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José Varella/CB/D.A Press - 27/3/09 |
Leociano, o pequeno Tiago e Edilene: diagnóstico precoce de anemia falciforme garante ao menino uma vida quase normal |
Não podemos desprezar os avanços. Mas são oito anos de existência do programa sem que haja um tempo previsto para o estado passar de uma fase para outra |
Alerta para doença no DF Um estudo feito pelo Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (Anis) apontou prevalência alta do traço falciforme (alteração genética que não causa a doença no portador, mas aumenta as chances de filhos doentes) no Distrito Federal. Dos 116.271 testes realizados na rede pública entre 2004 a 2006, 3.760 deram positivo, proporção de 3,23%. O dado coloca a capital federal ao lado de Minas Gerais, quarta no ranking de maiores prevalências de traço falciforme no país. Rio de Janeiro e Bahia vêm depois, com 4%. No topo da lista está a Bahia, que registra 5,3%. Embora não desenvolvam a doença, que é chamada de anemia falciforme, as pessoas com o traço devem conhecer sua condição, especialmente para decidir ter filhos ou não. Isso porque se o outro genitor também tem o traço, as chances de a criança nascer com a anemia é de 25%. O risco sobe para 50% se um dos pais tem a doença e outro, o traço. Desconhecimento Antes do nascimento do primeiro filho, Edilene Costa e Leociano Gonçalves não sabiam da existência desse marcador genético. Quando Tiago, hoje com 5 anos, teve resultado positivo para anemia falciforme no teste do pezinho, os pais foram examinados. Aí que fomos informados de que temos o traço, conta Leociano. Apesar do temor, o casal teve outro filho, Mateus, atualmente com 3 anos, que não tem a anemia. Um terceiro herdeiro para fechar a prole ainda não é descartado pelo casal, mas Edilene diz que fica apreensiva. Na gravidez do Mateus, tivemos muito medo. O Tiago sofreu muito quando era pequeninho, antes de descobrirmos a anemia, e a gente não queria que aquilo se repetisse, conta a mãe. O pai fica feliz por terem conseguido detectar a doença do filho cedo. As consequências poderiam ser muito piores se demorássemos demais. Eu, que nunca tinha ouvido falar em teste do pezinho, nunca imaginaria, afirma. (RM |