, escrita e aritmética em 1.075 alunos, da 1ª à 8ª série, de duas escolas públicas de ensino fundamental de um bairro de classe média baixa de Pelotas (RS). Foi utilizado o questionário KIDSCAPE para avaliar a prevalência de bullying e o Strengths and Difficulties Questionnaire para avaliar características comportamentais das vítimas.
RESULTADOS: A prevalência de bullying foi de 17,6%. O tipo de intimidação mais prevalente foi o verbal, seguido do físico, emocional, racial e sexual. Após o ajuste para os fatores de confusão, o bullying se manteve associado com sexo masculino (RP 1,49 IC95% 1,14-1,96), com hiperatividade (RP 1,89 IC95% 1,25-2,87) e problemas de relacionamento com os colegas (RP 1,85 IC95% 1,24-2,76). Entre as vítimas, 47,1% também provocavam bullying.
CONCLUSÃO: Este estudo identificou as características comportamentais das vítimas de bullying que podem ser úteis para políticas locais de proteção aos alvos de bullying.

Palavras-chave: Prevalência, vítimas de bullying, violência infantil, SDQ, KIDSCAPE.


 

Introdução

O bullying é uma prática encontrada em todas as culturas1 e acarreta sofrimento psíquico, diminuição da autoestima, isolamento, prejuízos no aprendizado e no desempenho acadêmico. Estudos descrevem intervenções bem sucedidas, baseadas em ações multidisciplinares que envolvem os vários níveis de prevenção2,3. O conhecimento sobre as características comportamentais dos estudantes que são alvos das agressões e intimidações pode auxiliar nas ações voltadas à proteção de vítimas de bullying4. Um estudante é considerado vítima de bullying quando é repetidamente exposto a ações negativas de parte de um ou mais estudantes. Estas ações negativas podem dar-se na forma de contato físico, abuso verbal ou com expressões ou gestos rudes. Espalhar rumores e excluir a vítima de um grupo também são formas comuns de violência. Bullying implica em um desequilíbrio de força entre o ameaçador e a vítima, o que caracteriza uma relação de poder assimétrica5. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima6. As vítimas, frequentemente, têm um sentimento de insegurança que as impede de solicitar ajuda. Fazem poucas amizades, são passivos e não reagem aos atos de agressividade. Muitos passam a ter prejuízos no seu desempenho escolar, recusam-se a ir para a escola e às vezes simulam doenças. Não raro trocam de colégio ou abandonam os estudos7. A presença de transtornos mentais em vítimas de bullying também é evidenciada. Estudos apontam que crianças vitimizadas podem apresentar risco de suicídio, depressão, ansiedade e problemas de relacionamento6,8. Devido à presença de transtornos comportamentais e de aprendizagem, são necessárias estratégias de intervenção desenvolvidas a partir do conhecimento dos tipos e das prevalências de bullying nas diferentes comunidades9,10. Este estudo teve como objetivo descrever a prevalência e as características das vítimas de bullying em duas escolas públicas.

 

Métodos

 

Este estudo foi realizado com 1.075 estudantes de duas escolas públicas de ensino fundamental do bairro Fragata de Pelotas (RS), uma municipal e outra estadual. Todas as crianças dessas escolas, entre a 1ª e a 8ª série, foram incluídas no estudo.

Nossa amostra é de conveniência porque escolhemos escolas vizinhas à Faculdade de Medicina. Nosso estudo maior prevê intervenções que só se viabilizam em escolas próximas ao nosso ambulatório. Foram realizadas entrevistas domiciliares, por entrevistadoras treinadas e supervisionadas por dois epidemiologistas. Os estudantes responderam ao questionário KIDSCAPE, utilizado pela instituição inglesa de mesmo nome para identificação de bullying11. Para a definição do desfecho, foi perguntado quantas vezes o sujeito sofreu algum tipo de intimidação, sendo considerado bullying quando aconteceu mais de uma vez no último mês. A idade foi categorizada entre 6 e 8 anos; 9 e 11 anos; e 12 e 18 anos. Em relação ao local onde aconteceu, foram considerados: indo ou vindo da escola; no pátio; nos banheiros da escola; na sala de aula; no refeitório da escola; ou em outro lugar. Quanto às consequências, foram classificadas em: não teve consequências; algumas consequências ruins; terríveis consequências; e fez você mudar de escola. O tipo de vitimização foi classificado em: físico; verbal; emocional; sexual; ou racista. Por fim, foi perguntado se já intimidou, agrediu ou assediou alguém. Para avaliação de fatores emocionais e comportamentais da criança, foi utilizado o questionário de capacidades e dificuldades denominado Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ)12 em crianças e pais. O SDQ é utilizado para triagem de problemas de saúde mental em crianças dos 4 aos 17 anos. Este instrumento foi aplicado por entrevistadoras aos pais de crianças menores de 11 anos. Acima desta idade, foi aplicado nos pais e nas próprias crianças. O instrumento é composto por 25 itens, que são divididos em cinco subescalas, com cinco itens cada uma, resultando em escores de sintomas emocionais, problemas de conduta, hiperatividade, problemas de relacionamento e comportamento pró-social10. Os itens das quatro primeiras escalas geram um escore total de dificuldades.

Foram calculadas as razões de prevalência com intervalo de confiança de 95%. A análise multivariada foi realizada utilizando a regressão de Poisson, mais adequada para a análise de estudos transversais com desfechos binários de regressão logística, uma vez que a razão de prevalência é mais fácil de interpretar e comunicar a não especialistas que o odds ratio13. Os dados foram digitados no programa EPI-INFO, com dupla entrada e a análise ajustada foi realizada no Stata 9.

Este estudo é parte de um estudo maior que tem como objetivo identificar as prevalências de transtornos de desenvolvimento do aprendizado (dislexia e discalculia), transtornos comportamentais e fatores estressores nas famílias e professores. Tem o patrocínio da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, através de seu Programa de Prevenção da Violência e da UNESCO.

Todos os responsáveis pelos alunos assinaram um termo de consentimento livre e informado, manifestando sua concordância em participar do estudo, e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), sob o protocolo nº 093/09.

 

Resultados

 

Das 1.119 crianças matriculadas nas duas escolas, realizamos 1.075 entrevistas domiciliares, com uma perda de 4%.

Por não existir diferença estatisticamente significativa entre as duas escolas nas características socioeconômicas e de instrução materna, foi considerada, para efeito da análise, a soma dos alunos das escolas. Em nossa amostra, 52,7% eram do sexo masculino. Do total de estudantes, 28,5% estavam entre 6 e 8 anos de idade; 32%, entre 9 e 11 anos; e 39,6%, entre 12 e 18 anos. Cursavam as quatro primeiras séries, 56,5% dos alunos; e o restante, da 5ª à 8ª série.

A prevalência de estudantes que sofreram bullying foi de 17,6%. A maioria das agressões aconteceu no pátio da escola (55,1%). Quanto ao tipo de intimidação, 75,1% foram verbais, 62,4% físicas, 23,8% emocionais, 6,3% racistas e 1,1% sexuais. Dentre as vítimas, 47,1% revelaram já ter provocado bullying na escola.

A Tabela 1 mostra, na análise bruta, o sexo masculino, problemas emocionais, de conduta, de hiperatividade e de relacionamento associados à vitimização ao bullying. Na análise ajustada, a associação se manteve com sexo do aluno (p = 0,003), sendo mais prevalente entre os meninos (RP 1,49 IC95% 1,14-1,96). Os domínios hiperatividade (p = 0,002) e problemas de relacionamento com os colegas (p = 0,003) do SDQ também se mantiveram associados ao desfecho. Os alunos que pontuaram hiperatividade no SDQ (RP 1,89 IC95% 1,25-2,87) e com problemas de relacionamento com os colegas (RP 1,85 IC95% 1,24-2,76) tiveram uma maior probabilidade de estarem associados à vitimização.

 

Discussão

 

A prevalência de 17,6% encontrada em nossas escolas está próxima das encontradas em estudos realizados em outros países e no Brasil. Nos estudos pioneiros de Olweus, em torno de 15% dos estudantes suecos estavam envolvidos como vítimas ou provocadores de bullying2. Um estudo realizado em 2002, com 5.875 estudantes de 5ª a 8ª séries, de 11 escolas localizadas no município do Rio de Janeiro, revelou que 16,9% dos estudantes sofreram bullying7. Estes achados reforçam o caráter universal do problema, porém uma limitação desse tipo de comparação pode decorrer das diferentes definições de bullying14. A maior prevalência de vítimas de bullying entre os meninos é compatível com outras investigações15-17. Uma possível explicação pode ser dada no sentido de que os meninos sofrem bullying de uma forma física mais direta, enquanto que as meninas, de forma verbal e exclusão, o que é menos visível e percebido.

Estudos mostraram que a prevalência de bullying diminui à medida que a idade aumenta1,15,17, o que também foi verificado em nosso estudo.

Em relação ao tipo de bullying, o verbal foi o mais prevalente. A utilização de apelidos, muitas vezes pejorativos ou que se refiram a determinada característica física ou fragilidade das vítimas, pode explicar o predomínio desse tipo. Este achado está de acordo com outros autores em que a forma verbal foi a mais prevalente, seguida da física18,19. Apenas dois estudantes (1,1%) relataram terem sido vítimas de ameaças ou assédio sexual; estes achados contrastam com dois estudos americanos que encontraram resultados em que 27% dos estudantes foram alvos frequentes de assédio sexual durante seus anos escolares20. Uma possível explicação é que o assédio ou ameaça sexual, expresso por palavras, tenha sido interpretado como do tipo bullying verbal. Na análise dos fatores comportamentais associados às vítimas de bullying, após análise ajustada, permaneceram associados ao desfecho, os estudantes com problemas de relacionamentos e hiperatividade. Estes achados são plausíveis com as características de parte das crianças vítimas de bullying que tendem a ser tímidas e com dificuldades de relacionamento com seus pares. Já a associação com a hiperatividade pode corresponder a outro tipo de vítima, com um perfil provocativo. Neste tipo, a vítima exibe uma combinação de ansiedade e traços agressivos e, às vezes, provoca colegas por sua hiperatividade e comportamento irritante2. Este tipo também pode explicar o achado de nosso estudo de que 47,1% dos que eram vítimas também provocavam bullying, o que é compatível com outro estudo em que metade das vítimas também tinha atitudes agressivas com seus colegas21. É possível que não exista um separador absoluto entre vítimas e provocadores de bullying. Esse tipo de resposta pode acontecer não só por suas características comportamentais, mas como mecanismo de defesa. Uma das limitações deste estudo foi a impossibilidade de verificar o efeito da causalidade. Por ser um estudo transversal, não foi possível afirmar se as crianças hiperativas e com problemas de relacionamento sofrem mais bullying ou manifestam esses comportamentos por serem vitimizadas. Outra limitação deste estudo é a nossa amostra de conveniência, que englobou duas escolas vizinhas à Faculdade de Medicina, o que limita o poder de generalização e de inferência a partir de nossos achados. Em relação ao instrumento utilizado para identificação de vítimas de bullying (KIDSCAPE), não existe uma adaptação à população brasileira, apenas uma tradução, o que limita nossos resultados relacionados à prevalência.

O bullying pode ser precursor de transtornos de personalidade antissocial e outros comportamentos violentos na adolescência e idade adulta22. É possível que programas de intervenção precoce possam ter algum papel na prevenção do comportamento antissocial, delinquente e criminoso23. Os programas e intervenções, em nosso meio, devem considerar a intersecção entre provocadores e vítimas.

Para o melhor entendimento da violência no Brasil, são necessários estudos sobre a história natural dos transtornos de comportamento disruptivos, abrangendo outras variáveis ligadas a características familiares24 e outras exposições25; e também entender se, no seu curso, há algum período de janela em que os comportamentos possam ser mais facilmente modificados. Há necessidade de estudos amplos sobre bullying, de delineamento longitudinais e amostras representativas, para que se possam traçar políticas mais amplas de prevenção e redução de danos em crianças vítimas de violência.

 

Conclusão

Nosso estudo identificou as características comportamentais de estudantes vítimas de bullying que podem ser úteis para políticas locais de intervenção e fonte de hipóteses para futuros estudos.

 

Agradecimentos

Os autores desejam agradecer ao Secretário Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SESRS), Osmar Terra, que compartilha conosco a preocupação de estabelecer políticas de prevenção de violência baseada em evidências e foi o grande incentivador deste estudo. Agradecemos aos familiares dos estudantes, às professoras da Escola Estadual Lima e Silva e da Escola Municipal Nossa Senhora de Lourdes, a Jane da Lacorte, coordenadora do Programa de Prevenção da Violência da SESRS, a Antônio Bosko, da SESRS, e à UNESCO pelo financiamento do Programa Para Aprender Melhor.

 

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Correspondência:
Luciana de Ávila Quevedo
Rua Almirante Barroso, 1202
CEP 96010-280 – Pelotas, RS
Tel.: (53) 8136.8939
E-mail: lu.quevedo@bol.com.br
 

 

Apoio financeiro: Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, através de seu Programa de Prevenção da Violência e da UNESCO.
Não foram declarados conflitos de interesses associados à publicação deste artigo
Como citar este artigo: de Moura DR, Cruz AC, Quevedo LA. Prevalence and characteristics of school age bullying victims. J Pediatr (Rio J). 2010;87(1):19-23.


Artigo original:

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