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Notícias
EUTANÁSIA

Por: INFONET

5 de fevereiro de 2009

O caso está a comover todo o país e tem sido alvo de uma intensa batalha judicial e política há mais de 10 anos.
A decisão foi já considerada pelo ministro da Saúde do Vaticano, Javier Lozano Barragan, como um "assassínio abominável".

Ao jornal La Repubblica, o cardeal pediu para "pararem com este assassínio". "Interromper a alimentação e a hidratação de Eluana equivale a um abominável assassínio e a Igreja não parará de reclamar em voz alta (...) Não vejo como se poderia definir de outra forma o facto de não alimentar alguém", declarou o cardeal.

Evocando a decisão judicial que autoriza a cessação da alimentação, confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça italiano em Novembro, o cardeal Barragan explicou que "a posição da Igreja, que defende a vida, mantém-se a mesma e não pode mudar devido a um veredicto de juízes".

Eluana Englaro chegou de madrugada à clínica "La Quiete" em Udine, nordeste, onde lhe será "desligado o apoio de vida" dentro de três dias, segundo médicos citados pela imprensa.

Eluana estava em estado vegetativo numa clínica de Milão, norte, desde o acidente rodoviário que a mergulhou no coma, em Janeiro de 1992.

Apesar das pressões da Igreja católica, do Vaticano, do governo de centro-direita de Sílvio Berlusconi e de responsáveis políticos regionais, o estabelecimento de Udine indicou em Janeiro que estava pronto para acolher Eluana para que ali vivesse os seus últimos momentos.
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in JN online, 03-02-2009 http://hortadozorate.blogspot.com/2009/02/eluana-englaro-caso-de-eutanasia-comove.html

Ortotanásia é o termo utilizado pelos médicos para definir a morte natural, sem interferência da ciência, permitindo ao paciente morte digna, sem sofrimento, deixando a evolução e percurso da doença. Portanto, evitam-se métodos extraordinários de suporte vida em pacientes irrecuperáveis e que já foram submetidos a Suporte Avançado de Vida. A persistência terapêutica em paciente irrecuperável pode estar associada a distanásia, considerada morte com sofrimento. Wikipédia http://pt.wikipedia.org/wiki/Ortotan%C3%A1sia

A vida de Eluana Englaro, cidadã italiana que persiste em estado de coma há 17, está quase a chegar ao fim. A mulher de 38 anos chegou durante a madrugada de hoje à Clínica La Quiete, em Udine, onde dentro de três dias os médicos vão deixá-la morrer.

Termina assim o caso que comoveu a Itália e tem sido alvo de uma intensa batalha judicial e política há mais de 10 anos.

A clínica anunciou em Janeiro estar pronta para acolher Eluana e cuidar dela nos seus últimos dias, até suspender de vez a alimentação e hidratação artificial que ainda a prendem à vida. A decisão foi  tomada apesar de todas as pressões da Igreja Católica, do Vaticano e do Governo de Sílvio Berlusconi.

"Parem este assassínio", lança o cardeal Javier Lozano Barragan, do Vaticano, citado pelo jornal "La Repubblica". Segundo o cardeal, "interromper a alimentação e a hidratação de Eluana equivale a um abominável assassínio e a Igreja não parará de reclamar em voz alta (...) Não vejo como se poderia definir de outra forma o facto de não alimentar alguém", declara o cardeal.

Evocando a decisão judicial que autoriza a cessação da alimentação, confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça italiano em Novembro, o cardeal Barragan explica que "a posição da Igreja, que defende a vida, mantém-se a mesma e não pode mudar devido a um veredicto de juízes".      

No passado domingo, Bento XVI abordou o assunto ao considerar a decisão de acabar com a vida de Eluana Englaro como uma "eutanásia inaceitável". O Papa sublinha que a eutanásia é uma "solução falsa para o drama do sofrimento" e que se trata de um acto "indigno do homem". 

Eluana encontrava-se internada numa clínica em Milão, desde a altura em que um acidente rodoviário a deixou em coma. O pai sempre se manifestou favorável à decisão de acabar com a vida da filha, porquanto esta, antes do acidente, sempre "manifestou claramente que pretendia morrer caso ficasse em estado de coma ou  num estado vegetativo".

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